Conheça a preguiça-de-coleira, espécie que dorme até 17 horas por dia

Quem olha aquele semblante zen, sempre com um semblante tranquilo, com um sorriso largo e sem nenhuma ruga de preocupação, pode até ter a impressão que a preguiça é um bichinho absolutamente sereno, com um perfil “good vibes”. Mas isso não é totalmente verdade.

Quando os bichos-preguiça se sentem de alguma forma ameaçados, eles podem e usam as garras super afiadas (e também os dentes) para se defender. As preguiças também não são altamente sociáveis.  Uma das espécies, a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) é um tipo de mamífero da Mata Atlântica, sendo encontrada mais facilmente na região da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Essa espécie pertence à família Bradypodidae.

Essa espécie tem pelos de coloração castanho-claro, e a preguiça recebeu esse nome devido a uma mancha mais escura na região da nuca que é muito parecida com uma coleira. Nós conseguimos diferenciar o macho e fêmea pelo fato do macho ter uma coloração mais amarelada nas costas. A espécie pode medir até 90 cm e pesar até 6 kg.


Preguiça-de-coleira, na região do Nordeste. (Foto: Reprodução/Adriano Gambarini/O Eco)


A preguiça-de-coleira costuma passar mais de 60% do dia dormindo, quase 17 horas por dia. Ficando mais ativa entre 9 e 21 horas. Muito solitária, essa espécie tem costume de habitar em matas mais conservadas e florestas secundárias, sempre procurando as árvores mais altas. O bicho só é visto no chão para defecar ou para se mover, quando não é possível ir de uma árvore para a outra pelo alto. 

A preguiça tem preferência por se alimentar de folhas, que também saciam a sede do animal, pois toda água necessária para a sobrevivência da Preguiça, está nas folhas. O desmatamento de seu hábitat natural levou a preguiça-de-coleira a se tornar um dos animais ameaçados de extinção. A maturidade sexual só é alcançada no terceiro ano de vida e a preguiça tem apenas um filhote ao ano Em ambientes naturais, essa espécie pode viver por até 12 anos.

Foto destaque: Preguiça-de-coleira. (Foto: Reprodução/Suelen Sanches/O eco)

Arara-azul-de-lear nasceu no Zoológico de São Paulo no fim de fevereiro

No final do mês de fevereiro nasceu, no Zoológico de São Paulo, uma arara-azul-de-lear. A pequena ave é filha do casal de araras Francisco e Maria Clara, que colocou três ovos dos quais dois foram quebrados acidentalmente por eles. O último foi encontrado já rachado pelos biólogos e levado para incubação artificial, pois havia risco de ser contaminado. O filhote nasceu pesando 20,5 gramas e sua espécie está em perigo de extinção.


A espécie arara-azul-de-lear está em risco de extinção (Foto: Reprodução/João Quental)


Vítimas do tráfico de animais, Francisco e Maria Clara chegaram ao Zoológico de São Paulo em 2006 e 2004, respectivamente. O casal chegou após apreensão do IBAMA e da Polícia Federal. Ao todo, eles já reproduziram 17 aves e duas foram soltas na Bahia, no Parque Nacional Boqueirão da Onça.

Maria Clara e Francisco também são os pais de Teobaldo, primeira arara a nascer no país. Nascido há oito anos em meio ao programa de preservação ambiental, Teobaldo também já pode reproduzir. Escolhido por especialistas, seu par é Guadalupe, uma arara-azul-de-lear que chegou ao Brasil em 2021 vinda das Ilhas Canárias, na Espanha.

 

Um pouco sobre a espécie e o projeto do Governo Federal

A arara-azul-de-lear é uma espécie endêmica (ou seja, se desenvolveu restritamente) do Raso da Catarina, no nordeste do estado da Bahia. A espécie conta com uma população pequena e, para piorar, anda ameaçada de extinção graças a destruição do seu habitat e ao tráfico de animais.

Para ajudar as aves, o Governo Federal criou um projeto de conservação, apoiado pelo Zoológico de São Paulo, que tem como principal objetivo preservar a espécie e reproduzir uma quantidade de araras suficiente para reserva genética. Além disso, o programa almeja aumentar o número de aves em seu habitat natural, no nordeste da Bahia.

