Perdas da Apple e da Nvidia totalizam US$ 250 bi nesta semana

A despeito do começo promissor durante o primeiro semestre de 2023, as ações da Nvidia e da Apple despencaram pela segunda vez consecutiva no fechamento da cotação na bolsa de valores da quinta-feira (07), marcando um período anormalmente negativo para ambas as empresas, que vinham mantendo um ritmo de crescimento considerável nos últimos meses.

 

Rumores no X

Desde o começo da semana, as ações da Nvidia apresentaram uma queda total de 5,5% ao longo de um período de dois dias, em contraste com o período de crescimento da empresa no último mês, cujas ações subiram de R$ 41,84 no fechamento da bolsa de 11 de agosto para um pico de R$ 51,04 em 31 de agosto. A líder no mercado de inteligência artificial manteve números parecidos durante a primeira semana de setembro, mas rumores espalhados na rede social X podem ter afetado seu desempenho. 

De acordo com a analista de dados Stacy Rasgon, da Bernstein, a queda nas ações da Nvidia trouxe grande preocupação para investidores, em partes por conta da disseminação de informações em redes sociais que argumentam que há algo errado com o aumento na receita da produtora de chips, já que o custo de produção dos bens vendidos aumentou apenas 7%. As vendas da Nvidia ainda superaram a expectativa do Wall Street em mais de U$ 2 bilhões no segundo trimestre. 

Outra teoria discutida por usuários das redes sociais é que a Nvidia pode ter inflado o crescimento em sua receita ao divulgar informações falsas a respeito do valor de uma de suas startups, a CoreWeave, que trabalha no setor de inteligência artificial junto da produtora de chips. 

Mas segundo Rasgon, a Nvidia não “precisava” da CoreWeave para ampliar sua receita, também deixando claro que a empresa investe em muitas outras startups de inteligência artificial, como a Hugging Face Inc, Activ Surgical Inc e a Skydio Inc, dentre outras.

 

Entenda como o banimento do iPhone em empresas estatais chinesas prejudica a Apple

As ações da Apple, por outro lado, foram impactadas em cerca de 3,4% no fechamento da bolsa nesta quinta-feira (08), despencando dos R$ 47,11 na qual estavam avaliadas na quarta-feira (06) para uma baixa de R$ 44,23 por ação. O motivo para a queda é mais concreto do que a situação vivenciada pela Nvidia, já que a produtora de smartphones foi diretamente afetada pelas novas regulações estabelecidas pelo governo chinês. 

Ainda na quarta-feira, a China anunciou que certos funcionários do governo, bem como de empresas estatais, estavam proibidos de utilizar o iPhone da Apple durante o trabalho, movimento que faz parte dos planos de Beijing em diminuir a dependência chinesa de tecnologia estrangeira e, portanto, reforçar a segurança digital do país. 

A proibição gerou insegurança na mente de muitos investidores, principalmente pois cerca de 25% da receita da empresa vêm do território chinês. 

Contudo, alguns analistas, como Dan Ives, da Wedbush Securities, discordam dessa repercussão negativa, enxergando as restrições como um problema menor para a Apple. Principalmente por conta dos rumores de que a empresa pretende anunciar o iPhone 15, a próxima geração de sua família de smartphones, já na semana que vem.


Iphone 14, o último modelo do smartphone lançado pela Apple (Foto: Divulgação/Apple).


A perda conjunta da Nvidia e da Apple totaliza U$250 bilhões em uma única semana.

Foto destaque: Apple Park, um dos maiores e mais impressionantes prédios de propriedade da Apple. Reprodução / Carles Rabada&Unsplash

Greve dos profissionais de Hollywood afeta severamente a receita da Warner Bros

A greve dos atores e roteiristas de Hollywood, parcialmente provocada pelo advento da inteligência artificial e a insegurança no mercado de trabalho que ela traz consigo, está afetando de maneira significativa as grandes empresas produtoras de filmes.

Dentre elas, uma das mais prejudicadas é a Warner Bros Discovery, que declarou um grande impacto em seu lucro anual.

