Empresas em recuperação Judicial: vale a pena investir

O termo recuperação judicial (RJ) se refere às empresas negociadas na bolsa de valores que podem estar em processo de falência, mas utilizam meios legais para evitar que isso verdadeiramente aconteça. Alguns exemplos disso são a Oi (OIBR3;OIBR4), empresa de telecomunicação conhecida por prestar serviços como fornecedora de planos de celular, a Americanas (AMER3), holding brasileira que atua no setor de varejo, e a Saraiva (SLED4), vendedora de livros. 

Graças ao processo de RJ, tais empresas costumam ser negociadas a valores muito abaixo do que é esperado no mercado. Por exemplo, a Americanas solicitou a recuperação judicial ainda em janeiro deste ano, após divulgar um rombo contábil de mais de R$ 20 bilhões. As ações da empresa, que em julho do ano passado eram negociadas a R$ 15,38 caíram, sendo atualmente cotadas a R$ 1,15. 

Essa queda no preço das ações, embora sinalize que os negócios da empresa não estão indo muito bem, também estimula o pensamento de alguns investidores, deixando o questionamento: será que vale a pena investir nessas empresas com a esperança de uma possível valorização futura? 

Ainda que não seja uma aposta absolutamente livre de riscos, algumas empresas conseguem dar a volta por cima. A Eucatex (EUCA4), por exemplo, solicitou recuperação judicial em outubro de 2007 e, cerca de dois anos depois, em novembro de 2009, o processo foi concluído pela justiça. Desde então, a fabricante de produtos de construção doméstica tem apresentado grandes resultados no mercado. As ações da Eucatex, que eram avaliadas a R$08,00 a 16 anos atrás, tiveram sua cotação aumentada para R$11,84 em tempos recentes. 

O mercado internacional também não carece de exemplos de empresas que conseguiram evitar uma crise permanente através da recuperação judicial, como a companhia aérea Delta Airlines e, talvez o exemplo mais famoso, a produtora de filmes e séries de super-heróis Marvel


Painel da Marvel montado no estúdio principal da produtora, em Burbank, Califórnia.


De acordo com Renan Caiado, da InvestSmart, investir em empresas em processo de recuperação judicial pode sim ser uma oportunidade de lucro, já que o valor das ações dessas companhias tendem a cair de maneira significativa durante o processo. Os investidores que optarem por entrar nessa fase podem obter retornos consideráveis, caso a empresa se recupere com sucesso. 

Mas apesar disso, o último levantamento feito pela Serasa Experian denota que apenas uma em cada quatro empresas é capaz de sobreviver no Brasil após dar início ao processo de recuperação judicial, segundo os dados da pesquisa que levou em consideração 3.522 empresas em processo de recuperação judicial entre os anos de 2005 e 2014. 

Ricardo Brasil, da Gava Investimentos, diz que o investimento nessas empresas não é algo recomendado, devido ao alto risco de falência. Segundo ele, mesmo que a companhia saia do processo, ela não voltará a ser a mesma de antes, pois a venda de ativos para a reestruturação de dívidas é algo comum. 

Foto destaque: Representação conceitual de advogado lendo e/ou trabalhando com livro aberto em seu escritório.  Reprodução/Getty Images.

Desvendando a Reforma Tributária: respostas às principais perguntas sobre as mudanças

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, mas conhecida como Reforma Tributária, foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (07) e pode trazer mudanças significativas para a economia brasileira. O projeto teve sua redação final aprovada pela Câmara mas ainda terá que passar pelo Senado.

O texto, que ficou bem diferente da proposta original, tem como ideia inicial simplificar a estrutura tributária. Com isso, é esperado que se elimine uma boa parte da complexidade diária de quem produz nas regiões Sul e Sudeste e vende para consumidores no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Caso a PEC sofra alterações profundas quando for analisada pelo Senado, o texto voltará à Câmara e o processo se inicia novamente. Mesmo após tramitar pelo Legislativo, ainda terá que: ser submetido à sanção presidencial; boa parte terá que ser regulamentada por Leis Complementares e várias normatizações serão necessárias para colocá-la em prática.


Infográfico produzido pelo portal Poder 360 sobre a opnião dos empresários sobre a Reforma Tributária. (Foto: Reprodução/Poder 360)


O que muda?

