CONHEÇA A COBRA-DO-MILHO E TUDO O QUE É PRECISA SABER ANTES DE ADOTÁ-LA

Conhecida como “Corn Snake” ou Cobra-do-milho é uma espécie norte-americana de serpente pertencente à família Colubridae.

A origem do seu nome se deve ao fato dela ser facilmente encontrada próxima a celeiros ou plantações de milho. Há algum tempo, elas têm sido usadas como animais de estimação por serem adaptadas a vida no cativeiro.

Apesar de ser uma serpente, ela não possui veneno como outras espécies como: cascavéis, surucucus. A Cobra-de-Milho é um réptil de porte-médio, que pode ter em média 60 a 180 cm e dependendo da criação, sua expectativa de vida pode durar entre 15 e 20 anos.

As Cobras-do-Milho são répteis crepusculares, por isso, são mais ativas durante a noite, mas ainda assim, suas atividades podem ser presentes nas primeiras horas da manhã ou no início da noite.

Para quem deseja ter uma “Corn Snake” como animal de estimação deve levar em conta, construir um ambiente seguro que servirá com abrigo para este réptil.

Um terrário com o devido tamanho é uma boa opção para abrigar esses animais. Lembrando que se trata de uma cobra que pode chegar até 180cm de comprimento, o ideal é construir um terrário maior possível para que ela não se sinta desconfortável.


Cobra-do-Milho Réptil. (Foto:  Reprodução/Karsten Paulick)




Outro fator importante que se deve prestar atenção na hora de construir um local para cobra-do-milho é sempre observar a temperatura do local, sendo ela um animal de sangue-frio, ela depende de um ambiente para fornecer o calor necessário para sobrevivência.

Por isso, o ciclo de temperatura do terrário entre 29ºC e os 31ºC durante o dia no lado quente e 21ºC e 25ºC no lado quente durante a noite.

O ideal também é sempre manter o terrário com bom nível de umidade, sabendo que isso poderá ajudar a manter a saúde respiratória da Cobra-do-Milho. Um bom substrato e um bebedouro dentro do local onde abrigará a cobra serão o suficiente para deixar o terreiro com a umidade correta.

Mesmo com todas as informações sobre as suas necessidades, é importante enfatizar que  elas são como qualquer outro animal que exigirão despesas, tempo e responsabilidades. Então, a sua adoção deve ser responsável.

Foto destaque: Cobra-do-Milho. Reprodução/Karsten Paulick. 

 

 

Raposa-do-campo: Saiba por que ela não é uma raposa

A raposa-do-campo é um animal típico do cerrado, está na lista das espécies exclusivas do Brasil e atualmente corre risco de extinção. O mamífero é do gênero Lycalopex, da família Canidae, assim como outras espécies pertencentes a América do Sul, como a raposa-colorada, raposa-de-Darwin e também a raposa-cinzenta-argentina.

Mesmo que elas sejam popularmente conhecidas como raposas, essas espécies sul-americanas não possuem parentesco próximo com as raposas que são do Hemisfério Norte, como as que são mostradas em fábulas e histórias infantis, pois elas pertencem a outro gênero, o Vulpes. O gênero da raposa-do-campo é mais próximo dos lobos e dos famosos chacais, e a diferença principal são as características morfológicas.


Raposa-do-campo pertence ao gênero Lycalopex — (Imagem/Reprodução: Rodrigo Sargaço/ G1)


As reais raposas são diferidas dos membros do gênero Canis, como cães, lobos, chacais e coiotes, por terem um tamanho menor e os crânios mais achatados. Elas possuem marcas pretas e de formato triangulares entre os olhos e o nariz, e geralmente a ponta das caudas tem cor diferente do restante da pelagem. Já no gênero Lycalopex, estão os animais de pequeno e médio porte, nativos da América do Sul, conhecidos como raposas sul-americanas.

A raposa-do-campo mede até 64 centímetros e pesa entre 2 e 4 quilos aproximadamente. Ela é exclusiva do Brasil e costuma habitar a área do cerrado. O biólogo Guilherme Garbino, em entrevista ao G1, comenta mais sobre o assunto: “Mas pode ser encontrada em áreas de transição do bioma com o Pantanal, com a Mata Atlântica e com a Caatinga”, explica ele. O animal, ameaçado de extinção na categoria vulnerável, é vitima de perda de habitat, atropelamentos, predação por cães domésticos, caça e alta mortalidade de filhotes. Eles também são popularmente conhecidos como jaguarapitanga.