A primeira greve dos últimos 63 anos

Essa é a primeira paralisação simultânea de atores e roteiristas em Hollywood nos últimos 63 anos, interrompendo a produção cinematográfica de praticamente toda a indústria e, como resultado, custando bilhões de dólares à economia da Califórnia, onde o paraíso da produção de filmes está localizado. A greve até mesmo obrigou estúdios de cinema a adaptarem seus cronogramas de lançamento de filmes, por conta da ausência de celebridades que se disponham a comparecer nos tapetes vermelhos ou programas de televisão para divulgar as novas produções. 

A Warner Bros, famoso estúdio de cinema, divulgou no mês passado que precisaria adiar o lançamento da sequência de “Duna”, originalmente previsto para chegar às grandes telas ainda em novembro, até março do ano que vem, pois as estrelas do filme não poderiam promover o filme em razão da greve. 

As consequências financeiras para a Warner Bros

A orientação financeira do estúdio já havia sido previamente divulgada, sob a esperança de que a greve já tivesse acabado no início de setembro. Agora, contudo, a Warner acredita que o lucro ajustado de 2023 vai ser reduzido em cerca de US$ 300 milhões a US$ 500 milhões, chegando a um patamar de US$ 10,5 à US$ 11 bilhões

Max Willens, analista sênior da Insider Intelligence, disse que “a orientação atualizada da Warner provavelmente está diretamente correlacionada à decisão de adiar ‘Duna 2” para 2024, já que a Warner estava esperando que a sequência da grande obra de ficção científica igualasse a receita de bilheteria de seu antecessor”.


Imagem promocional do filme “Duna 2”, adiado para 2024 (Foto: Divulgação/WBD).


Dentre os filmes mais aguardados em 2023, a sequência de ‘Duna’ estava no topo da lista de muitos amantes do cinema. 

O estúdio agora precisou aumentar as expectativas de fluxo de caixa livre de 2023 para pelo menos US$ 5 bilhões, com a previsão de que o terceiro trimestre ultrapasse US$ 1,7 bilhões graças ao forte desempenho do filme da Barbie a outros fatores causados pela greve.

Foto destaque: Novo logo da Warner Bros sobre fundo azul (Foto: Reprodução/WBD).

Caixa e BB realizam primeira transferência entre bancos públicos via Drex

Na última terça-feira (5), foi emitido pelo Banco do Brasil (BB) uma nota informativa da qual comunicava a realização de uma nova transação, chamada de Drex, realizada com sucesso pela primeira vez entre dois bancos públicos: o próprio Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. 

Testes com o Real Digital 

A primeira transferência entre carteiras dos bancos públicos Caixa e BB aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto e contou com a transação entre reservas bancárias no ambiente de testes do Banco Central. 

Inicialmente, o valor foi transferido da Caixa para o BB e, logo após, retornou para a carteira do primeiro banco. Com o resultado positivo deste teste, as presidentes dos respectivos bancos, Rita Serrano e Tarciana Medeiros, se mostraram bastante entusiasmadas com a inovação do “Real Digital”, como também o Drex é comumente conhecido. 


Caixa e BB realizam primeira transferência via Drex (Foto: reprodução/Canal Consulta Pública)


Vale lembrar que a transação interbancária com o Drex já foi realizada entre bancos privados. No dia 29 de agosto, os bancos Itaú Unibanco e BTG Pactual, que faziam parte da lista de 16 instituições financeiras escolhidas pelo BC, operaram da mesma forma que os bancos públicos e também obtiveram sucesso nas tranferências. Além das citadas, no último domingo (3), foram realizados outros testes, mas dessa vez entre o BB e o Banco BV. 

Entenda o Drex 

A moeda Drex, conhecida como uma versão digital da moeda brasileira, é uma Central Bank Digital Currency (CBDC) e agirá semelhantemente como o Pix, possibilitando que o usuário realize pagamentos instantâneos, mas ainda sim, contará com outros recursos.  

O Drex permitirá outras finalidades como compra e venda de títulos públicos, transações financeiras, pagamento de contas, transferências de alto valor e a conversão entre o real digital e depósitos bancários convencionais. Coordenada pelo Banco Central, o Drex promete mais segurança para suas operações e inovação empresarial, mas também exigirá mais formalidades aos usuários. 