A Reforma Tributária é um tema amplo e complexo; além de não ter nenhuma certeza por enquanto. Mas, com base em um resumo feito pela Forbes, algumas dúvidas – sobre o que pode mudar (ou não) com a proposta aprovada -, já podem receber um esclarecimento. 

Imposto de renda e investimentos: os impostos sobre esses elementos não vão mudar. Alterações sobre tributação de renda estavam em pauta mas foram deixadas para análise futura. Ou seja, por enquanto não estão sendo discutidas mudanças no imposto de renda, sobre investimentos e sobre heranças.

A tributação que mudará será dos impostos sobre consumo, e mesmo assim, vai ter uma transição estimada de dez anos para todas as medidas valerem.

Impostos que mudam: ao todo, a proposta visa extinguir cinco impostos. A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) será um imposto único, ainda a ser regulamentado, que irá substituir três impostos federais: o PIS, o Cofins e o IPI. 

A principal mudança está no ICMS (estadual e incide sobre as vendas) e no ISS (municipal que incide sobre serviços), que serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Como resultado, 27 legislações tributárias estaduais e as centenas de municipais serão eliminadas (na prática), assim facilitando a vida dos empresários.

Principal vantagem: será a redução da incerteza fiscal. Devido às controvérsias presentes em várias questões tributárias, muitos desses problemas têm que ser resolvidos no Judiciário, o que os arrasta por anos e provoca insegurança jurídica. “Agora, problemas como esse podem deixar de existir, o que reduz bastante a insegurança para empresários”, diz o advogado André Simão.

Positividade imediata: esse efeito não será instantaneamente positivo. Em um primeiro momento – de acordo com Genildo Rosales, sócio da Quality Tax -, existirá um grande esforço para adaptação das empresas durante o período de transição, considerando que ainda será preciso atender aos procedimentos e obrigações fiscais previstas na legislação atual em vigor. 

Processo de mudança: será de forma gradual. Os novos impostos serão implementados a partir de 2026, numa transição que só se encerrará em 2032. 

  • 2026: o CBS será cobrado em uma alíquota de 0,9%; o IBS a um percentual de 0,1%.
  • 2027: PIS e Cofins deixam de existir; alíquotas do IPI serão zeradas.

Setores beneficiados: serão o de agronegócio, indústria e exportadores. O advogado e diretor-geral da FAC-SP, Wilson Victorio Rodrigues, afirma que esses são setores que terão maior possibilidade de compensar os impostos que pagam atualmente. Isso vai facilitar uma redução, na prática, da carga fiscal.

“Todavia, considerando o benefício prometido com a simplificação dos processos fiscais, desburocratização, eliminação da guerra fiscal, de uma certa forma, todas as atividades devem ser beneficiadas”, comenta Rosales, da Quality Tax.

Setores prejudicados: o de serviços. Tornou-se um consenso entre os especialistas que a carga tributária irá subir para as empresas de serviços, que são o maior empregador e as mais representativas da economia. O que deve provocar um aumento dos custos.

“A alíquota ainda não está definida, mas o que se discute é implementar uma alíquota de 23% a 25%. Atualmente, o setor tem uma alíquota média de 10% a 12%, então a alíquota média está praticamente dobrando”, aponta William Almeida, da Alldax Contabilidade e Consultoria.

Vale ressaltar porém que, ressalta Rodrigues, como cerca de 90% das empresas prestadoras de serviços são pequenas e optantes do Simples Nacional, esses pequenos prestadores de serviço não terão alteração em sua forma de negociar; pois o Simples não terá mudanças.

Empresas afetadas: a reforma não afetará todas as empresas. Segundo Simão, poderá existir dois grandes grupos, e que o aumento do imposto será mais sentido pela classe média.

“Os clientes pessoas físicas de empresas de serviços, como por exemplo quem tem filhos em escolas particulares, vão sentir um aumento dos preços, pois as alíquotas maiores provavelmente serão repassadas”, diz o advogado.

Já quando os clientes das prestadoras de serviços forem outras empresas, elas poderão fazer o repasse, desse aumento dos impostos, na cadeia produtiva.

 

Foto Destaque: Cédulas, moedas e calculadora. Foto: Reprodução/Jornal Contábil.