Além da raposa-do-campo, outras cinco espécies da família Canidae estão no Brasil, são elas: cachorro-vinagre, cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas, lobo-guará, graxaim-do-campo e cachorro-do-mato.

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Foto Destaque: raposa-do-campo. Imagem/Reprodução: Frederico Gemesio/G1

Crise climática ameaça borboletas e abelhas, podendo haver consequências no ramo alimentício

Recentemente, as populações de abelhas têm diminuído. Além disso, mais da metade das espécies de morcegos nos EUA está diminuindo severamente e/ou estão listadas como ameaçadas de extinção. As borboletas-monarcas também estão correndo perigo de extinção, segundo cientistas internacionais. O maior problema é que esses animais têm em comum o fato de serem agentes polinizadores, ou seja, sem eles, as frutas, vegetais e algumas outras plantas acabariam não sendo polinizadas, gerando um grande problema para o suprimento de alimentos da população.

Em entrevista à CNN, o diretor de comunicações e especialista em vida selvagem do Zoo Miami, Ron Magill, comentou que uma em cada três porções do que comemos estão diretamente ligadas a um polinizador, e cerca de 30% da comida que comemos se deve às borboletas, abelhas, morcegos, entre outros polinizadores. Por isso, perder esses animais significa perder também alguns de nossos melhores alimentos. Na lista de alimentos que são afetados por esse problema, estão: Maçãs, melões, cranberries, abóboras, abobrinhas, brócolis e amêndoas. Esses dados são da FDA – Food and Drug Administration – dos Estados Unidos. As abelhas, por exemplo, são responsáveis por cerca de 90 culturas produzidas comercialmente, e até a famosa tequila está correndo risco. “Está tudo tão intrinsecamente conectado. Se você está comendo o alimento que é polinizado diretamente ou está comendo algo que depende desse polinizador”, disse Magill.

Para simplificar, é só pensar que se ingerirmos frangos, porcos e galinhas, e esses animais ingerem frutas, legumes, e outras plantas que dependem dos polinizadores, acabaríamos ficando sem os dois, pois uma coisa leva a outra.

A crise climática tem afetado bastante os polinizadores. Embora a seca intensa seja o fator que mais impacta esses animais, tem crescido frequentemente os efeitos do calor extremo, principalmente nas borboletas. “Como as borboletas são alguns dos insetos mais sensíveis às mudanças de temperatura, elas são consideradas o ‘canário da mina de carvão’ quando se trata de mudanças climáticas”, comentou Magill.

Além disso, um relatório da ONU – Organização das Nações Unidas – de 2019, apontou que um milhão de espécies estão sendo ameaçadas de extinção nas próximas décadas, conforme a crise climática acelera.


Borboleta Monarca. (Imaggem/Reprodução: Ron Magill/CNN)


No caso das abelhas, o declínio ficou aparente e de forma grave no ano de 2006. De abril de 2020 a abril de 2021, os apicultores mostraram uma perda de cerca de 45% de suas colônias. Os dados são do Colégio de Agricultura da Auburn University, que também relata que o volume médio aceitável é a perda de 20%. “A mudança climática impactou significativamente a borboleta-monarca migratória e é uma ameaça que cresce cada vez mais rápido; a seca limita o crescimento das asclepias [gênero botânico] e aumenta a frequência de incêndios catastróficos, temperaturas extremas desencadeiam migrações precoces antes que as asclepias estejam disponíveis, enquanto o clima severo tem matado milhões de borboletas”, relataram cientistas da União Internacional para a Conservação da Natureza.


Abelhas em favo de mel. (Imagem/Reprodução: Ron Magill/CNN)


Os morcegos também são insubstituíveis na segurança alimentar. Estudos recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostram que eles conseguem ingerir pragas suficientes para salvar mais de um bilhão de danos em plantações e custos de pesticidas nos EUA, principalmente quando se trata das plantações de milho, e eles também são polinizadores vitais. “Você não teria tequila se não tivesse morcegos, porque essa é a única coisa que poliniza a planta de agave que faz tequila”, disse Magill.

Os morcegos, porém, não são apenas polinizadores, mas também considerados grandes dispersores de sementes e críticos para o ecossistema, assim como os pássaros. “As sementes das frutas que eles comem germinam depois de passarem pelo sistema digestivo e depois são depositadas por onde eles passam para ‘plantar’ futuras árvores”, comentou Magill.