 

Foto Destaque: Filhote de arara-azul-de-lear ao lado de pelúcia (Paulo Gil/G1)

Cachorro “alcóolatra” recebe tratamento contra “vício” após dono morrer

Um cão na Inglaterra precisou receber tratamento contra alcoolismo após o animal ter contraído o vício depois de receber continuamente bebidas alcoólicas de seu antigo tutor, que faleceu. Coco, é da raça labrador retriever e foi entregue junto a outro cão, do mesmo tutor, ao Woodside Animal Rescue Truste, na cidade de Plymouth, em Devon, no Reino Unido.

Segundo uma postagem feita pela instituição Woodside, os dois cães começaram a sofrer convulsões e, infelizmente, o outro cão não resistiu e morreu “apesar de nossos melhores esforços” afirmou a instituição.

“Coco continuou gravemente doente e precisava de cuidados 24 horas por dia. Ficou claro que ele estava sofrendo de sintomas que apontavam para abstinência de álcool. Ele passou quatro semanas sedado para amenizar seus sintomas de abstinência e reduzir o risco”, dizia a postagem.


Labrador retriever, Coco (Foto: Reprodução/Terra)


O estado de saúde de Coco vem progredindo positivamente desde que iniciou o tratamento e já estão diminuindo a medicação e o labrador está começando a se comportar como um cachorro normal, embora ainda fique “um pouco ansioso” às vezes.

Coco foi tratado em um ambiente “mais caseiro” na unidade Dunroamin, para que o animal pudesse ter uma recuperação melhor foi mantido longe dos canis.

“Coco está realmente muito bem e a caminho de uma recuperação completa. Ele passa muito tempo ajudando as meninas na recepção do nosso santuário, quando não está brincando com sua bola, é claro! Muito longe dos longos dias e noites que passamos com ele, por isso estamos encantados”, disse a gerente do santuário à Newsweek Helen Lecointe.

Com total recuperação, Coco logo estará disponível para adoção, mas a instituição busca um lar que seja próximo, para que Coco possa continuar visitando o mesmo veterinário que cuidou do cão enquanto realizava seu tratamento.

A instituição Woodside fez um apelo para que tutores mantenham seus pets longe de alimentos e bebidas perigosas para os animais.

Foto destaque: Cão Coco. Reprodução/Woodside Animal Welfare Trust.

 

Julia Olympio diz que pato de estimação foi furtado dentro de condomínio e que está vivendo um pesadelo

A influenciadora digital Julia Olympio afirmou que está vivendo um pesadelo após o furto de seu pato de estimação, conhecido pelo nome de Patolino, dentro de seu condomínio, localizado no município de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Ela também divulgou vídeos em seu perfil no Instagram falando sobre o assunto. De acordo com o “g1”, o 1º DP (Mogi das Cruzes) da Polícia Civil está investigando o possível furto do Patolino.


Post de Julia Olympio. (Reprodução/Instagram @juliaolympio)


Julia Olympio, ao “g1”, disse: “Eu o tratava como se fosse um filho. Ele já foi para a praia, para o campo comigo. Está sendo horrível ficar sem ele, é um vazio tão grande. Parece que eu estou passando por um pesadelo e a qualquer momento eu vou acordar e ele vai estar lá me esperando”.

A influenciadora digital saiu de sua casa no último dia 13 de abril e, quando voltou para casa, seu pato de estimação tinha desaparecido. Olympio não acredita que o pet tenha sido atacado por um outro animal. 

A tutora disse que mudou-se para outra casa fazia cinco dias e que escolheu o lugar para dar um maior conforto para Patolino, já que tinha um lago e ela iria arranjar uma fêmea para ficar com o pet. “Infelizmente, eu saí de casa e, quando eu voltei, ele não estava mais lá”, disse a influenciadora. 

Ela completou dizendo que acham que nenhum animal matou e, caso tivessem matado, teriam encontrado o corpo ou visto algum rastro, e que acreditam na possibilidade de alguém ter pego Patolino. Julia também informou que está fazendo uma mobilização para ver se descobre quem pode estar com o animal, tentar sensibilizar e assim receber Patolino de volta. 