Auditoria do governo em dona da Alibaba resulta em multa de mais de R$ 4,5 bilhões

No fim desta semana foi anunciada a punição ao Ant Group, empresa dona do grupo Alibaba. A empresa estava sendo investigada pelo governo chinês por suspeita de lavagem de dinheiro e desrespeito ao consumidor.

A multa que quase atinge 1 bilhão de dólares, cerca de R$ 4,5 bilhões, foi anunciada na sexta-feira (7). Mesmo com a punição, após o anúncio da multa, as ações do Ant Group subiram 3,4% na Bolsa de Nova Iorque.

A empresa disse que não vai questionar a punição dada. A investigação começou após um discurso do dono da empresa Jack Ma, há três anos. Em sua fala, o bilionário questionou a política fiscal da China.

Em abril, a empresa recebeu uma multa de pouco mais de R$ 12 milhões depois de ser condenada na justiça por monopólio. Apesar da multa aplicada na sexta ser uma das maiores da história da China, ela ainda foi menor que o previsto, que seria acima de R$ 5 bilhões.


Ant Group (Foto: Reprodução/ Divulgação)


Antes do início das investigações do governo acreditava-se que a empresa custava cerca de R$ 1,5 trilhões. Atualmente acredita-se que o valor de mercado do grupo Alibaba esteja acima de R$ 350 bilhões.

Com o encerramento da investigação do governo o grupo pretende recomprar ações. As ações recompradas serão transferidas para os planos de incentivo aos funcionários do Ant Group para atrair novos talentos.”, explica um comunicado do Ant Group.

O governo chinês se pronunciou sobre o resultado do processo. Segundo a autoridade chinesa, eles “Se concentrarão em melhorar os níveis de supervisão “/normalizados”/ dos negócios financeiros das empresas de plataforma e colocar todos os tipos de atividades financeiras sob supervisão”.

Desde abril a empresa vem se reestruturando para atender as exigências fiscais internacionais. Com o fim das investigações, a empresa pretende retomar o seu projeto de oferta pública de ações.

 

Foto Destaque: Alibaba Group. Reprodução/ Shutterstock

Eletrobras dá início ao processo de venda de termelétricas a gás

Segundo informações da Eletrobras divulgadas ontem (07), a empresa começará a estruturação para lançar a venda do seu portfólio de usinas térmicas movidas a gás. As usinas Mauá 3, Aparecida e Santa Cruz, integrantes do “Complexo Interior”, fazem parte da carteira de termelétricas da companhia.

Os planos da empresa também incluem a intenção de, em 2025, alienar os direitos de reversão do “Complexo PIEs” (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e do projeto de Rio Negro, que tem uma capacidade total de quase 2060 megawatts (MW).


Vídeo da TV Eletronorte sobre a usina Mauá 3, uma das termelétricas a gás que será vendida pela Eletrobras (Vídeo: Reprodução/Youtube)


“O desinvestimento efetivo dependerá de anuências cabíveis, incluindo contrapartes, credores e órgãos reguladores, eventuais reestruturações societárias (carve-out) e passará pelo rito de aprovação de acordo com a governança interna da Eletrobras”, disse a companhia em comunicado.

De acordo com a Eletrobras, esse processo para venda dessas usinas a gás, está alinhado com os seus objetivos de descarbonização/”net zero”. Com isso, espera-se uma simplificação da estrutura societária e também a reestruturação do seu portfólio de ativos, visando fortalecer os objetivos ambientais e sociais da empresa.

Wilson Ferreira Jr., presidente da companhia, disse que a Eletrobras pretende atingir emissões líquidas zero nos escopos 1 (operações), 2 (energia consumida) e 3 (cadeia produtiva). Também é a intenção da empresa conseguir arrecadar R$ 4,4 bilhões com a venda de ativos, incluindo usinas e participações em empresas.

Energisa S-SE e Energisa-MT

No dia anterior, quinta-feira (06), depois do fechamento do mercado, a companhia concluiu venda da totalidade de suas participações acionárias em duas companhias. A Eletrobras vendeu, pelo valor total de R$ 7 milhões, suas ações na companhia Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia (Energisa S-SE) para a Rede Energia Participações; e as da Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia (Energisa-MT), para a Energisa.