Morcegos frugívoros. (Imagem/Reprodução: Ron Magill/ CNN)


Para evitar que aumente as chances desses animais serem extintos, podemos começar evitando o uso de pesticidas e produtos químicos dentro de casa. Uma alternativa é começar a utilizar produtos orgânicos dentro de casa. A plantação de flores silvestres nativas também ajuda esses animais sobreviverem. “Esses são os postos de reabastecimento para nossos polinizadores”, completa Magill.

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Foto Destaque: Borboleta Eumaeus atala. Imagem/Reprodução: Ron Magill/ CNN

A ARAPONGA E O CORO DA MADRUGADA

Pássaros são animais extraordinários, seja pelas cores ou pelos sons que emitem, esses bichos são dignos de admiração. Porém, alguns desses seres tem características bem peculiares, e a Araponga, que também é conhecida por guiraponga, ferreiro ou ferrador, encontrada em regiões de floresta úmida tropical, ou subtropical, possui um canto diferente, que se assemelha ao som de uma campainha, ou de uma batida de metal.

Esse pássaro costuma cantar estridentemente, e a intensidade e duração do seu canto varia bastante de acordo com a região de origem do animal, mas em geral costuma ocorrer antes do nascer do sol. Essa variação do horário se dá por conta da incidência dos raios solares, quanto mais cedo ficar claro, mais cedo eles fazem barulho.

Quer acordar com os pássaros? Pois é, esse bichinho pode te acordar bem rápido, e seu nome, derivado do tupi, de acordo com o dicionário significa ave sonante. Sua voz pode alcançar longas distâncias, sendo uma das mais fortes dentre as aves.

Escolhido como símbolo do Paraguai, a ave está ameaçada de extinção, mas ainda assim é adquirido como animal de cativeiro.

Medindo por volta de 27 centímetros, pode cantar a maior parte do dia, e seu canto inicia pela madrugada, antes do nascer do sol. Esse fato está sendo estudado por pesquisadores que explicam que a sensibilidade dos olhos destes animais faz com que comecem a barulhar muito cedo, à medida que os raios de sol vão surgindo. Outro fato que pode contribuir para o horário de início desse coro, é as condições para a propagação do som são melhores pela manhã.

Ainda não se sabe ao certo os motivos para que esse evento musical se inicie tão cedo, o que se sabe é que essa ave, embora ameaçada de extinção, é capaz de cantar alto durante muito tempo, criando o Coro da Madrugada.

Beluga encalhada no Rio Sena corre risco de vida

No dia 2 de agosto, uma baleia branca, beluga, foi vista no Rio Sena, na França.  Porém, desde a última sexta-feira (5), a baleia está entre duas eclusas, cerca de 70 quilômetros ao norte da capital da França. O problema é que a água quente do rio está afetando negativamente a saúde do animal. 

A baleia está desnutrida e não está progredindo, apesar disso, ela segue com vida, disse o ambientalista da Sea Shepherd nesta segunda-feira (8). Cada minuto que passa as esperanças vão diminuindo. “Ela está alerta, mas não com fome. Não houve nenhum agravamento de sua condição.”  – completou a presidente da Sea Shepherd, Lamya Essemlali.


Beluga encalhada no Rio Sena. Foto Reprodução: G1.


As autoridades disseram que uma solução para esta situação seria abrir as eclusas, com a esperança de que a beluga nade na direção do Canal da Mancha. Porém, com a abertura das eclusas haveria o risco do animal se locomover rio acima, na direção de Paris, e isso seria ainda mais desastroso.

Durante os últimos dias, já tentaram diversas vezes alimentar a baleia , porém todas falharam. No sábado (6), para tentar abrir o apetite do animal, vitaminas e produtos para estimular seu apetite foram administrados, porém também não tiveram sucesso, disse um comunicado da polícia do departamento de Eure, localizado na Normandia, que está responsável por supervisionar a missão de resgate.

Belugas são comumente encontradas em ambientes de água fria, como no Ártico, um animal na fase adulta pode chegar a até 4 metros de comprimento. O Observatório Pelagis da França, que é especializado nos mamíferos de vida marinha, a população de beluga mais próxima da França fica no largo do arquipélago de Svalbard, ao norte da Noruega, cerca de 3000 quilômetros do Rio Sena.

No início do mês de junho, uma orca também foi vista no Sena, entre as cidades de Rouen e Le Havre. O mamífero foi encontrado morto e através de uma autópsia foi dada morte por inanição.

