Google lança nova plataforma gratuita para médios e pequenos empresários

Em parceria com a Napp o Google anunciou que vai lançar uma plataforma gratuita focada em empreendedores médios e pequenos, com o objetivo de expandir e aumentar a presença dos negócios no meio online. Para isso irá oferecer sete dos serviços mais importantes da bigTech com foco em negócios, um deles é o Google Ads.

O CEO da Napp, Bruno Zenatte, explicou a razão de criarem uma plataforma totalmente gratuita aos empresários, dizendo que ela preza por dar atenção aos desafios mais enfrentados por empresários médios e pequenos, ele esclareceu isto durante uma apresentação da plataforma para jornalistas.

Ele também citou quais são estes tais desafios de acordo com pesquisa feita pela Napp e pelo Google: pouco tempo, desconhecimento sobre as ferramentas digitais, falta de experiência ao desenvolver estratégia de marketing digital, gerência manual do catálogo e estoque online, informação que possuem diversas interfaces ao mesmo tempo.


A plataforma já está disponivel, porém apenas no segmento de farmâcia por enquanto (Foto: Reprodução/Money Times)


O diretor de parcerias do Google para a América Latina, Newton Neto explicou que estes segmentos de empresas precisam de ferramentas simples para conseguirem benefícios no quesito digital econômico, “As pequenas e médias empresas precisam ter ferramentas simples e eficientes para se beneficiar da economia digital e empresas como a Napp são parceiros importantes do Google para que nossos produtos cheguem a todos os empreendedores brasileiros”, esclarece.

A partir do momento que médios e pequenos empresários se cadastram de forma grátis na plataforma, dados e instruções ficam disponíveis, baseados no gerenciamento de informações que a plataforma faz. Para os empresários interessados em utilizar a plataforma, precisam ficar cientes de que por enquanto apenas o segmento farmacêutico está disponível. A previsão é que outros segmentos se expandam na plataforma até o final de 2024.

Como a plataforma já é gratuita o Google lucrará de outra forma com ela, o diretor de parcerias do Google esclareceu que, a margem de aquisição de novos clientes de publicidade ocorre por conta da expansão de empresários que vão utilizando os serviços do Google e compreendendo a importância dele, isto gera lucros a empresa.

Foto destaque: Em parceria com a Napp, Google lança plataforma para ajudar empresários. Reprodução/Portal Contábeis/PhotoMIX-Company.

Entenda como a indústria da maconha pode render R$ 25 bilhões por ano ao Brasil

A cada dia, estudos provam mais benefícios do uso medicinal da cannabis para tratamentos de saúde. A maior parte desses benefícios são na área neurológica, com pesquisas provando a melhora de pacientes com epilepsia, esclerose, Alzheimer e autismo.

Também existem pesquisas comprovando a melhora de pacientes com câncer durante o uso de remédios à base de maconha. No entanto, o preconceito em torno da erva continua grande, principalmente aqui no Brasil.

A China começou a investir em uma subespécie de cannabis sem efeitos psicotrópicos. Desde então, o país oriental tornou-se líder na produção de cânhamo.

O cultivo da planta é extremamente proveitoso, pois o caule, folha, fruto e semente podem ser usados em algum tipo de produção. Enquanto o caule e a folha têm sua fibra reaproveitada para produção de tecido e papel, o fruto e a semente produzem, principalmente, algum tipo de tratamento medicinal.

Maria Eugênia Riscala, CEO da Kaya Mind, destaca a importância da sustentabilidade que existe no cultivo do cânhamo. “O cânhamo utiliza muito menos água que outras culturas. Além de ser forte, resistente ao vento e acostumada a nascer em qualquer lugar. Então, existe toda essa questão da sustentabilidade”.


Produtos medicinais da maconha. (Foto: Reprodução/Pixabay)


Segundo ela, o Brasil poderia arrecadar cerca de R$ 3 bilhões por ano em impostos, apenas com a liberação do uso medicinal da maconha. O lucro das indústrias seria acima de 9 bilhões.

Já a previsão de lucro das empresas com uso recreativo seria de cerca de R$ 11 bilhões. A arrecadação de impostos com essa indústria seria de quase 4 bilhões de reais.

Somando os lucros entre indústrias e impostos arrecadados, o Brasil poderia lucrar com a indústria do cânhamo, do uso medicinal e do uso recreativo da maconha, mais de R$ 35 bilhões. Esse valor é uma perda financeira que o nosso país tem a cada quatro anos.