A empresa explicou que essa operação teve como objetivo reduzir participações minoritárias e não estratégicas, assim simplificando e otimizando o portfólio. Com esse tramite concluído, a Eletrobras reduziu para 20 o número de participações societárias minoritárias em empresas coligadas e participadas.

Foto Destaque: Eletrobras. Foto: Reprodução/PT.

Ações da Nvidia sobem mais de 160% no primeiro semestre e lidera o setor

O primeiro semestre de 2023 foi marcado por uma alta inesperada no setor de tecnologia do mercado de ações, em grande parte pela tração cada vez maior dos sistemas de inteligência artificial, cujo desenvolvimento vêm sendo capitaneado por empresas como a OpenAI, criadora do ChatGPT. O sucesso do produto parece ter inspirado dezenas de outras empresas e startups a apostar no mercado, atraindo também a atenção de investidores. 

E dentre as principais empresas de tecnologia, a Nvidia consta no S&P 500 deste ano com o melhor desempenho registrado no primeiro trimestre, segundo dados da FactSet. As ações da fabricante de chips subiram impressionantes 166% desde o começo do ano e atingiram uma alta histórica em maio. Comparativamente, os papéis negociados no mercado brasileiro sob o ticker NVDC34 apresentaram uma alta de 158% no primeiro semestre deste ano. 


Alta das ações da Nvidia nos últimos 6 meses (Foto: reprodução/Google)


Claro, não é apenas a Nvidia que está em alta no mercado atual. As companhias fabricantes de chips como a Advanced Micro Devices (com alta de 76%) e a Palo Alto Networks (com alta de 83%) também estão desfrutando do boom tecnológico no mercado, ranqueando no topo do índice de desempenho. 

O valor de mercado das seis grandes empresas de tecnologia americanas subiram significativamente este ano, com uma alta de US$ 4,1 trilhões (R$ 19,6 trilhões, em conversão) no semestre, com a Nvidia ainda na liderança. A Meta teve um crescimento notável, apresentando uma alta de 138%. 

Já no Russell 3000, um índice que representa cerca de 98% do mercado de ações norte-americano, a empresa que teve o melhor desempenho entre as companhias de capitalização menor foi a Ambrx Biopharma, que desenvolve produtos biológicos, com uma alta de 625% em suas ações. Já entre as companhias de capitalização média o destaque vai para a Carvana, uma varejista digital focada na venda de carros usados, contando com uma alta de 452%. O desenvolvedor de software Super Micro Computer lidera o setor de grande capitalização, com alta de 206%. A Nvidia está liderando a lista de empresas de mega-cap. 

Foto destaque: Sede da Nvidia em Sunnyvale, Califórnia (Foto: Divulgação/Nvidia)

Seleção brasileira feminina de futebol tem valor estimado em mais de R$ 10 milhões

A seleção brasileira de futebol feminino viajou, na madrugada desta segunda-feira (3), para a Austrália para a disputa da Copa do Mundo de futebol feminino, que será sediada na Nova Zelândia. De acordo com informações da Forbes juntamente com o Soccerdonna, portal notícias de futebol feminino da empresa Transfermarkt, o valor de mercado da seleção brasileira está estimado em 2,03 milhões de euros (R$ 10.607.765,00 no câmbio atual).

Este valor leva em conta os preços de mercado das jogadoras titulares e substitutas que foram convocadas pela técnica da seleção brasileira, Pia Sundhage. O cálculo do valor é feito pela equipe Soccerdonna, baseado nos critérios que normalmente servem de referência para times interessados ​​em selecionar atletas, como salário, idade, desempenho atlético, potencial de desenvolvimento, valores de transferência, preço de marketing, e outros.

Quase metade do time é formado por jogadoras estreantes na Copa do Mundo, a seleção brasileira tem jogadoras com valores de mercado bastante sólidos e cinco jogadoras que o valor de mercado ainda não foi pesquisado pelo Soccerdonna. A veterana Marta e a Bia Zaneratto, atacante do time, custam respectivamente 80 mil euros (R$ 418,04 mil) e 110 mil euros (R$ 574,5 mil).