Post de Julia Olympio. (Reprodução/Instagram @juliaolympio)


Além disso, Julia Olympio contratou uma empresa especializada em localizar animais de estimação. No entanto, as buscas não conseguiram encontrar muitas pistas de onde o pato poderia estar.

A influenciadora disse: “Eu fiquei muito desesperada quando ele sumiu. Eu joguei no Google e achei uma empresa que é especializada em encontrar pets. Três pessoas da empresa vieram com um cão farejador, a gente procurou na mata, mas sem sucesso”

Julia, inclusive, disse que descobriram um rastro do pato de estimação, mas que depois some, e é por isso que estão concluindo que alguém o pegou. 

Foto Destaque: Julia Olympio e Patolino em foto do Instagram. Reprodução/Instagram @juliaolympio. 

Jiboia de dois metros devora uma ave pantaneira em questão de minutos

Na última semana em uma pousada em Aquidauana (MS), uma jiboia de aproximadamente 2 metros foi filmada devorando um anu-branco, uma ave típica do Pantanal. De acordo com relatos dos guias, um grupo de anus-brancos estava pousando perto de uma árvore quando um deles acabou sendo devorado pela jiboia.

A jiboia estava pendurada em um dos galhos da árvore e acabou engolindo a ave em questão de minutos, a jiboia estava de ponta a cabeça. Segundo os guias, a jiboia terminou de se alimentar em cerca de 20 minutos. “Eu estava na sede da pousada. Os guias me informaram pelo rádio, como era perto, fui bem rápido para fazer o registro”, comenta Joana Murano, a administradora e gerente da pousada.

Ela ainda frisa que nunca sabe o que vai encontrar nestes passeios, desta vez eles tiveram sorte e ficaram impressionados, já que não é uma cena comum de ver.

A pousada frisou que: “Nunca sabemos o que será visto durante os passeios, pois a natureza é imprevisível”.


Jiboia de 2 metros (Foto: Reprodução/PMA)


A cena ocorreu durante um passeio fotográfico, porém os guias e os turistas não tinham percebido a jiboia até o animal dar o bote. No vídeo feito pela administradora e gerente da pousada é possível ver a jiboia contraindo o corpo para se alimentar da ave.

“Foi rápido, achamos que ia ser demorado. Mas em 20 minutos a cobra já tinha engolido a presa. A jiboia tinha uns 2 metros, a ave era pequena. Ficamos distantes da cobra, deixamos o bicho no canto dele. Depois que ela engoliu, seguimos o passeio”.

Joana informou que era a tarde, horário do lanche e falou que alguns hóspedes da pousada estavam fazendo um safári fotográfico.

“Junto, os guias viram um bando de anus sobre a árvore, mas nem viram a jiboia”, lembra Joana.

As cobras são capazes de abrir a boca até 180° para engolir presas maiores que ela, elas também usam a sua musculatura para puxar os animais.

Foto Destaque: Cobra ficou pendurada em árvore enquanto devora a ave (Foto:Reprodução/Joana Murano/Arquivo Pessoal)

Dezenas de arraias aparecem mortas na Ilha do Fundão

Diversas arraias, da espécie Raia Ticonha, que está ameaçada de extinção, apareceram mortas na Prainha, localizada na Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, banhada pela Baía de Guanabara. Pescadores relatam que os primeiros indivíduos mortos foram ainda durante a madrugada desta terça-feira, 11, e que não notaram nada de anormal no dia anterior, de acordo com informações do “g1”

Uma mulher que reside na colônia de pescadores diz ter percebido tal incidente pouco após o amanhencer desta terça-feira e que depois muitos urubus começarama a rondar o local. 

A moradora disse: “Uma mortandade imensa dos animais. Nós que somos pescadores estamos muito tristes e até com medo. A gente depende disso, como vamos nos alimentar ou vender peixes envenenados? Se os animais morrerem, a gente passa fome”.

Os pescadores, inclusive, denunciaram a demora das autoridades em retirar as raias mortas da praia. Segundo os mesmos, eles afirmaram que alertaram os órgãos no início de terça e somente na tarde do mesmo dia que os animais foram recolhidos.

