Nosso Camarote terá 80 horas de festa neste ano

A empresa de eventos Nosso Camarote, o maior camarote em relação à tamanho, investiu R$ 25 milhões para levar festa à Sapucaí, no Rio de Janeiro. Ao todo, o espaço conta com 1.030 metros quadrados, com vista para a avenida, ou seja, 200 metros quadrados a mais do que o anterior.

A empresária Carol Sampaio promete novidades no espaço VIP do evento, além de que o número de patrocinadores aumentou, totalizando 22 agora, dentre eles, Bradesco, Absolut, Coca Cola e Samsung.

A festa, que teve início na quarta-feira (15), também contará com 80 horas de duração, diferentemente das edições passadas, terminando somente no sábado (25), quando ocorre o desfile das campeãs. Dentre as atrações, o evento contará com shows de Pedro Sampaio, Anitta, Ludmila e Thiaguinho.

O objetivo principal da festa, segundo a fundadora, é que todos se sintam bem recebidos e curtam um Carnaval diferente. De acordo com ela, “essa continua sendo nossa grande meta: produzir um evento que gostaríamos de ir, reunir pessoas que gostaríamos de estar, conectar marcas que gostaríamos de trabalhar e proporcionar experiências que gostaríamos de viver”.

Gabriel David, sócio do Nosso Camarote, complementou afirmando que “sempre prezamos por esse espírito de inclusão e com um certo toque de exclusividade, já que se trata de uma festa de amigos para amigos. Até por isso, escolhemos esse nome tão emblemático para nosso espaço”.


Nosso Camarote (Foto: Reprodução/Instagram)


A maioria dos ingressos esgotaram rapidamente e os que sobraram, custam cerca de R$ 8 mil por pessoa. Antes do início do Carnaval, o passaporte, ingresso que dá direito à entrada todos os dias, custava quase R$ 16 mil.

Apesar dos valores serem elevados, há quem não abra mão de curtir o Carnaval com luxo e conforto. A Forbes fez um levantamento dos 5 camarotes mais caros de 2023, e o Nosso Camarote, está entre eles.

O Camarote Nº1, localizado no setor 2 da Marquês de Sapucaí, conta com open-food e open-bar. Há ainda choperia exclusiva, serviço de garçom e vista para a avenida, com ingressos de até R$ 8 mil por dia junto com hospedagem.

Já o passaporte para o Camarote Salvador pode chegar a quase R$ 14 mil, com hambúrgueres, acarajés, massas e doces na área gastronômica e serviços de spa e salão de beleza. Alok, Leo Santana e Jorge e Mateus são algumas das atrações do evento este ano.

Foto Destaque: Nosso Camarote. Reprodução/Festas Errejota

G20: dívida de países em desenvolvimento será pauta das discussões

Nesta semana, iniciam-se as reuniões do Grupo dos 20 (G20), na Índia. Os ministros e os chefes dos bancos centrais dos países que compõem o G20 se encontrarão nos dias 22, 23, 24 e 25 de fevereiro a fim de discutirem os problemas causados por dívidas de países em desenvolvimento devido à pandemia e à guerra na Ucrânia.

Os principais tópicos discutidos serão as situações dos países altamente endividados e a perspectiva para a economia mundial, de acordo com o ministro das Finanças, Christian Lindner.  Á Reuters, o ministro afirmou que “a China, em particular, desempenha um papel importante aqui”.  A China é um dos principais países credores e vem sendo pressionada a fazer concessões.

Lindner afirmou que os países em desenvolvimento que possuem altas dívidas devem manter o acesso aos mercados financeiros internacionais para que, desse modo, possam continuar importando energia e alimentos diante o cenário atual de pós-pandemia e guerra.


Ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner. (Foto: Reprodução/Andreas Gebert/Forbes)


A Índia, a fim de colaborar com países endividados, elaborou uma proposta pedindo aos credores que reduzam os empréstimos. Também, o país apoia que o Quadro Comum (CF) inclua mais países de renda média. O Quadro Comum (CF) surgiu em 2020 e tem como objetivo ajudar os países pobres a atrasar o pagamento das dívidas.

No entanto, Lindner explica que, antes de expandir para países de renda média, a estrutura deve ser testada primeiro em países mais pobres. “Não podemos dar o terceiro passo sem dar o segundo”, argumenta o ministro. Porém, Lindner acrescentou que vê muito potencial no Quadro Comum (CF) e agora, todas as partes interessadas devem se reunir e discutir em conjunto qual instrumento deve ser escolhido.