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As atacantes Debinha e Geyse são as jogadoras mais caras, valendo 250 mil euros (R$ 1,306 milhão) e 225 mil euros (R$ 1,175 milhão), respectivamente. A meio-de-campo Kerolin, 23, e a zagueira Lauren, 20, são as duas apostas de Pia na renovação da seleção, e também têm preços altos no mercado, mesmo ainda sendo bem jovens, valendo respectivamente 200 mil euros (R$ 1,047 milhões) e 125 mil euros (R$ 654,7 mil). Já a zagueira Mônica e a lateral Tamires, estando em outro patamar de experiência, estão com valor de mercado de 50 mil euros (R$ 261,9 mil) e 40 mil euros (R$ 209,5 mil), respectivamente.

De qualquer forma, a desigualdade entre homens e mulheres no futebol ainda é uma questão que reflete nos preços de mercado das equipes. Para as brasileiras, o valor de mercado é de 2,03 milhões de euros, um número bem mais baixo em relação ao grupo masculino, que atualmente é de 899,5 milhões de euros (R$ 4,7 bilhões). E não só os salários das jogadoras femininas são muito mais baixos do que os jogadores do sexo masculino, que em vários casos recebem milhões de reais por mês, como também valores para transferência, poder aquisitivo das ligas e times e a duração dos contratos assinados contribuem para os baixos valores de mercado no futebol feminino.

Até hoje, a jogadora de maior valor foi a Adriana, que saiu do Corinthians para o Orlando Pride por um valor de US$ 100 mil (R$ 478,7 mil), e o maior valor negociado em transferência no futebol feminino foi a de Keira Walsh, que saiu do Manchester City para ser vendida ao Barcelona por um valor de 350 mil libras (R$ 2,126 milhões). Valores realmente muito abaixo dos já negociados em equipes do futebol masculino.

 

Foto destaque: Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Reprodução/Thais Magalhães/CBF

Fundos imobiliários têm valores mais altos para julho; veja quais tiveram aumento

Sendo junho outro mês próspero para os fundos imobiliários, obtendo 4,64% de avanço no índice de referência do setor B3 (Ifix), em relação ao terceiro aumento mensal consecutivo, todos os setores terminaram o mês no azul novamente. A Ifix terminou o primeiro semestre com um aumento de 10%, sendo o melhor resultado desse período desde o ano de 2019.

Dessa forma, destacamos abaixo alguns fundos imobiliários que terão aumento em julho:

A CSHG Prime Offices pagou dividendos de R$ 1,60, o maior valor. Já a CSHG Receivables Imobiliários, distribuirá R$ 1,20 por ação. As duas FIIs continuaram com o mesmo valor pago em junho. Então, o fundo imobiliário CSHG Imobiliário FOF irá pagar um menor valor por ação e valor igual de dividendo do mês anterior, que foi de R$ 0,65.

O Cartesia Recebíveis Imobiliários é mais um FII que irá distribuir os dividendos em junho. No entanto, ao contrário dos fundos acima referidos, eles efetuarão o pagamento no dia 10, mas também aos acionistas ativos no dia 30 do mês anterior. O rendimento do fundo imobiliário da Cartesia Capital, que é considerado um dos mais rentáveis ​​do mercado, pagará R$ 1,61 por cada ação, valor superior ao do mês passado, que foi de R$ 1,52.


Ilustração de fundos imobiliários. (Foto: Reprodução/Primo Rico)


A Credit Suisse, anunciou seus fundos imobiliários distribuídos aos cotistas previstos para 30 de junho. O dinheiro será pago no dia 14 deste mês. Dessa forma, a CSHG Renda Urbana e a CSHG Real Estate pagarão respectivamente R$ 1,40 por cada ação. Os preços estão acima da distribuição do mês anterior, que foi de R$ 0,85 e R$ 0,78 cada uma.

A Vinci Logística irá pagar um valor de R$ 0,70 por ação, e a Vinci Imóveis Urbanos pagará R$ 0,072. Sendo assim, as duas pagarão o mesmo preço do mês anterior. Por outro lado, a Vinci Shopping Centers aumentou os dividendos para R$ 0,85 por ação, que estava em R$ 0,82 no mês anterior. O lucro da Vinci Financial Instruments subiu de R$ 0,065 para R$ 0,07 por cada ação.