 

Foto Destaque: Cannabis. Reprodução/Pixabay.

Tierry entra no ramo da construção civil

O cantor Tierry selou nesta sexta-feira (19) uma parceria em sociedade com o empresário José Antunes, tornando-se sócio investidor da empresa JTA Empreendimentos Imobiliários e Urbanismo. O acordo prevê mais de R$ 2 bilhões para os projetos Cidades dos Lagos, Jardim das Acácias e Yellow Stone, nas cidades de Camboriú e Porto Belo, em Santa Catarina.

Apaixonado pelo litoral catarinense, Tierry conta que conheceu José por meio de um grande amigo, Luís Henrique Palone: “Eu já desejava comprar um terreno próximo a Balneário, aliás, no litoral de Santa Catarina. Quando eu conheci o José, ele me apresentou os empreendimentos dele e foi aí que tive o prazer de conhecer a Cidade do Lagos. Então decidi que não queria apenas ter um terreno ali, mas também ser investidor”.


Tierry, José Antunes e proprietário do hotel Emiliano. Foto: reprodução.

 


 

A gente está extremamente empolgado”, continua: “É o projeto das nossas vidas, onde tem muita gente envolvida”, diz, citando também os cantores Fernando e Sorocaba.

Com um histórico familiar de 45 anos, a empresa nasceu em 1975 e vem atuando no ramo de construções e loteamentos com a incorporação imobiliária Santa Clara LTDA. A sede fica em Balneário Perequê, em Porto Belo (SC), com especialização em condomínios horizontais fechados e urbanizações.

A JTA Empreendimentos e Urbanismo trazem no currículo a experiência de uma longa tradição em qualidade dos serviços, sempre com transparência, qualidade e profissionalismo.

O acordo foi firmado em reunião no Hotel Emiliano, em São Paulo


Tierry, José Antunes e proprietário do hotel Emiliano. Foto: reprodução.


Voltando a Santa Catarina, a Cidade dos Lagos será uma Smart City -cidade inteligente que terá centro médico, escolas bilíngues e 850 terrenos com 1 milhão de metros quadrados. O projeto está previsto para ser entregue em 2028.

 

Foto em Destaque: reprodução.

Oncloclínicas compra participação da Unimed-Rio por R$350 milhões em centros de tratamento de câncer

A Oncoclínicas (ONCO3), comprou por R$350 milhões, a participação da Unimed-Rio, no Centro de Excelência Oncológica S.A (Ceon), e o Hospital Marcos Moraes (HMM), no Méier, ambos especializados no tratamento contra o câncer, na Barra da Tijuca. Com isso, o grupo detém 100% de ambos aos ativos.

O grupo Oncoclínica que é especializado contra o câncer é o maior grupo dedicado ao tratamento da América Latina, desde 2013.


Oncoclínicas agora possui 100% de ambos ativos indiretamente (Foto: Reprodução/Pixabay/Orzalaga)


O Ceon é uma joint venture e a empresa Unimed-Rio que está localizada no Rio de Janeiro, Barra da Tijuca, possui tratamento “ambulatorial oncológico e de síndromes inflamatórias imuno-mediadas”, o grupo acabou comprando os 50% do centro que ainda não tinha. Mas já no caso do Hospital Marcos Moraes, centro de tratamento ao câncer, a negociação teve uma aquisição de 49,99% dos ativos pelo grupo Oncoclínicas.

O acordo das transações, serão pagas com o saldo de recebíveis devidos pela empresa Unimed-Rio e a outra parte será paga em dinheiro, com apenas três parcelas anuais.

Segundo a Oncoclínicas, a transação depende do “Conselho Administrativo de Defesa Econômica” (Cade). Com isso, a empresa pode reduzir a participação minoritária e que possa avançar nos resultados, em sua “agenda de otimização de estrutura fiscal”, assim, a empresa vai deter indiretamente 100% de mais duas subsidiarias. Os acordos foram assinados pela Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico, subsidiaria da Oncoclínicas.

O grupo Oncoclínicas possui seis centros operacionais no Brasil, que está localizado no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. A empresa está ampliando mais dois cancer centers em São Paulo e Goiás.

Somente no ano passado a clínica de tratamento contra o câncer, atendeu mais de 44 mil pacientes no Rio de Janeiro e realizou mais de 500mil tratamentos, nas 35 cidades que atua em todo o Brasil.