Foto destaque: Baleia encalhada no Rio Sena. Reprodução: Uol.

Pesquisadores fazem 1° registro do mundo de anaconda amarela mutante

Uma sucuri-verde de pele amarela chamou atenção de toda a comunidade científica e também do biólogo Afonso Meneses, pois trata-se do primeiro registro no mundo de uma anaconda mutante. A pesquisa tem a autoria do Bruno F. Camera e foi publicada pelo portal Herpetological Review.

A foto da cobra foi feita em Belém (PA), e revelou detalhes de uma mutação genética intitulada xantismo, uma anomalia que altera o pigmento da pele do animal e o deixa com tons mais amarelados. “A sensação de fotografar esse réptil foi muito bacana. Ver o bicho de coloração totalmente diferente e poder publicar o primeiro registro do mundo faz a gente perceber o quanto ainda temos para descobrir sobre a nossa fauna”, destacou o biólogo em entrevista ao G1. Confira mais uma foto da cobra:


Descoberta ajuda a entender mais sobre mutações genéticas — (Foto/Reprodução: Afonso Meneses/Arquivo Pessoal/G1)


De acordo com o Afonso, o que mais chamou atenção foi o fato de a cobra ter sobrevivido até o período adulto, mesmo com um padrão de cores que tende a dificultar a vida na floresta, pois prejudica seu dom de camuflagem. O animal registrado pesa cerca de sete quilos e tem aproximadamente dois metros e meio de altura.

Afonso contou que estava em uma expedição acompanhado de um amigo que estuda as cobras da América do Sul, quando avistou a cobra: “Eu estava fazendo meu mestrado e ele desenvolvendo um trabalho de doutorado sobre sucuris na mesma região. A gente foi para um serpentário que fica a 30 quilômetros de Belém pra levantar dados da pesquisa dele. Foi quando soubemos que a cobra de cores pálidas havia sido encontrada no centro da cidade”, lembrou ele.

Como as cores da cobra dificultam a vida ao ar livre, ela foi levada para o Centro de Herpetologia da Amazônia e permanece em recinto colaborando com estudos. “Existem outros casos dessa anomalia em espécies como cascavéis. Mas em uma sucuri é a primeira vez”, reforçou o biólogo.

As sucuris-verdes possuem hábitos semiaquáticos e conseguem ser ativas tanto na água quanto no solo. Os olhos e as narinas são fixados no topo da cabeça, o que permite que o animal veja e respire enquanto o corpo permanece submerso.

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Foto/Destaque: Sucuri-verde com anomalia intitulada Anaconda Amarela Imagem/Reprodução: Foto: Afonso Meneses/Arquivo Pessoal.

Resgate de pangolins: mamíferos mais traficados do mundo

Os pangolins são animais mamíferos que vivem nas zonas tropicais da Ásia e da África. Eles têm o corpo coberto de escamas e não possuem dentes. Sua alimentação é em sua maioria de formigas, pois as capturam com suas línguas viscosas. Este animal é muito caçado e utilizado para a gastronomia, e suas escamas usadas como afrodisíaco. Uma curiosidade é que eles são um dos principais suspeitos de terem transmitido o Sars-CoV-2 para a população em Wuhan, na China, conforme estudo publicado pela universidade Hong Kong em 2020.

Os pangolins são encontrados em toda Ásia e África, mas infelizmente são considerados uma espécie ameaçada de extinção, pois os utilizam para a gastronomia e também para a medicina. Acredita-se que eles são os animais mais traficados de todo o mundo. Na Libéria, eles são conhecidos como “ursos-formigas”, devido a sua dieta de formigas e cupins. O Libassa Wildlife Sanctuary, que fica dentro do país, é como um refúgio para eles.


Pangolins são traficados por suas escamas. (Imagem/Reprodução: CNN)


Juty Deh Jr, que está trabalhando em parceria com o santuário, tem alimentado um bebê pangolim órfão. Em entrevista para a CNN, Deh disse que desde que começou a trabalhar com o santuário, sente que os animais fazem parte dele. Ele cuidou de todos os pangolins que chegaram no santuário, e diz que o melhor momento é quando eles podem libertar o animal de volta à natureza. “Colocando-o de volta na natureza, você realmente se sente orgulhoso, você sente que está avançando porque está realmente salvando animaizinhos”, disse ele. Deh também comentou que quando vê um animal sendo maltratado, é como se tivessem maltratando a ele também.