Segundo o coordenador da iniciativa no Banco Central, Fábio Araújo, a expectativa é de que o Drex chegue para testes aos cidadãos no final de 2024 ou logo no início de 2025.

 

Foto destaque: Drex é a nova moeda digital brasileira. Reprodução/Guia do Investidor

Conheça um dos mais luxuosos e exclusivos resorts do Caribe

Muito se comenta a respeito de resorts de luxo como pontos turisticos que oferecem um escape perfeito da realidade tumultuada e intensa da vida moderna, mas poucos se comparam ao Àni Dominican Republic, localizado na costa norte da República Dominicana. Construída em uma península particular e escondida de olhares curiosos, trata-se de uma residência tropical que oferece completa privacidade, além de experiências customizadas para um único grupo de visitantes. 

A respeito do resort mais exclusivo do Caribe

O retiro faz parte da ÀNI Private Resorts, uma série de residências privadas e exclusivas localizadas nos cantos mais belos e remotos do planeta — pois além de marcar presença na República Dominicana, também há filiais na Tailândia, Aguilla e Sri Lanka.

Esses hotéis de luxo são criados sob a visão de private luxury stay all-inclusive, que garante uma estadia exclusiva e privada para um grupo de pessoas, idealmente amigos próximos ou família. A estada conta com refeições, passeios e atividades personalizadas, variando de massagens a serviço de mordomos na praia. O resort é mantido por uma equipe profissional de 30 pessoas que se dedicam a atender os hóspedes. 

O Àni Dominican também é excepcionalmente vasto, contando com 14 suítes de luxo com vista para o mar. As mesmas são mobiliadas com enormes camas, banheiras, chuveiros internos e ao ar livre, além de varandas luxuosas, tudo feito com extremo cuidado aos detalhes. A estada no local também é pontuada por uma grande variedade de amenities de fragrâncias diversas, além de produtos de beleza naturais que são feitos localmente. Na geladeira, é possível também encontrar uma grande variedade de alimentos diversos, além de cafés de marca, frutas frescas e todo tipo de coisa que os visitantes possam vir a desejar. 

A estada garante conforto e tranquilidade para os visitantes

O design do resort, como esperado para um ambiente tão luxuoso, busca evocar um sentimento de tranquilidade e diversão em seus visitantes. Construído primariamente com uma mistura de madeira, pedras, palha e alguns detalhes em algodão, ele não deixa a desejar nos confortos encontrados na vida moderna.

Iluminação, ventilação com ar-condicionado e um mobiliário convidativo e pontuado por tecnologia — tal como uma persiana que se abre com comando remoto, revelando a deslumbrante paisagem da praia lá fora —, são de um conforto indescritível. Curiosamente, as suítes são decoradas com obras de arte feitas pelos alunos que atendem à Áni Academy, podendo inclusive ser encomendadas por fora, se os visitantes desejarem. 


Um dos muitos eventos especialmente preparados para o grupo de visitantes que for passar alguns dias no resort (Foto: Reprodução/Àni Private Resorts). 


Feito com a ideia de ser totalmente sustentável, as práticas do hotel são voltadas inteiramente para a comunidade e a apreciação da arte, tanto humana quanto natural. O Àni Dominican conta com uma equipe gastronômica profissional e dedicada, bares especialmente preparados com a ajuda de mixologistas, academia e até spa com terapeutas que podem fornecer até 12 tratamentos diários, aulas de culinária, tênis, yoga e trekkings, além de cruzeiros particulares e excursões ao belo ambiente que rodeia o resort. 

O resort pode ser reservado por um mínimo de cinco noites e os preços começam na faixa de US$ 15 mil pela diária — valor pago por 6 hóspedes e com tudo incluso. O preço, claro, irá aumentar com o número de pessoas que deseja fazer a viagem, podendo acomodar até 28 pessoas.

Foto destaque: Visão aérea do resort durante o dia. Reprodução/Àni Private Resorts/Instagram.