Entenda a situação da Unimed

A empresa Unimed, possui 753 mil clientes e quase 5 mil médicos cooperados, a Unimed-Rio, está em uma situação complicada há anos. Em 2026 a Unimed, ajustou um termo de conduta (TAC), com um vencimento para o ano que vem, (2024), além de criar condições que são similares a uma recuperação judicial, para garantir a assistência aos beneficiários

A unimed-Rio, está sob a direção fiscal da ANS desde 2016, de acordo com a ANS, a Unimed possui 180 planos ativos e 105 suspensos por determinação da agência, por contas das reclamações dos consumidores.

Foto Destaque: Oncoclínicas agora possui 100% de ambos ativos indiretamente. Reprodução/Pixabay/Orzalaga

5 dicas para começar uma reserva financeira e evitar o endividamento

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a parcela das famílias brasileiras com dívidas, em atraso ou não, chegou a 78,3% em abril. O percentual está acima dos 77,7% do mesmo período no ano passado. Para evitar o endividamento e ter uma vida financeira mais saudável, é fundamental construir uma reserva financeira para cobrir gastos inesperados, como emergências de saúde, reparos em casa ou perda de emprego.

Com as incertezas econômicas, a necessidade de se planejar financeiramente e criar uma reserva se tornou ainda mais crucial. Para Luciana Ikedo, especialista em finanças, autora do livro “Vida Financeira – Descomplicando, economizando e investindo”, ter uma reserva é como ter uma rede de segurança. “Trata-se de uma proteção contra imprevistos e momentos de dificuldade. Um passo fundamental para uma vida mais tranquila e equilibrada”, explica Ikedo.

Para ajudar as famílias brasileiras a começar, Luciana compartilha algumas dicas valiosas:

1) Estabeleça um objetivo claro

Defina o valor que deseja alcançar para sua reserva e estabeleça um prazo para atingi-lo. Isso ajudará a manter o foco e a disciplina financeira.

2) Crie um orçamento detalhado

Analise suas receitas e despesas, identificando onde é possível economizar. Reduza gastos supérfluos e direcione esses recursos para a reserva financeira.

3) Automatize suas economias

Configure transferências automáticas para uma conta poupança ou investimentos assim que receber seu salário. Dessa forma, você evita a tentação de gastar o dinheiro antes de economizar.

4) Estabeleça uma reserva de emergência

Além da reserva financeira para metas específicas, como comprar um carro ou fazer uma viagem, é essencial ter uma reserva de emergência para cobrir despesas imprevistas, como problemas de saúde ou perda de emprego.

5) Aproveite o poder dos juros compostos

Faça investimentos em produtos financeiros que ofereçam retorno ao longo do tempo. Assim, sua reserva financeira pode crescer de forma consistente e ajudar a proteger sua família contra o endividamento.

Luciana enfatiza ainda que independente da situação financeira atual, é sempre possível começar a construir uma reserva financeira. “Comece pequeno, mas comece agora. A disciplina e a consistência são fundamentais para alcançar a estabilidade financeira. É preciso lembrar que a reserva é um investimento no seu futuro e na tranquilidade de sua família”, finaliza Ikedo.

Foto Destaque: Reprodução

Ripple adquire Metaco por 250 milhões de dólares, impulsionando ativos digitais

A Ripple, renomada empresa por trás da criptomoeda homônima, deu um importante passo rumo à expansão de sua atuação no mercado de ativos digitais com a aquisição da Metaco, empresa suíça especializada em custódia e gestão de ativos digitais. O acordo, anunciado nesta quarta-feira, envolveu a compra da Metaco pela Ripple por um valor impressionante de 250 milhões de dólares, marcando a primeira grande aquisição da empresa.

A Metaco é conhecida por desenvolver tecnologia avançada que permite às instituições financeiras armazenar e gerenciar ativos digitais. Seus serviços são altamente valorizados por importantes players do setor, incluindo gigantes como Citi, BNP Paribas e o braço de ativos digitais do Société Générale. A aquisição da Metaco pela Ripple representa um marco significativo para ambas as empresas, abrindo portas para aprimorar a infraestrutura do mercado de ativos digitais.