A mulher disse que é um descaso e que causa muita tristeza. Além disso, disse que ela e os demais desejam saber o que está acontecendo. 


Post sobre o vídeo mostrando as arraias mortas. (Reprodução/Twitter @jornalodia)


O “g1” mostra a explicação do biólogo Mário Moscatelli. O especialista explica que ainda não há como definir o que aconteceu com tais animais.  

Moscatelli esclarece que, primeiro, deve-se saber o tamanho dos indivíduos. O especialista disse que as arraias são utilizadas, principalmente, para alimentação e estas podem ter sido descartadas por conta de não estarem servindo para alimentação das pessoas. A segunda explicação dele é que uma embarcação de arrasto pode ter matado esses peixes e depois foram abandonados, ou mesmo houve contaminação.

Além disso, na noite de ontem, o “RJ2” trouxe ao público explicações de especialistas. Estes acreditam que a morte de dezenas  arraias na Ilha do Fundão pode ter ligação com a poluição da Baía de Guanabara ou com a pesca ilegal.


Post sobre as arraias mortas. (Reprodução/Twitter @g1rio)


O biólogo Izar Aximoff disse: “Ou é pela poluição da Baía, com falta de oxigenação que matou, ou mesmo esses animais caíram na rede de pesca e, por conta de uma dessas espécies terem a pesca proibida, esses animais foram colocados ali na praia. Então as autoridades precisam investigar”

Ricardo Gomes, o diretor do Instituto Mar Urbano, disse que no vídeo há várias arraias grávidas, e que pode demorar anos para repor a população que foi perdida.

O especialista disse: “Parece que um cardume inteiro morreu de uma vez só, várias grávidas”. Ele aponta para o fato de esses peixes terem 19 meses de gestação e que demoram anos para atingirem a maturidade sexual, além de terem poucos filhotes. “Quando a gente elimina um cardume inteiro desses, a natureza vai demorar muitos anos para repor essas raias”.

Ricardo Gomes informa que a desconfiança é que tenham sido pescadores por acidente, em pesca de arrasto, em busca de camarão. “Pra gente foram raias pegas por acidente, pescaria proibida, descartadas ali no local por estarem ameaçadas. Os pescadores se livram do flagrante”

O especialista, inclusive, faz um alerta para pessoas que compram carne de cação ou de viola em feiras populares. Ele diz que dentro do filé de cação vendido na feira, há várias raias, tubarão, trata-se de um nome genérico e que as pessoas acabam se alimentando de raias contaminadas por metais. “Elas são predadoras topo de cadeia, estão expostas a metais que são muito prejudiciais a saúde”

O Inea informou que não foi acionado para fazer a checagem da morte dos animais.

Foto Destaque: Dezenas de arraias aparecem mortas na Ilha do Fundão. Reprodução/Pilar Olivares/REUTERS. 

Elefanta doente de zoológico do Paquistão recebe veterinários de vários países

Na quarta-feira (5), a elefanta africana batizada como Noor Jehan, que habita no zoológico de  Carachi, no Paquistão, recebeu a visita de vários veterinários destinados a tratar da saúde dela.  

A equipe composta por médicos do Egito, Bulgária e um especialista em criação de elefantes da Alemanha executou um procedimento com o intuito de melhorar a qualidade de vida de Noor, que pesa 3,5 toneladas e vem apresentando dificuldades de locomoção.  

Em um vídeo publicado pelo site Associeted Press News, um dos veterinários responsáveis pelo caso da elefanta afirmou que o animal sofre de artrite. Também foram identificadas manchas que podem indicar uma infecção fúngica ou parasitas na pele.  


 

Um dos veterinários responsáveis pelo tratamento de Noor Jehan (Foto: Reprodução/Associeted Press News)


Além dos problemas citados, a equipe da organização austríaca Four Paws, que cuida do caso, realizou em Noor um ultrassom no abdômen. No local observaram que há um hematoma que está prejudicando outros órgãos. Que, segundo os especialistas, ocorreu após a pélvis dela ter sido quebrada.  

O Dr. Amir Khalil, líder do grupo, explicou as dificuldades encontradas e os momentos de tensão na preparação dela para o exame.  