Os FIIs da Vinci Partners estão sendo corrigidos. Além disso, a Vinci Partners anunciou que parte de seus fundos pagará dividendos no dia 14 de julho e aos acionistas ativos no dia 30 de junho. A Vinci Offices repassará R$ 0,31 aos acionistas, mesmo valor referente ao mês de maio. Em seguida, os Títulos de Crédito Vinci tiveram lucro de R$ 0,105, abaixo do valor distribuído em junho, que foi de R$ 0,11. Já as ações da CACR11 estão subindo novamente.

Entretanto, a Autonomy Edifícios Corporativos irá pagar seus valores no dia 10 de julho, à uma taxa de R$ 0,78 por ação, a mesma de junho. Os investidores dos fundos ativos, até a última sexta-feira (30), serão elegíveis para recebimento.

Foto destaque: Ilustração de valores aumentando. Reprodução/Geração Investimentos

Elon Musk volta atrás em restrições no Twitter

O bilionário Elon Musk, que se tornou dono do Twitter em 2022 afirmando que tal aquisição não visava a obtenção de lucros, mas sim, “ajudar a humanidade criando uma “/praça digital comum”/ (tuíte seu em 27/10/2022)”, neste sábado, 01/07, impôs limites diários para leitura de posts pelos usuários, mas acabou por retroceder, em parte, em sua decisão após críticas dos usuários.

Musk,  que se autodenomina como um  “absolutista da liberdade de expressão” – lembrando que o Absolutismo foi um sistema político que concentrava o poder nas mãos do monarca, o que não combina com a ideia de “liberdade” – afirmou que sua maior intenção em adquirir o Twitter era dar liberdade a seus usuários.


Elon Musk em arte aonde “liberta” o Twitter (Foto: reprodução/pixabay)


“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum. Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade”, publicou na plataforma.

Musk comprou a rede social por um valor considerado muito acima do valor de mercado da plataforma, o que não deixou espaço para concorrência na aquisição. Esta compra acabou por se tornar polêmica, não apenas pelo valor exorbitante (US$ 44 bilhões) empreendido, mas também, pela idas e vindas do empresário, que mesmo após já se declarar “praticamente” dono do Twitter na mídia, resolveu voltar atrás e desistir da compra, o que levou o Twitter a entrar na justiça para que o negócio fosse realmente concretizado.

E, como prometido pelo empresário, muitas mudanças ocorreram e continuam a ocorrer na plataforma, sendo as que mais chamaram a atenção foram: a demissão de cerca de 80% dos funcionários até 21 de janeiro deste ano; assim como a cobrança pelo Selo Azul (símbolo de confiabilidade), R$ 42 mensais para a versão web, e R$ 60 para iPhone ou Android, valores cobrados no Brasil; e, agora, a limitação do uso imposta aos usuários da rede social.

Neste sábado (01), o Twitter impôs limites diários para leitura de posts pelos usuários: contas verificadas, 6000; não verificadas, 600; perfis novos, 300. 



Isto acarretou em dificuldades de navegação na plataforma por parte dos usuários que passaram a se deparar com a seguinte mensagem: “Infelizmente, você tem limite de taxa. Aguarde alguns instantes e tente novamente.


 

Mensagem de erro apresentada pelo Twitter (Foto: reprodução/Twitter)


Segundo Lucas Schroeder, após a CNN contatar os representantes da plataforma para saber mais a respeito da decisão,esta foi a resposta: A CNN entrou em contato com o Twitter para comentar, mas a plataforma respondeu com um emoji de cocô automatizado.” Lucas Schroeder, CNN, 01/07.

E então, uma hora depois de sua primeira publicação sobre o assunto, Musk tuita alterando novamente os números: 8000, contas verificadas; 800, não verificadas; e, 400 para contas novas.


To address extreme levels of data scraping & system manipulation, we’ve applied the following temporary limits:

– Verified accounts are limited to reading 6000 posts/day
– Unverified accounts to 600 posts/day
– New unverified accounts to 300/day

— Elon Musk (@elonmusk) July 1, 2023

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Mudanças ocorreram, porém, a restrição continua, apenas com alteração de números. 