Com essa aquisição estratégica, a Ripple reforça sua posição no cenário financeiro global, consolidando-se como uma empresa líder no desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor de criptomoedas e ativos digitais. A empresa já é reconhecida por sua plataforma de pagamentos e remessas internacionais baseada na tecnologia blockchain, que oferece transações rápidas e eficientes entre diferentes moedas e fronteiras.


Foto: Ripple adquire empresa de custódia cripto Metaco por US$ 250 milhões. Reprodução/@xrpcryptowolf


Ao adquirir a Metaco, a Ripple fortalece sua capacidade de fornecer soluções de custódia e gestão de ativos digitais às instituições financeiras em todo o mundo. Isso não apenas permite que essas instituições ofereçam serviços mais abrangentes aos seus clientes, mas também impulsiona o desenvolvimento do ecossistema de ativos digitais como um todo.

Em relação à aquisição, a Ripple expressou entusiasmo e otimismo sobre as oportunidades que surgirão dessa parceria estratégica. A Metaco, por sua vez, vê a aquisição como uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento de suas tecnologias e ampliar seu alcance global.

A aquisição da Metaco pela Ripple é um indicativo claro do crescimento contínuo e da evolução do mercado de ativos digitais. À medida que mais instituições financeiras e investidores tradicionais reconhecem o valor e o potencial desses ativos, a demanda por soluções de armazenamento e gerenciamento seguras e confiáveis continua a aumentar.

Foto destaque: CEO da Ripple Brad Garlinghouse. Reprodução/stock.adobe.com

Redução no preço dos combustíveis gera revisões em projeção para o IPCA

A Petrobras anunciou na terça-feira (16) uma redução no preço de combustíveis que deve trazer um impacto a curto prazo para as projeções de IPCA. Em alguns casos, isso também motivou revisões nas estimativas de inflação para 2023. O maior impacto previsto deve advir da queda de 12,6% nos preços de gasolina para empresas distribuidoras. 

Mirella Hirakawa, economista da AZ Quest, informou que a projeção de 5,9% para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechado deste ano estava contemplando uma redução de R$0,30 por litro da gasolina, mas o corte de R$0,40 junto das reduções do diesel e o GLP que foram recentemente anunciados causaram uma revisão de última hora. A expectativa atual é de um IPCA de 5,8% no final do ano. 

Hirakawa também ressaltou que a projeção para o IPCA no Boletim Focus atualmente consta como 6,03% e que o anúncio provavelmente traria a mediana para um número mais condizente com o previsto pela AZ Quest. 


Relatório Focus do mês, com previsão pro ano (Reprodução/BCB)


Quanto a dinâmica da inflação de 12 meses, é previsto que também possa haver alguma alteração, visto que as projeções anteriores contavam com uma reaceleração da inflação no mês de maio, algo que não deve mais ocorrer. “Nós temos, portanto, uma janela de desinflação até junho, algo que pode ajudar a trazer notícias mais positivas sobre a inflação”, afirmou. 

A economista-chefe da Alphatree Capital, Raone Costa, acredita que o anúncio deve provocar revisões, mas que a escala dependerá bastante de qual o corte que cada peça estava projetando. De acordo com ele, há chances de que ocorra um impacto de até 0,30% para o IPCA no ano. “Em curto prazo, para 2023, a expectativa da inflação deve cair. Mas é possível que suba em 2024”, disse.

Contudo, o outro anúncio feito pela Petrobrás a respeito de uma mudança na política de preços, que irá abandonar a estratégia de paridade de preços de importação (PPI), é capaz de causar impactos negativos nas contas públicas, gerando inflação mais adiante, alertou Costa. Segundo ele, o governo optou por fazer política pública através da empresa.

Por outro lado, Claudia Moreno, economista do C6 Bank, calcula que a queda do preço da gasolina deve ter um impacto de 0,26% no IPCA deste ano. O corte nos preços do diesel, portanto, terá um impacto de somente 0,02% e a queda do GLP será de 12 pontos-base. Levando tudo em consideração, os novos preços representam 0,40 pontos porcentausi a menos no IPCA de 2023. 

Entretanto, isso não muda a projeção da inflação fechada de 2023 para o C6 Bank, de 6%. O motivo disso é que os cortes já estavam incoporados à estimativa. Mesmo o corte “surpresa” de preços do GLP, não esperado, dificilmente mudaria a projeção. 