O ministro ainda elogiou a união entre as nações ocidentais que apoiam e apoiaram a Ucrânia, tanto em questões financeiras quanto militares. “Essa unidade surpreendeu o Kremlin em particular. E precisamos manter essa clareza”. Além disso, Lindner afirmou que nenhum país pode evitar suas responsabilidades.

Foto Destaque: G20. Reprodução/Agência Brasil

Conheça a moeda espanhola que inspirou o dólar e pertenceu ao mundo durante 3 séculos

A moeda espanhola se chamava “real de a ocho”, era o dólar espanhol no início de sua imposição, ela serviu de inspiração para a criação do dólar americano depois da independência das colônias espanholas e foi adquirida pelo comércio global por cerca de 300 anos.

Esta moeda logo se tornou desejo de cobiça de diversos países, por isso migrou para o mercado internacional rapidamente e ficou lá por tanto tempo. Sendo assim, também foi a primeira moeda a ser internacionalizada na história moderna. Ela era, em sua maioria fabricada através da prata do continente americano.

Ela surgiu em 1497, na época da reforma monetária, que foi aderida pelos reis católicos da Espanha depois da marcante chamada Reconquista e sua chegada ao continente Americano. A reforma monetária estabeleceu e oficializou o real (moeda de prata) como forma e unidade de pagamento, a reforma também é chamada de “Pragmática de Medina del Campo” em livros de história.

Apenas por volta do século 16, a moeda espanhola iniciou sua popularização por conta do impulso, em especial causado pelos reis espanhóis, Carlos 1º e Felipe 2º. Eles foram responsáveis pela expansão do Império da Espanha, também representando a fase de protagonismo mais importante. A prata que foi retirada das minas do México e da Bolívia, ambas pertencentes ao continente americano resultou no disparo da emissão das moedas de prata.


Ilustração dos reis no império espanhol no século 16 (Reprodução:Wikiwand)


O professor de história, José María de Francisco Olmos da Universidade Complutense de Madri, na Espanha e pesquisador de numismática, explica sobre o transporte da prata e a multiplicação dela entre os reis católicos, “Perto de 1535, foram criadas na América as primeiras casas da moeda, no México e em Santo Domingo [hoje, República Dominicana]. Com essa grande quantidade de prata, o real dos reis católicos irá se multiplicar: um real de a dois, três, quatro… porque a melhor forma de transportar a prata é em forma de moeda“, afirmou ele, segundo o site Época Negócios.

E após este ocorrido, foi se firmando o dólar espanhol (real de a ocho) que tem este nome por conta da multiplicação por 8 do real dos reis católicos. A moeda espanhola constatou o sistema de dois metais que foi promovido pela monarquia da Espanha, isto aconteceu após a moeda ficar ao lado do desenho da onça, que é a unidade de medida do ouro. Ainda segundo o professor de história, José María de Francisco Olmos, “Entra na Europa esse rio de ouro e prata. Como todos concordam que é uma prata muito boa, ela começa a transformar-se na moeda de referência de todos os demais países“.

Em relação ao seu desfecho e legado, a moeda espanhola começou a entrar em queda após a independência das províncias espanholas e das guerras napoleônicas no continente americano. Quando a Espanha não tinha mais o controle das minas de prata americanas e nem das suas casas da moeda, ela não pôde continuar produzindo o seu mais importante produto de exportação. Porém, mesmo após o império espanhol iniciar sua decadência, a moeda não deixou de ser uma das mais concorridas globalmente, estando na sua supremacia até o fim do século 19.

Foto destaque: Moeda espanhola de prata do Rei Carlos. Reprodução/Freepik

Conheça Luciana Villas-Boas, a mulher responsável por um dos maiores eventos carnavalescos do Brasil

O Camarote Salvador é um dos maiores eventos de carnaval de rua do país, e quem está por trás da gestão da festa é a administradora Luciana Villas-Boas, devido à sua capacidade de planejamento. A festa movimenta R$ 95 milhões, reúne cerca de 15 mil turistas e gera 4.500 empregos.