“Quase a perdemos quando a sedamos, mas felizmente tivemos todos os preparativos necessários e Noor Jehan se levantou novamente”, afirmou o veterinário.  

Khalil esclareceu que, apesar de Noor está bastante debilitada, há tratamento e para o fazer serão necessários muito trabalho e um pouco de sorte nos próximos dias.   

 “No entanto, Noor Jehan ainda é jovem e merece viver mais 20 ou 30 anos,” completou o médico em tom esperançoso.  

As autoridades locais chegaram a um consenso de que para que os procedimentos possam ser feitos corretamente e tenham o resultado esperado, a elefanta que viveu por 12 anos no Zoológico de Carachi, deverá ser realocada. Assim, ela e seu companheiro serão transferidos para Madhubala. 

Foto destaque: Noor Jehan no zoológico de Carachi. Reprodução/Associeted Press News.

Cobra de duas cabeças nasce em Niterói

Uma jararaca do Instituto Vital Brazil, em Niterói, no Rio de Janeiro, deu à luz a um filhote que nasceu com duas cabeças. Essa é uma condição rara, conhecida como bicefalia, e acontece geralmente uma vez a cada 100 mil nascimentos. 

Segundo estudos, a bicefalia é causada por uma divisão incompleta do embrião. Quando isso ocorre em mamíferos, os animais acabam tendo um aborto espontâneo, já que no mundo animal, eles preferem mais a qualidade à quantidade.  

Entretanto, no caso dos répteis e de outros animais que colocam ovos, a formação do embrião não depende mais do animal reprodutor, assim que põe o ovo. E como os ovos são bastante sensíveis ao que ocorre na natureza, aos fatores ambientais, há maiores chances de se ter uma má formação do embrião, podendo gerar os animais com bicefalias com menos raridade do que nos mamíferos. 

Porém, assim como no caso da serpente do Instituto, é bastante comum, que ao eclodirem do ovo, os animais já estejam mortos. E mesmo que caso sobrevivam ao nascer, é pouco provável que consigam viver por muito tempo, devido a diversos fatores. Por exemplo, é possível que os animais nasçam com um coração apenas, tendo que bombear sangue para dois corpos, gerando problemas de saúde no animal com extrema facilidade.


 

A cobra que nasceu morta sendo estudada (Reprodução/ Edson Taciano – IVB)


Ainda assim, para os pesquisadores, um animal dessa raridade ter nascido no Instituto, é um caso positivo, visto que ele poderá ser utilizado como forma de estudo, para se aprofundar mais nos casos de bicefalia nos animais, como também, para outras áreas da ciência, como explica o biólogo Breno Hamdan. 

“Este espécime pode gerar conhecimentos importantes em teratologia, que é a área da ciência que se dedica ao estudo das anomalias e malformações ligadas ao desenvolvimento embrionário. Este conhecimento pode, inclusive, vir a ser aplicado em outras especialidades, como as voltadas à saúde humana” 

O estudo, segundo o biólogo, é feito através das escamas das serpentes, comparando entre os dois animais para averiguar se houve interferência do ambiente, ou se foi algo natural. 

“O que fazemos é comparar as escamas das duas cabeças. O esperado é que as escamas sejam idênticas. Caso não sejam, há indícios de que a formação das escamas sofreu influência epigenética, isto é, sofreu influência do ambiente.” 

Conforme os estudos vão se aprofundando, é através desses escamas que os pesquisadores conseguem observar uma uma mudança genética no animal com essas características.

Foto Destaque: Serpente de duas cabeças do Instituto Vital (Reprodução/Edson Taciano – IVB)

Jiboia é encontrada dentro de sofá em Minas Gerais

Na tarde desta segunda-feira (3), o Corpo de Bombeiros de Pato de Minas foi chamado para atender uma ocorrência incomum, que foi a captura de uma serpente que se encontrava dentro do sofá de uma residência.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a situação ocorreu por volta das 16h30, na Avenida Tenente-Coronel Altino Augusto Ferreira, 99, no bairro Alto dos Caiçaras. A jiboia de um metro e meio de comprimento, estava enrolada na grade inferior do sofá.

Em um vídeo feito pelos bombeiros, eles mostram o trabalho para a captura da cobra, que chega a dar um bote em um dos equipamentos.