Estratégia visionária: Causeway Capital desafia o mercado com ações ignoradas

A empresa de investimento Causeway Capital Management, dirigida por Sarah Ketterer, está ganhando terreno no mercado ao focar em ações geralmente negligenciadas. Nos últimos três anos e, especialmente, até julho deste ano, a empresa tem exibido retornos expressivos. Com sede em Los Angeles, a empresa expande sua presença globalmente, mas seu foco é em ações internacionais. Através da combinação de análise quantitativa e fundamentalista, a empresa identifica “pechinchas” no mercado de ações externo. Ketterer e sua equipe acreditam que há oportunidades significativas em mercados externos que outros estão negligenciando.

Um novo território para investimentos lucrativos

As estratégias adotadas pela Causeway Capital Management estão revolucionando a maneira como investimentos são feitos em ações internacionais. A empresa, que administra um portfólio impressionante de US$ 43 bilhões (aproximadamente R$ 210 bilhões), tem consistentemente superado o mercado americano e até mesmo os índices globais mais renomados.

Na busca por oportunidades de investimento, Sarah Ketterer, a CEO da Causeway, vê grande potencial em empresas com avaliações subestimadas em comparação com seus pares nos Estados Unidos. Ela ressalta o valor da busca em mercados negligenciados, explicando que isso permite aos investidores identificar empresas com espaço para crescimento significativo a médio e longo prazo.

A ciência por trás da seleção de ações da Causeway

O sucesso da Causeway é respaldado por números sólidos. A principal estratégia da empresa rendeu um retorno líquido anualizado de 17,6% nos últimos três anos. Isso supera o índice MSCI EAFE, um indicador de ações internacionais em mercados desenvolvidos, em oito pontos percentuais. Mais notavelmente, até julho deste ano, a empresa acumulou um ganho de 24,5%, ofuscando o aumento de 15,8% do índice MSCI EAFE e até o salto de 19,5% do S&P 500.


Ações na bolsa para ficar atento nesta semana (Vídeo: reprodução/YouTube/Capitalizo)


Entre os casos de sucesso da Causeway está o banco italiano UniCredit. Impulsionadas por uma visão otimista sobre o setor bancário europeu após sua queda em 2020, as ações do UniCredit subiram 64% apenas em 2023, e 160% desde setembro do ano anterior. Tudo isso em um cenário onde o Banco Central Europeu impôs restrições severas à distribuição de dividendos durante a pandemia, uma decisão que pressionou fortemente o setor.

Sarah Ketterer enfatiza que o “benefício de investir internacionalmente está em encontrar empresas menos exploradas, menos compreendidas“. Isso parece ser mais do que uma filosofia corporativa; é uma estratégia vencedora que está posicionando a Causeway Capital Management como um jogador a ser observado no cenário de investimento global.

Foto destaque: Mercado de ações/Target Invest

Indústria de games pode sofrer com entrada de atores e dubladores do ramo em greve

Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA, o sindicato de artistas dos Estados Unidos, confirmou em 1.º de setembro que atores e dubladores da indústria de games poderão entrar em greve devido à demanda por melhores salários e clareza contratual em relação à inteligência artificial. A decisão se dará por votação entre os dias 5 e 25 do mesmo mês, afetando diretamente grandes desenvolvedoras como Activision, Epic Games e Insomniac Games.

Descontentamento crescente

Segundo Drescher, estúdios renomados como Epic Games, WB Games e Activision estão falhando em cumprir com as condições mínimas acordadas com os artistas. Tal cenário ecoa os desafios enfrentados por roteiristas e atores em Hollywood, que já iniciaram greves desde maio e julho, respectivamente. O descontentamento não se limita apenas a questões salariais; envolve também o impacto da inteligência artificial no trabalho desses profissionais.


Sindicato chama trabalhadores da indústria de games para greve (Vídeo: reprodução/YouTube/CENTRAL)


Inteligência artificial

Duncan Crabtree-Ireland, negociador do SAG-AFTRA, alertou sobre os perigos que a IA representa para os artistas. Sem salvaguardas contratuais, estes profissionais são levados a contribuir para sua própria obsolescência. A tecnologia de captura de voz e movimento, cada vez mais sofisticada, representa uma ameaça direta aos meios de subsistência dos envolvidos na indústria.