Neste ano, o evento contará com um espaço de 10 mil metros quadrados, além de 61 atrações, dentre elas, Alok, Jorge e Mateus e banda EVA. Os ingressos variam entre R$ 2.290 (feminino) e R$ 3.050 (masculino). O pacote para os seis dias de festa pode chegar a quase R$14 mil. Estima-se que os foliões gastam, em média, cerca de R$ 35 mil durante o Camarote. As vendas para o ano que vem já começam na quarta-feira de cinzas.

Até junho é planejamento, entre julho e outubro, contratação de artistas e fornecedores, e de outubro em diante é execução”, explica Luciana. Por conta disso o evento tem conseguido melhores resultados, além de patrocínios recordes. “É o único camarote do Brasil que tem patrocínio do TikTok”.


Luciana curtindo o Camarote Salvador na noite de sábado (18). (Foto: Reprodução/Instagram)


A gestora pôde treinar suas habilidades durante os 19 anos em que atuou na Rede Bahia de TV. “Eu passei por praticamente todas as áreas de gestão, incluindo financeiro, marketing e inteligência de mercado”, afirmou Luciana. Sua última função foi a de diretoria de planejamento e pessoas. “Sempre acreditei nesse viés de planejamento. E saber lidar com pessoas é fundamental para montar um evento desse porte”.

Em 2010, Luciana resolveu mudar-se da TV para a área pública. “Fui convidada pela consultoria Mckinsey para o projeto da gestão da prefeitura de Salvador”, conta a gestora. Um ano depois, um dos sócios da Rede Bahia decidiu assumir a empresa Premium, a qual já fazia um camarote, mas desejavam uma remodelação. Assim, a ideia era organizar o evento para os próximos 10 anos. “Enxergaram em mim essa pessoa dos processos”.

A administradora, que marca presença nos seis dias de festa, também trabalha para criar um evento mais sustentável. Segundo ela, existe um projeto de lixo zero em pelo menos três anos. Após o fim da folia, o processo de desmontagem e auditoria termina em abril de fato, quando ela já estará planejando o carnaval de 2024.

Foto Destaque: Luciana Villas-Boas. Reprodução/Forbes

CEO do YouTube, Suzan Wojcicki, deixa o cargo após 25 anos

Ontem, (16), a CEO do “YouTube”, Suzan Wojcicki, anunciou que está deixando seu cargo na empresa após 25 anos na frente da maior plataforma de vídeos do mundo. Suzan será substituída pelo atual executivo, número dois da empresa, que também é o diretor de produtos “Neal Mohan” e que está no cargo a mais de 7 anos.

Em um e-mail para os funcionários, Suzan disse que decidiu deixar o cargo de chefe do YouTube para iniciar um novo capítulo, focado na família, saúde e projetos pessoais, nos quais é apaixonada, disse. Ela também disse ser a hora certa, que se sente capaz de fazer isso, pois tem uma equipe de liderança incrível na empresa YouTube.


Suzan Wojcicki, deixa o cargo do YouTube (Foto: Reprodução/Christian Peacock/Forbes Collection)


Segundo a forbes, Suzan Wojcicki, é uma das mulheres mais poderosas do mundo, que se tornou CEO da empresa YouTube, em 2014, depois que liderou negócios de publicidade, anúncios em vídeo do Google.

Em 1998, ela alugou sua garagem para os cofundadores do Google, “Larry Page e Sergey Brin”, e foi a 16ª funcionaria a se juntar na empresa um ano depois. Suzan disse que permanecerá no Google e na “Alphabet” como consultora. A controladora da empresa ”Alphabet” demitiu 6% de seus funcionários, ou seja, 12 mil.

Algumas companhias do ramo tentam barrar o crescimento do “TikTok”. Pois a maioria das crianças e adolescentes passam a maioria do tempo vendo vídeos no TikTok do que no YouTube, segundo as informações de dados de pesquisa da empresa de tecnologia “Qustodio”. Com isso o YouTube criou um produto chamado “Shorts”, vídeos curtos.

Algumas controvérsias na gestão de Suzan. A empresa YouTube foi alvo de críticas, por espalhar desinformação em relação à covid e sobre as eleições, onde haveria teorias da conspiração e conteúdo tóxicos, para crianças.

Os líderes da empresa Google, “Larry Page e Sergey Brin, disseram em um comunicado que Suzan ocupa um lugar único na história do Google e que fez a contribuição mais incrível para os produtos usados pelas pessoas em todos os lugares e que são muito gratos por tudo pelo que ela fez nesses 25 anos.