 

Foto de destaque: Elon Musk e Twitter.  Reprodução/Mundo Conectado

Valor de mercado da Apple ultrapassa R$ 14 trilhões

No dia seguinte em que o iPhone completou 16 anos, a empresa criadora do produto ultrapassou o valor de 3 trilhões de dólares, cerca de R$14 trilhões, no mercado de ações. O valor foi confirmado pela Nasdaq, a bolsa de valores eletrônica.

Em janeiro do ano passado a empresa chegou a atingir este valor por algumas horas, mas antes que as operações fechassem, este valor caiu. Este é o maior valor de mercado que uma empresa existente já atingiu.

Analistas afirmam que este primeiro semestre tem sido de recuperação para as grandes empresas de tecnologia. A inteligência artificial tem sido um grande combustível do aumento no interesse neste tipo de empresa.

No começo de junho, a Apple fez um grande anúncio. “Um novo tipo de computador que combina perfeitamente o mundo real e o mundo digital”, disse Tim Cook.

Esse dispositivo poderá ser controlado através dos do movimento dos olhos e também pela voz. Especialistas acreditam que a tecnologia deve ser a maior criação da Apple desde o iPhone.


Produtos da Apple (Foto: Reprodução/ Pixabay)


Outra aposta que explica o aumento no valor das ações das “big techs” é a expectativa na interrupção no aumento de juros do Federal Reserve para este segundo semestre. O crescimento no valor das ações da Apple no dia 30 de junho foi de 2,31%. Cada ação da empresa criada por Steve Jobs custa pouco mais de R$ 900.

O diretor administrativo da Wedbush Securities acredita que esse crescimento da Apple deve continuar. “A Apple está jogando xadrez enquanto os outros jogam damas com valor de mercado de US$ 3 trilhões agora à porta. Os ursos disseram que em US$ 500 bilhões estava supervalorizado, … nós acreditamos que possa valer US$ 4 trilhões até 2025”.

O valor atual de mercado da empresa é maior que os valores da Amazon e da Alphabet (dona do Google) somados. A segunda empresa mais valiosa do mundo é a Microsoft, que vale R$ 12 trilhões.

Foto Destaque: Apple. Reprodução/ Pixabay 

 

Ações da Renner tem queda após aprovação de “lei da Shein”

As ações da Renner foram vendidas, nesta sexta feira (30) no valor de R$ 20, em queda de 6,5%, no último dia de junho. Acredita-se que o principal motivo tenha sido a aprovação da isenção de impostos para produtos abaixo de 50 dólares, pouco mais de R$ 200, já em agosto, lei que ficou conhecida como “Lei da Shein”.

Outros dois motivos causaram a queda no valor das ações na sexta. O anúncio do começo da produção na nova fábrica da Shein no Brasil a partir de julho e uma webreunião do grupo LREN3 bem agitada, nesta semana.

A Renner faz parte deste grupo. Nesta reunião foram feitas previsões preocupantes para o segundo semestre da empresa, “Eles, basicamente, falaram que estavam com um estoque mais alto, na preparação para o inverno, mas disseram que 2023 está diferente [com a demanda não respondendo à coleção]. Deve impactar a receita consideravelmente”.

A loja de departamento é uma das mais afetadas pelo avanço e aumento das vendas da Shein no Brasil. Renner e a loja online chinesa são competidoras diretas e estes dois anúncios vão impactar negativamente a brasileira.


Prejuízo (Foto: Reprodução/ Pixabay)


A “Lei da Shein” entra em vigor no primeiro dia de agosto. Todas as compras realizadas em sites internacionais abaixo de 50 dólares, a partir desta data, ficam livres de taxação.

O Banco Itaú se pronunciou sobre a aprovação desta lei. A empresa se mostrou preocupada com os varejistas nacionais, “Na nossa opinião, a nova portaria estabelecendo novas regras para a tributação transfronteiriça, validas a partir do primeiro dia de agosto, são marginalmente negativas para as varejistas locais”.

Além das vantagens em relação aos impostos, o Itaú acredita que a lei vai acelerar as entregas internacionais. O banco acredita que isto vai tornar os sites internacionais ainda mais atrativos.

Existe uma promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que haverá um anúncio neste segundo semestre que equilibrará  a balança para as lojas do Brasil. A XP acredita que o governo vai isentar os varejistas brasileiros de algum imposto.

 

Foto Destaque: Lojas Renner. Reprodução/ Divulgação