Deh Jr. se juntou ao santuário cinco anos atrás, quando ele foi inaugurado, e comenta ter salvo mais de 70 pangolins, em sua maioria trazidos pela Autoridade de Desenvolvimento Florestal da Libéria. Ele cresceu comendo animais e diz que hoje se envergonha por ter tido esse hábito. “Como uma criança vivendo com seus pais, você não tem escolha, porque você não pode fornecer comida para si mesmo”, disse Deh durante a entrevista.          

Nos últimos anos, a medicina tem ameaçado grandemente os pangolins. A diretora do santuário, Susan Wiper, diz que muitas pessoas estão matando esses animais para utilizaram as escamas na medicina tradicional. De acordo com um relatório feito em 2020 pelo Escritório das Nações Unidas, entre 2014 e 2018 o número de carregamentos de pangolins apreendidos aumentou cerca de dez vezes. A maioria das apreensões foram feitas na Ásia, e em grande parte de origem africana. O WWF estima que mais de um milhão de pangolins foram caçados na última década, mas Wiper rebate e diz que as estatísticas exatas são bem difíceis de serem encontradas. “Ninguém tem ideia dos números na Libéria, então cada pangolim que vai é realmente um desastre”, comentou a diretora.

O comércio dos pangolins foi banido internacionalmente e em 2016 foi proibido caçar, comprar, vender, capturar, transportar ou comer, o que inclui os pangolins. Infelizmente, muitas pessoas desconhecem essa lei. Wiper comenta que a conscientização e a educação são fatores bem importantes para o futuro da conservação na Libéria.

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Foto Destaque: Pangolim na natureza. Imagem/Reprodução: CNN

Leões famintos comem o próprio rabo em zoológico no México

Imagens da Fundação Black Jaguar-White Tiger em Tlapan, na Cidade do México, causaram recentemente repercussões internacionais por um vídeo que aprensenta as condições de vida dos leões. Passando alguns dias de fome, os leões chegaram a comer partes do próprio rabo. 

Nos vídeos, os leões estão em um pequena jaula, todos muitos magros e repletos de feridas, alguns até sem parte do rabo pois comeram após ficarem dias sem alimentos.



A ativista e ex-funcionária da instituição, Yael Ruiz, foi uma das denunciantes do caso às autoridades. Ao seu lado, Arturo Islas Allende, defensor da causa animal, ajudou na divulgação das crueldades com os animais do santuário.

A fundação não tinha a documentação em dia ou as permissões legais, a realidade é que ela é completamente clandestina“, afirma Allende.

Criada em 2015, a fundação tinha o intuito principal de resgatar e cuidar dos animais silvestres de cativeiro, proporcionando boas condições de vida, sem a interferência de ações humanas. O dono Eduardo Mauricio Moises Serio, além das acusações de maus tratos, também está sendo invetsigado por vender e criar ilegalmente filhotes de leão, tigre, leopardo e onça. No momento, o local está sob o controle das autoridades locais e Serio está foragido, mesmo que ainda não tenha confirmado um mandato de prisão contra ele.

Na inspeção do local, encontraram cerca de 200 restos mortais de leões em fossos cavados em parte do terreno. O espaço, também, abrigava 17 macacos e dois coiotes.

A fundação dizia ter 400 felinos, mas ontem as autoridades fizeram uma contagem e encotraram apenas entre 180 e 190, menos da metade dos animais originais estão vivos”, relata o ativista.

Na semana passada, Eduardo Serio utilizou a página da fundação no Instagram para publicar um vídeo no qual declarou estar “em paz” e acredita que as denúncias tem o intuito de “despretigiar o seu trabalho” e por enquanto está esperando o andamento das investigações, mesmo que ele defenda o seu fim, “as autoridades dirão que está certo“.

 

Foto Destaque: Leão com parte do rabo comido em zoológico no México.  Reprodução/Instagram 

Pintado entra na lista de espécies em extinção e terá pesca proibida em todo o país

A pesca do peixe Pintado, conhecido também como surubim e caparari, foi proibida em todo o Brasil, após a espécie entrar na lista de espécies em perigo de extinção, segundo o Ministério do Meio Ambiente, é a primeira vez que o Pintado entra na lista, com a proibição, atividades de pescas esportivas como “pesque e solte” também estão proibidas. 