Sundar Pichai, CEO do Google, disse que Suzan desempenhou um papel fundamental na origem do Google e que ao longo dos anos sua liderança abriu novos caminhos para a empresa, disse.

Foto Destaque: Suzan Wojcicki deixa o cargo da empresa YouTube. Reprodução/Christian Peacock/Forbes Collection

Justiça aceita recurso e suspende a falência da Livraria Cultura

A justiça decidiu na última quinta-feira (16), aceitar o recurso da Livraria de cultura e suspendeu o processo de falência da empresa. “O recurso entregue e protocolado, no último dia 14 deste mês, contra a decretação de falência foi aceito pela justiça competente” comunicou a Livraria. 

Em nota, a cultura declarou que “recebemos com muita alegria, no início desta manhã, que a ação de falência foi suspensa. O momento agora é de focar nos projetos que estamos desempenhando em busca da recuperação e expansão da empresa. As operações das duas lojas físicas (Conjunto Nacional em São Paulo, e Bourbon Shopping Country em Porto Alegre) site, Hub Cultura e programação do Teatro Eva Herz operam normalmente.”

A empresa teve a falência decretada por “descumprimento do plano de recuperação judicial”. O pedido de recuperação judicial foi apresentado em 2018, quando a livraria afirmou estar em crise econômica e dívidas com fornecedores e bancos no valor de R$ 285,4 milhões. De acordo com o juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, o plano de recuperação firmado em 2021 não foi cumprido. 


A unidade da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, em São Paulo. (Foto: Reprodução/Uol)


Ao declarar a falência da empresa, o juiz lamentou e declarou ter ciência da importância da livraria. “É notório o papel da Livraria Cultura, de todos conhecida. Notória a sua (até então) importância, e não apenas para a economia, mas para as pessoas, para a sociedade, para a comunidade não apenas de leitores, mas de consumidores em geral. É de todos também sabida a impressão que a Livraria Cultura deixou para o Prêmio Nobel de Literatura José Saramago, que a descreveu como uma linda livraria, uma catedral de livros, moderna, eficaz e bela. Mas a despeito disso tudo, e de ter este juízo exata noção desta importância, é com certa tristeza que se reconhece, no campo jurídico, não ter o rupo logrado êxito na superação da sua crise”, escreveu o juiz.

A livraria entrou com recurso e conseguiu reverter a situação. A empresa admitiu os atrasos dos pagamentos, e alegou que a crise financeira do país e a pandemia afetou seu caixa. Porém, afirmou que hoje está com os pagamentos considerados pendentes, todos em dia.A lista incluiria credores trabalhistas, micro e pequenas empresas e titulares de crédito de até R$ 6.000.

O desembargador J. B. Franco de Godoi, relator do recurso da Cultura, afirmou ser preciso reexaminar as provas, “pois os efeitos da decisão [de decretar a falência] seriam irreversíveis”.

 

Foto destaque: Livraria Cultura. Reprodução/Carlos Brito/G1 

Nubank obteve lucro líquido de US$ 58 milhões nos últimos três meses de 2022

Mesmo diante da desaceleração da economia brasileira, o Nubank conseguiu aumentar sua rentabilidade no final do ano de 2022. O lucro líquido ajustado foi de US$ 113,8 milhões (R$ 585 milhões) para o quarto trimestre do ano passado  frente aos US$ 63 milhões (R$ 324 milhões) do terceiro trimestre.

Relacionado aos termos líquidos, o lucro do Nubank  foi de US$ 58 milhões (R$ 298 milhões) nos três últimos meses do ano passado. A instituição ficou na frente dos maiores bancos brasileiros como Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco. A ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado) da Nubak no Brasil foi de 35% no trimestre. 


David Vélez, CEO do Nubank. Foto: Ana Paula Paiva/Valor.

 

Em entrevista para NeoFeed, David Vélez, cofundador e CEO do Nubank diz que “ O mercado vem cobrando lucratividade continuamente e a gente finalmente pode demonstrar que o modelo de banco digital, uma vez que chega a determinado patamar, consegue gerar ROEs acima da indústria Tradicional”.