Caso a greve se concretize, os impactos poderão se assemelhar aos já vividos por Hollywood. Títulos em desenvolvimento que dependem de captura de movimento sofrerão atrasos. Audrey Cooling, porta-voz das desenvolvedoras, afirma que estão sendo feitas negociações de boa-fé, mas até o momento, um acordo não foi alcançado.

A situação da indústria de games é crítica e demanda ações imediatas para evitar uma paralisação que afete não apenas os profissionais envolvidos, mas também a cadeia de produção e o público consumidor. 

Foto destaque: trabalhadores em manifestação grevista nos Estados Unidos. Reprodução/Meuplaystation.

Clientes questionam impérios do fast food sobre o tamanho das porções

O Burger King enfrentará um processo judicial relacionado à acusações de que seus hambúrgueres Whopper são substancialmente menores do que o anunciado após um juiz rejeitar os esforços da empresa para encerrar o caso. Esta é a mais recente de uma série de ações semelhantes que vêm aumentando à medida que clientes insatisfeitos reagem à diferença entre o que as lanchonetes promovem e o que realmente servem.

A ação alega que a publicidade da empresa, que inclui imagens de hambúrgueres mais volumosos e ingredientes transbordando, faz com que o Whopper pareça 35% maior e contenha o dobro da quantidade de carne do que o hambúrguer que os clientes realmente recebem.


Propaganda do Whopper (à esquerda) contra a realidade do hambúrguer entregue aos clientes (à direita) (Foto: reprodução/Yasmin Henrique/Montagem/Canva)


O processo contra o Burger King

O Burger King nega veementemente qualquer irregularidade e argumenta que consumidores “razoáveis” não deveriam esperar que cada hambúrguer se assemelhasse “exatamente a uma imagem publicitária”.

O juiz distrital dos EUA, Roy Altman, responsável pelo caso, decidiu que não compete ao tribunal decidir o que os consumidores americanos consideram “significativo”. Ele acredita que essa questão deve ser deixada para um júri determinar o que pessoas “razoáveis” pensam.

A decisão de Altman permite que os clientes processem o Burger King sob alegações de violação de contrato, enriquecimento sem causa e declarações falsas e negligentes. No entanto, Altman rejeitou as reclamações dos clientes relacionadas aos anúncios online e televisivos do Burger King, afirmando que a empresa não havia prometido um tamanho ou peso específico para o hambúrguer servido.

Um porta-voz do Burger King afirmou que as alegações eram infundadas e que os hambúrgueres usados em seus anúncios são os mesmos servidos nos sanduíches Whopper.

Clientes vs redes de fast food

Esses casos legais tornaram-se cada vez mais comuns para redes de fast food à medida que consumidores procuram responsabilizar as empresas pela diferença entre publicidade e realidade. Em julho, a Taco Bell enfrentou uma ação judicial semelhante, e tanto o McDonald”/s quanto a Wendy”/s também enfrentaram processos comparáveis aos do Burger King.

Em 2016, a Subway resolveu uma ação que alegava que seus sanduíches Footlong nem sempre tinham trinta centímetros de comprimento, e recentemente ganhou uma ação contra uma mulher que afirmava que seu atum não era, de fato, atum.

Não está claro se esse caso chegará a um julgamento, pois muitas empresas optam por resolver tais reclamações fora do tribunal por diversos motivos. Até o momento, as tentativas de acordo não tiveram sucesso, de acordo com informações da Reuters.

 

Foto destaque: Hambúrguer e batata frita. Reprodução/Globo Rural

Parceria estratégica: BC e Ministério da Justiça reforçam investigações de crimes no Pix

O Banco Central, em nota divulgada nesta sexta-feira (01), destacou o início da vigência da regra que permite o acesso de entidades públicas aos dados cadastrais das chaves Pix, com o propósito de auxiliar investigações relacionadas a crimes envolvendo esse meio de pagamento. Segundo o BC, essa iniciativa resultou da articulação institucional conduzida pela Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Rede-Lab), em colaboração com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com a autarquia.

De acordo com a nota, o regulamento para a adesão dos interessados já foi divulgado. A Resolução define os procedimentos para que as autoridades competentes possam acessar exclusivamente os dados cadastrais com a finalidade de investigar irregularidades nas quais o titular dos dados esteja envolvido, desde que haja consentimento do interessado ou esteja presente outra justificativa legal que autorize.