A nova medida foi publicada no início do mês, e começara a entrar em vigor a partir do dia 5 de setembro. A decisão de listar o pintado como espécie de peixe ameaçado de extinção é resultado de uma longa análise técnica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que aplica os critérios de risco de extinção do método da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN).  


 

Pesca de Pintado será proibida no Brasil (Foto: Reprodução/Revista Pesca & Companhia)


De nome cientifico Pseudoplatystoma corruscans, o peixe é de água doce, pertencente a família dos Pimelodídios, habita nas bacias dos rios São Francisco, Prata e Paraná, embaixo de malhas de aguapés, de hábitos noturnos também pode ser encontrado em rios de outros países da América do Sul, como Paraguai, Uruguai, Bolívia e Argentina. 

Especialistas afirmam que a diminuição populacional da espécie origina de barragens sequenciais instaladas nas bacias, pois o animal que é migratório acaba tendo suas rotas impedidas pelos barramentos. Em entrevista ao G1, Luciana Carvalho Crema, coordenadora do ICMBio, explica: “No trecho baixo do rio São Francisco, por exemplo, a jusante da Usina Hidrelétrica do Xingó, o surubim desapareceu. Na bacia do rio Paraná, em trechos do rio Paranapanema, ele também não é mais encontrado na pesca. Outro problema que prejudica as populações de surubim é a contaminação genética, que pode ocorrer em virtude da soltura ou escape de híbridos. Um dos híbridos mais comuns é a mistura do surubim com a espécie congênere cachara, Pseudoplatystoma reticulatum, gerando o que se conhece nas pisciculturas como o peixe ‘ponto-e-vírgula’ por conta do padrão de pintas (do surubim pintado) e faixas (que vem da cachara, mais tigrada” – conclui Luciana.  

A pesca do Pintado é bastante praticada na região Nordeste devido à grande quantidade de rios que banham a região. O governo do Mato Grosso do Sul enviou um ofício ao Ministério do Meio Ambiente alegando que a espécie não está extinta nos rios do MS e solicitou que a proibição seja desartada no estado.

 

Foto Destaque: Peixe da espécie Pintado. Reprodução/Revista Globo Rural.

Uakari dos Kanamaris, nova espécie de macaco é descoberta na Amazônia

Uma nova espécie de primata foi descrita cientificamente no Brasil,  na Amazônia, o Uakari dos Kanamaris (Cacajao Amuna), essa espécie tem características genéticas e coloração da pelagem diferentes de outros macacos do mesmo gênero e é exclusivo do bioma.

O Uakari tem a pelagem do corpo totalmente branca e a face sem pelos e avermelhada, a especificação da nova espécie foi informada em artigo cientifico pela revista Molecular Phylogenetics and Evolution em publicação internacional, que tem como autor o pesquisador brasileiro Felipe Ennes Silva do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. A partir de análises de DNA ficou comprovado que o uakari tem distinções genéticas e morfológicas dos outros da sua espécie. 

A nova espécie foi encontrada na região do Rio Tarauacá, que banha os estados do Acre e Amazonas, e o nome faz referência aos Kanamaris do Juruá, um grupo indígena presente na região, a taxa de desmatamento da área vem aumentado devido a BR 364 que liga as cidades de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, no Acre, o local fica cerca de 700 quilômetros de distância dos outros tipos de Uakari. 


Mapa mostando onde outras espécies são encontradas (Arte Reprodução: Site Conexão Planeta)


Há ainda pouco estudo sobre a ecologia e comportamento deste novo primata, de acordo com Felipe Ennes, o pioneiro no estudo de macacos desta espécie foi o primatólogo José Márcio Ayres, no final da década de 1970 e começo da de 1980, na região do médio Rio Solimões, mas na época pouco se sabia, até recentemente, sobre a diversidade destes primatas. Por isso a classificação taxonômica seguia uma proposta publicada em 1987 pelo mastozoólogo, Dr. Phillip Hershkovitz, que era baseada no padrão de coloração de pelagem dos uakaris, o que era o principal parâmetro usado para compreender a diversidade de primatas (e outros mamíferos) no período pré-molecular.  

Para identificar essa nova espécie, Felipe visitou coleções científicas no Brasil, Estados Unidos e Europa para rever o padrão de coloração de pelagem dos uakaris e comparar espécimes que não estavam disponíveis em coleções científicas antigas, a partir daí foi feito o levantamento genético que se diferenciava dos uakaris já conhecidos. 

Foto destaque: Uakari, nova espécie exclusiva da Amazônia (Reprodução: site Conexão Planeta)