Considerando apenas o anúncio dado na terça-feira, o C6 Bank poderia mudar sua estimativa para baixo, mas Claudia disse que ainda enxerga riscos de alta para a inflação, especialmente tendo em vista o retorno do PIS/Cofins sobre o preço da gasolina. “A MP vence em junho e o governo vai precisar decidir o que deve ser feito”, acrescentou.

Ela também reforçou que caso essa volta de tributos seja integral, o impacto no IPCA seria de 0,35%. Ou seja, o impacto positivo do anúncio feito pela Petrobras seria praticamente anulado.

 

Foto destaque: Homem reabastecendo o tanque do carro (Reprodução/Shutterstock)

Após ciclo negativo, Magazine Luiza pode se recuperar com a migração de novos clientes

O analista Fernando Ferrer da Empiricus Research, constatou que no primeiro trimestre deste ano o Magazine Luiza foi afetado por mais um ciclo negativo. O que não é nada favorável para os negócios da loja funcionarem. O analista afirmou que o cenário para a loja pode continuar difícil principalmente nos próximos meses, com base em suas observações.

As razões que causaram todo este ciclo negativo para a varejista, foram as seguintes, a inflação e os juros mais altos junto com a restrição de renda impactaram a situação financeira da loja, resultando em um prejuízo de R$ 309,4 milhões assim que encerraram os três primeiros meses do ano. Por conta disso, as ações da companhia tiveram uma queda de 23,06% representando R$ 3,37, ontem (16) próximo ao encerramento do pregão.

Estes aumentos de juros também afetará o LuizaCred, além do próprio Magazine em si, de acordo com a análise feita por Fernando Ferrer, que afirma também que o aumento na inadimplência e nas provisões de crédito precisam ser observadas pelo segmento.


O cartão Luiza Cred também será afetado pelo aumento de juros (Foto: Reprodução/Mercado e Consumo)


O crescimento das lojas físicas e do segmento online irão continuar sofrendo pressão por conta da elevada exposição nos eletrodomésticos e eletroeletrônicos que são de categoriais cíclicas, as mais afetadas pela pressão, segundo observação do analista, Ferrer.

Analisando a situação por um lado favorável, a empresa provavelmente irá aproveitar a chegada dos clientes da Americanas (AMER3), que estão migrando para outras lojas após o rombo que a mesma sofreu no início deste ano, nesta mesma fase o Magazine Luiza já havia aproveitado da migração destes clientes para sua varejista, de acordo com Ferrer. Porém os pontos não favoráveis deverão ser maiores do que os ganhos na questão do market share, segundo Ferrer.

Baseado na análise do profissional, nós podemos concluir que por enquanto a loja precisa tomar as precauções necessárias para a situação financeira não continuar afetada e melhorar o desempenho no resto do ano.

Foto destaque: A varejista pode ter vantagens com novos clientes vindo da Americanas. Reprodução/MagazineLuiza.

Marisa tem perda financeira de R$ 149 milhões no primeiro trimestre do ano

A companhia de moda feminina e lingerie brasileira, Marisa, teve uma perda financeira líquida de R$ 149 milhões neste primeiro trimestre de 2023. Um valor 64,2% mais alto do que os registros do mesmo período de 2022, que somaram um total de R$ 90,7 milhões.

Mesmo tendo a sua receita líquida do varejo aumentada em 1,3%, para o valor de R$ 440,5 milhões, a empresa segue enfrentando dificuldades financeiras e tendo o aumento deste prejuízo.

A Marisa explicou em documento divulgado nesta segunda-feira (15) que: “Tal crescimento foi dirigido por melhores vendas em lojas físicas, mesmo considerando o fechamento de 14 lojas nos últimos 12 meses anteriores a março, e por um preço médio 14,3% maior, saindo de de R$ 42,81 para R$ 48,93” e que “O volume de peças vendidas caiu 11,7%, de 12,9 milhões no primeiro trimestre de 2022 para 11,4 milhões na base de vendas mesmas lojas”.


(Foto: Ilustração de prejuízo financeiro. Reprodução/Concil)


O faturamento aumentou 5% no ano nas lojas físicas, subindo para R$ 548,1 milhões. Já no virtual o faturamento da rede de moda feminina caiu em 32,5%, para o valor de R$ 43,1 milhões.

A companhia relatou que a sua receita bruta aumentou em 6% neste ano, subindo para R$ 218 milhões. A nova sugestão de valores, uma melhor variedade de produtos e a estratégia de distribuição de descontos seria a explicação para isso, segundo a empresa.