Logo da Rede-Lab (Foto: reprodução/Governo Federal)


BC e Rede-Lab

O Banco Central enfatiza a responsabilidade da autoridade competente em garantir o devido tratamento das informações obtidas, assegurando a preservação do sigilo, quando necessário. O BC também ressalta que o acesso a esses dados será uma ferramenta valiosa nas investigações de esquemas de lavagem de dinheiro e outros crimes que se beneficiam de transferências financeiras feitas por meio do Pix.

A Rede-Lab é um programa de articulação institucional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, coordenado pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), que engloba mais de 60 órgãos, incluindo todas as Polícias Judiciárias e Ministérios Públicos do Brasil, bem como órgãos parceiros.

Pronunciamento das autoridades

O secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, destaca que, embora o Pix seja um instrumento legal e confiável que facilita a vida dos brasileiros, ele também é utilizado por criminosos em movimentações financeiras instantâneas ligadas à infrações penais, especialmente as fraudes eletrônicas. Ele enfatiza que a resolução será fundamental no combate a esses crimes.

Por sua vez, o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Maurício Costa de Moura, esclarece que a Rede-Lab desempenhou um papel importante na organização das demandas dos órgãos e na coordenação das discussões com o Banco Central. Ele destaca que essa novidade não representa qualquer forma de interferência do poder público nas informações financeiras privadas dos usuários do Pix e que os dados das transações do Pix, como transferências, compras e saques, protegidos pelo sigilo bancário, não serão abrangidos por essa funcionalidade.

 

Foto destaque: Logo do Pix em um celular, com dinheiro em um bolso. Reprodução/SpaceMoney

Vicky Safra é a primeira mulher a liderar a Lista Forbes de Bilionários Brasileiros

Comemorando os 11 anos no Brasil, a Forbes Brasil divulgou a lista dos brasileiros mais ricos do mundo na quinta-feira (31). Dos 50 brasileiros que integram a lista, seis são mulheres.

Vicky Safra lidera a lista, viúva de Joseph Safra (Grupo Safra); Ana Lucia de Mattos Barretto Villela (Itaú e Duratex), Lucia Maggi, Neide Helena de Moraes (Grupo Votorantim), Vera Rechulski Santo Domingo e Anne Werninghaus (WEG) também estão na lista. Luiza Trajano deixou a lista de bilionários.

Vicky Safra é primeira brasileira a liderar a lista da Forbes

Primeira mulher a liderar a Lista Forbes de Bilionários Brasileiros, Vicky Safra é a pessoa mais rica do Brasil. Desde março de 2023, a Forbes considera o patrimônio de Vicky e de seus filhos em conjunto, uma fortuna estimada em R$ 87 bilhões. Impulsionada pelo bom desempenho das empresas do Grupo Safra, sua fortuna cresceu 10% em relação ao ano passado. Ela e sua família estão em 100º lugar no ranking de mais ricos do mundo da Forbes.

Safra nasceu na Grécia, naturalizou-se brasileira e mora na Suíça. Ela é viúva de Joseph Safra, morto em dezembro de 2020. Os dois se casaram em 1969, e tiveram quatro filhos e 14 netos. 

Clã Safra e processo do filho Alberto este ano

Fundado por Jacob Safra, pai de Joseph, o Banco Safra é o quarto maior banco privado do Brasil. A família também é dona do J. Safra Sarasin, na Suíça, e do Safra National Bank de Nova York.

O filho mais velho, Jacob Safra, 46, é responsável pelo J. Safra Sarasin, pelo Safra National Bank de Nova York e pelos investimentos imobiliários internacionais da família. David Safra, 37, gerencia o Banco Safra no Brasil e os investimentos imobiliários brasileiros do Grupo J. Safra. Esther Safra Dayan, 44, é casada com Carlos Dayan, filho do banqueiro libanês-brasileiro Sasson Dayan, que também integra a lista, e vive em São Paulo. 


Edifício do Banco Safra. (Foto: reprodução/Exame/Germano Lüders)


Em fevereiro, Alberto Safra, 42, processou a mãe e os irmãos na justiça dos EUA, alegando que sua participação no Safra National Bank foi diluída após a morte do pai. A família nega as alegações.