Os militares foram chamados e ao chegarem no local, se depararam com os moradores surpresos e também apreensivos, ninguém sabia ao certo há quanto tempo a serpente estava ali, nem como conseguiu entrar na casa e se esconder no sofá. Até então não foi divulgado como os moradores acabaram percebendo a presença da jiboia no local.


 A serpente estava nas grades do sofá (Foto: Reprodução/Divulgação/Corpo de Bombeiros)


Segundo os militares, eles realizaram a captura segura da serpente, onde não causaram nenhum dano a jiboia e nem aos moradores. Felizmente, ninguém se machucou durante o incidente, não houve nenhum relato de acidentes, que poderiam ser como picadas ou até mesmo problemas relacionados à presença da serpente.

Após a captura, a jiboia acabou sendo solta no seu habitat natural, que fica em uma área distante do perímetro urbano, garantido assim a segurança tanto da serpente quanto da população.

O Corpo de Bombeiros orienta que em caso de emergência, ligue para o 193 e também orienta para a população, que não tente capturar animais silvestres sem estar devidamente preparado e sem os meios necessários para tal atividade.

A jiboia faz parte da família Boidae, sem corpo é alongado roliço e ligeiramente comprimido nas laterais. Sua cor é camuflada e confunde-se com o ambiente. São serpentes de médio a grande porte e podem medir até 4 metros de comprimento. Sua reprodução é ovípara. A gestação dura de 127 a 249 dias e nascem entre novembro e fevereiro. Produz de 8 a 50 filhotes por ninhada. São animais carnívoros, mas quase não gastam energia, podendo ficar vários dias sem comer. São considerados animais pacíficos, pois não são venenosas e não atacam o homem. As jibóias vivem aproximadamente 20 anos.

Foto Destaque: Serpente da espécie jiboia estava enrolada na grande inferior do móvel da residência (Foto:Reprodução/CBMMG)

Tubarão-baleia é encontrado morto no Espirito Santo

Nesta segunda-feira (27), foi encontrado por moradores, um tubarão-baleia, morto, no Espírito Santo, na baía de Vitória. Segundo o projeto Baleia Jubarte, o animal de nome científico Rhincodon typus, é considerada a maior espécie de peixe do mundo, e por isso recebeu o nome de baleia. Esse animal era fêmea, e pesava cerca de 12 toneladas, e possuía um comprimento de 11,6 metros. 

De acordo com o projeto, é raro que essa espécie de animal fique encalhado da forma como esse animal ficou. A carcaça do tubarão-baleia já estava em estado de decomposição, e foi retirado do local, e levado até um estaleiro na Prainha, em Vila Velha. 

A necropsia do animal foi feita no local, com o objetivo de ajudar os pesquisadores a aumentar o conhecimento científico sobre o animal e a espécie, além de explicar se havia algo de errado com ela, se ingeriu lixo que estava no oceano, entre outras coisas. 

Para o projeto, que realizou esse procedimento, juntamente com o Instituto Orca, o animal aparentava estar saudável, se alimentando bem e de forma regular e com camada de gordura considerável. A necropsia também revelou que não foi encontrado nenhuma espécie de lixo ou plásticos ingeridos pelo animal, e nem aparentava ter nenhuma marca, que indicaria que o animal poderia ter ficado preso em equipamentos de pesca, ou que teria sido atingido por alguma embarcação. 


Publicação do Instituto Orca que estava presente no local e participou da necropsia (Reprodução/Instagram Instituto Orca)


O projeto também coletou amostras do tecido do animal, para que possam ser analisadas posteriormente, para detectar se havia alguma doença ou contaminação com o tubarão-baleia. 

Quando a necropsia for encerrada, o animal será enterrado em algum local adequado, que será disponibilizado pela Secretaria de Meio Ambiente de Vila Velha. 

Segundo biólogos e pesquisadores, essa espécie de peixe, realiza um processo de migração, para que possa reproduzir, entre junho e novembro, e é provável, que a causa do encalhamento, tenha sido um erro nesse processo de migração. 

Foto Destaque: Tubarão-baleia encontrado morto no Espírito Santo (Reprodução/Instagram Instituto Orca)