Os gastos operacionais estabilizaram durante o ano, ficando em R$ 260,5 milhões, porém outros gastos aumentaram em 163,6%, subindo para R$ 23,9 milhões, junto a processos de fechamento de filiais.

A empresa registrou também uma receita financeira negativa em R$ 84,1 milhões, o que corresponde a 83,8% da perda financeira dos 3 primeiros meses de 2022.

A varejista ainda ficou com R$ 461,6 milhões de endividamento, que caiu 21,4% no trimestre.

A Marisa, em meio à crise financeira, fez tentativas de proteger seu caixa, com o capital de giro subindo do saldo negativo de R$ 179,1 milhões, para um saldo de R$ 162,5 milhões positivos.

Foto destaque: Fachada da varejista Marisa. Reprodução/Divulgação

Confira temas em destaque da semana no Agronegócio

A semana do dia das mães, além de ser bastante movimentada no setor comercial, também contou com movimentações significativas para o agronegócio brasileiro, recheada com a divulgação de resultados de diversas empresas importantes para o setor, dentre elas a Boa Safra (SOJA3), AgroGalaxy (AGXY3), BrasilAgro (AGRO3), JBS (JBSS3) e Raízen (RAIZ4). 

Da mesma maneira, esta semana também promete, com muitas companhias do setor planejando divulgar seus números para o primeiro semestre de 2023; claro, nem todas as companhias tiveram resultados positivos. A Boa Safra, por exemplo, reportou prejuízo líquido de R$13,5 milhões neste semestre, considerando o saldo negativo de R$7 milhões do ano anterior. 

Tendo isto em vista, alguns temas se destacaram mais nessa última semana. 


Plantação de açúcar sendo colhida (Reprodução/Shutterstock)


Ação de etanol e açúcar gera 10 recomendações por analistas, desbancando Minerva (BEEF3)

Maio marca a temporada de divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2023 e algumas ações chamam mais a atenção do que outras pelos resultados obtidos, diz a pesquisa feita pelo Agro Times que conta com recomendações de ações feitas por 28 casas de análises e corretoras. Dentre elas, a São Martinho (SMTO3) que é responsável pelas vendas de etanol e açúcar, consta com 10 dessas recomendações, superando a empresa Minerva, que trabalha com frigoríficos.

Negócio dos Logemann valoriza 935% desde 2007

A família de imigrantes alemães de terceira geração se tornou consideravelmente rica com a aposta no setor agrícola do Brasil desde 2007, com uma boa valorização de suas terras e a aplicação de tecnologias que torna a produtividade de seus negócios cada vez maior. A família, que é comandada por Eduardo Logemman, de 72 anos, possui 53% do SLC Agrícola, que conta com o investimento do britânico Crispin Odey. Ela é responsável por cultivar mais de 670.000 hectares aqui no Brasil todos os anos, a maior área cultivada em território nacional.

Bank of America afirma que é melhor vender ações do SLC Agrícola antes dos resultados

Antes dos resultados do primeiro semestre de 2023 serem anunciados nesta segunda-feira (15), o Bank of America (BofA) já havia recomendado aos investidores que vendessem suas ações no SLC Agrícola, por previsão de queda. De acordo com o BofA, isso se dá por dois fatores: fenômeno climático El Nino, que deve provocar queda no preço das commodities, bem como uma alta produção de soja e milho, que pode causar a queda de preços, prejudicando a empresa. 

Ações da Amac (ARML3) caem, mas Itaú vê potencial num possível aumento significativo

Na quarta-feira anterior (10), as ações da Amac apresentaram queda de cerca de 20%, por conta das chuvas fortes que andam prejudicando os negócios da empresa, que é uma locadora de máquinas agrícolas. Apesar disso, o Itaú BBA parece acreditar que a ação pode praticamente dobrar de preço, reiterando recomendação de compra pelo preço-alvo de R$20 nos próximos 12 meses. 

Oferta elevada no mercado do boi gordo na semana do dia das mães 

Graças ao ciclo positivo do boi gordo que está presente no período atual, o mercado brasileiro apresenta uma oferta elevada. Entre fevereiro e março, o país também sofreu com os impactos do embargo nas exportações de carne de boi para a China, com duração de aproximadamente um mês. 

Foto destaque: Agricultor apertando a mão de uma empresária (Reprodução/Shutterstock)