Confira a Lista Forbes de Bilionários Brasileiros 2023

#1 Vicky Safra e família

Fortuna: R$ 87,8 bilhões

Origem da fortuna: Banco Safra, J. Safra Sarasin, Safra National Bank de Nova York

Nascimento: 01/07/1952

Reside na Comuna de Crans-Montana, Suíça

#2 Eduardo Saverin

Fortuna: R$ 83,5 bilhões

Origem da fortuna: Cofundador da Meta e investidor de risco

Nascimento: 19/03/1982

Reside em Singapura

Eduardo Saverin nasceu em São Paulo, em 1982. Conheceu Mark Zuckerberg em Harvard e em 2004 os dois lançaram Thefacebook, rede social para estudantes acadêmicos. Em 2008, recebeu US$ 50 milhões em ações do Facebook após entrar com uma ação contra Zuckerberg. O caso ganhou ficou famoso com filme “A Rede Social” (2010).

Em 2015, Saverin fundou o B Capital Group, fundo de capital de risco que investe em empresas de tecnologia na Ásia. Como investidor, tem participações em empresas como Airbnb, Lyft e Slack.

#3 Jorge Paulo Lemann e família

Fortuna: R$ 83,5 bilhões

Origem da fortuna: 3G Capital/Anheuser-Busch InBev, Kraft Heinz, Burger King

Nascimento: 26/08/1939

Reside em Zurique, Suíça

Jorge Paulo Lemann é cofundador da 3G Capital, empresa de private equity que investiu em grandes empresas, como a Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, a Kraft Heinz e a Burger King. Ele é o fundador da Fundação Lemann, que trabalha para melhorar a educação no Brasil.

#4 Marcel Herrmann Telles

Fortuna: R$ 50,4 bilhões

Origem da fortuna: 3G Capital/Anheuser-Busch InBev e outras empresas

Nascimento: 23/02/1950

Reside em São Paulo

Marcel Herrmann Telles é um empresário brasileiro, conhecido por ser um dos sócios de Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira. Juntos, os três são responsáveis por uma série de sucessos empresariais, como a criação da Anheuser-Busch InBev. Herrmann é fundador da Ismart, que oferece bolsas de estudo para estudantes de escolas públicas.

#5 Carlos Alberto Sicupira e família

Fortuna: R$ 41,3 bilhões

Origem da fortuna: 3G Capital/Anheuser-Busch InBev e outras empresas

Nascimento: 11/05/1948

Reside na Comuna de São Galo, Suíça

Carlos Alberto Sicupira é cofundador da 3G Capital, e conhecido por suas aquisições de empresas globais, como a Anheuser-Busch InBev, a Kraft Heinz e o Burger King. Ele é um dos fundadores da Fundação Brava, que investe em projetos de melhoria da gestão pública e organizações sem fins lucrativos.

#6 André Esteves

Fortuna: R$ 36,5 bilhões

Origem da fortuna: BTG PactualBanco Safra

Nascimento: 12/07/1968

Reside em São Paulo

André Esteves é sócio sênior do banco BTG Pactual. Esteves foi acusado de obstrução da justiça no maior escândalo de corrupção do Brasil, a Operação Lava Jato, e passou quase três semanas preso em 2015. Em 2018, ele foi absolvido e mais tarde retornou ao grupo de acionistas controladores do banco.

#7 Alexandre Behring

Fortuna: R$ 28,8 bilhões

Origem da fortuna: 3G Capital

Nascimento: 1967

Reside em Greenwich, Connecticut

Alexandre Behring é sócio-fundador da 3G Capital e responsável pela holding Restaurant Brands International, que controla as redes de fast-food Burger King e Tim Hortons. Sob a liderança de Behring, a 3G Capital fez uma série de aquisições de sucesso, incluindo Burger King, Heinz e Kraft. 

#8 João Moreira Salles

Fortuna: R$ 22,1 bilhões

Origem da fortuna: Itaú Unibanco, CBMM

Nascimento: 27/03/1962

Reside no Rio de Janeiro

João Moreira Salles é o filho mais novo do banqueiro Walther Moreira Salles. Em 2006, João Moreira Salles fundou a revista Piauí. Ele também recebeu diversos prêmios por seu trabalho como cineasta e documentarista.

#9 Walther Moreira Salles Junior

Fortuna: R$ 22,1 bilhões

Origem da fortuna: Itaú Unibanco, CBMM

Nascimento: 12/04/1956

Reside no Rio de Janeiro

Walther Moreira Salles Júnior é filho do banqueiro Walther Moreira Salles, fundador do Itaú Unibanco. Cineasta premiado, seu filme mais famoso é “Central do Brasil” (1998), que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

#10 Fernando Roberto Moreira Salles

Fortuna estimada: R$ 20,65 bilhões

Origem da fortuna: Itaú Unibanco, CBMM

Nascimento: 29/05/1946

Reside em São Paulo

Fernando Roberto Moreira Salles é um dos maiores acionistas do Itaú Unibanco e da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Fernando é filho do banqueiro Walther Moreira Salles e da socialite Helène Matarazzo. Ele é um dos fundadores do Instituto Moreira Salles, além de sócio da editora Companhia das Letras e da revista Piauí.

 

Foto Destaque: Joseph Safra e Vicky Safra em Mônaco, 2002. Reprodução/Shutterstock.

Gestora Dynamo vende participação em empresa de educação

A gestora Dynamo anunciou uma redução significativa em sua participação acionária na empresa Ânima Educação (ANIM3), de acordo com um comunicado divulgado publicamente. A Dynamo agora detém um total de 20.177.622 ações da Ânima, o que representa aproximadamente 4,99% do total de ações da empresa.

É importante enfatizar que a Dynamo deixou claro que sua participação acionária na Ânima Educação é orientada exclusivamente por objetivos de investimento. Não há intenção de influenciar ou modificar a atual estrutura administrativa da empresa, nem há a busca de um percentual de controle acionário específico.

Além disso, a gestora destacou que os fundos sob sua administração ou gestão não mantêm quaisquer outros valores mobiliários vinculados às ações da Ânima Educação. Adicionalmente, foram firmados contratos para regular o exercício de direitos de voto e a negociação de valores mobiliários emitidos pela Ânima.


Logo da Ânima Educação. (Foto: reprodução/Sociedade Civil pela Educação)


Essa não foi a única diminuição na participação que a Gestora fez no decorrer de um mês. A Dynamo diminuiu sua influência em pelo menos quatro empresas nos últimos 30 dias. A HBR Realty e a Alpargatas são algumas delas. 

Menos participação na HBR Realty

Há algumas semanas, a HBR Realty anunciou oficialmente que a gestora Dynamo havia diminuído sua participação na empresa, reduzindo-a para 11,68% do capital social total da organização. Este movimento resultou na detenção de um total de 12.050.849 ações ordinárias por parte da Dynamo.

Nesse período, a companhia também realizou um leilão de ações, representando aproximadamente 16% das ações disponíveis. Informações obtidas junto a fontes confiáveis sugeriram que tanto a família Borenstein quanto a Dynamo foram identificadas como as principais detentoras das ações vendidas durante esse leilão direto.

É relevante notar que o formulário de referência mais recente, que foi entregue pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tem data de 31 de maio, não apresenta dados sobre a participação da Dynamo. Entretanto, um comunicado anterior, datado de 22 de março, revelou que a Dynamo, naquela época, detinha cerca de 29,55% do capital social da companhia, indicando assim uma mudança notável nas participações acionárias ao longo desse período.

Dynamo reduz participação na Alpargatas

A Dynamo, de acordo com um documento divulgado no mercado no início de agosto, reduziu sua participação acionária na Alpargatas (ALPA4). Conforme o comunicado, os veículos gerenciados discretamente pelos fundos agora detêm um total de 51 milhões de ações preferenciais, correspondendo a 14,96% do total.

Adicionalmente, a gestora informou que possui 90 mil ações preferenciais em regime de empréstimo. Além disso, esses veículos de investimento possuem em seu portfólio 605.200 ações ordinárias emitidas pela companhia.

Foto Destaque: logo da Dynamo e fundo de ações. Reprodução/Montagem/Canva