O valor considera o efeito contábil da finalização de um termo que previa pagamento de um bônus ao fundador David Vélez, caso metas agressivas de valorização das ações do banco fossem alcançadas, chamado de CSA pelo Nubank. O impacto do fim do CSA nas contas do Nubank no quarto trimestre foi de US$ 356 milhões (R$ 1,8 bilhão).

O banco que tem operações no Brasil, México e Colômbia comemora a rentabilidade que obteve no Brasil e enfatizando que outras unidades ainda estão em processo de fortalecimento. “O Brasil vai mostrando índices de eficiência melhores, ganhando muita eficiência operacional, financiando outras geografias. A conta gera um lucro importante que continua aumentando”, afirma Vélez.

O banco terminou 2022 com 74,6 milhões de clientes, sendo 70,9 milhões no Brasil e 3,2 milhões no México, depois de ter acrescido 4,2 milhões no quarto trimestre. Um ano antes, eram cerca de 54 milhões de clientes do Nubank.

 

Foto destaque: Logo marca do Nubank. Reprodução/Poder360.

Dólar aumenta com cautela por conta de pressão de Lula na meta da inflação

A moeda norte-americana concluiu o dia de ontem (14) em alta comparada ao real, isto ocorreu porque o dólar conseguiu reverter as perdas que tiveram no período da manhã do mesmo dia.

Ao mesmo tempo, há investidores que estão temendo as pressões do governo de Lula por conta de mudanças que ocorrem na meta de inflação do Brasil e da diminuição no nível de juros. E isto pode fazer com que o real não avance tão cedo. No momento o dólar está avançado em 0,43%, a R$ 5,19, apesar de ter diminuído em até 0,93% por conta da pressão.

Em sua trajetória tensa de avanço ontem, houve um momento no fim da tarde em que o contrato do futuro da moeda norte-americana subiu 0,68%, a R$ 5,20 em relação ao primeiro vencimento.

Segundo o Forbes, uma notícia divulgada do serviço de notícias Broadcast consta que Lula teria dado o aviso de que quer aumento de um ponto na meta da inflação deste ano e neste processo quer também a diminuição da Selic para um nível perto de 12% até o final deste ano, o presidente deu este aviso à equipe econômica. Esta notícia foi refletida pela piora ocorrida no mercado doméstico na tarde de ontem (14), segundo análise de Hélder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos.


O presidente Lula pretende que a meta de inflação deste ano aumente um ponto (Imagem: REUTERS/Adriano Machado/Reprodução: Money Times)


Ontem tivemos um apaziguamento (com Campos Neto) e hoje Lula solta essa frase. Tensionou os ânimos; se um lado jogou panos quentes, falando que não vamos fazer mudanças de teor político, hoje temos isso, estressa”, afirmou Hélder Wakabayashi.

A notícia foi divulgada pelo Broadcast após as reações dos investidores terem sido positivas sobre as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se posicionou contra uma eventual flexibilização dos objetivos de inflação do Brasil, na segunda-feira (13) em entrevista e num evento na manhã de ontem (14).

Depois de toda a discussão em torno do possível aumento de inflação, amanhã, quinta-feira (16), haverá a primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional, com participantes do mercado se revelando nada animados com a chance de discutir alterações para aumento das metas de inflação, mesmo elas não sendo botadas em prática já nos próximos dias.

Foto destaque: Representação de aumento do dólar. Reprodução/iStock by Getty Images.

Pan Produtos Alimentícios pede falência à Justiça

Após um ano e meio de recuperação judicial, a empresa Pan Produtos Alimentícios pediu falência à Justiça na última segunda-feira (12). Segundo a companhia, não foi possível realizar o pagamento das dívidas que totalizavam R$ 260 milhões e atualmente, somente 52 funcionários atuam na empresa.

O grupo pediu extensão de mais 90 dias para quitar as dívidas, no entanto, o requerimento não foi aceito. De acordo com a empresa, seu faturamento nos últimos anos sofreu fortes quedas devido a um plano de reestruturação e as restrições impostas pela pandemia de COVID-19. 

A Pan afirmou que “a pandemia instalada no país provocou a implementação de diversas restrições e o fechamento temporário do comércio, reduzindo o público consumidor dos produtos fabricados pela companhia, diante da mudança significativa do habitual padrão de consumo do mercado, que se voltou para os produtos essenciais da cesta básica”.

Segundo o documento de autofalência, a maior parte das dívidas advém de 2001, ou seja, há mais de 20 anos, e o primeiro pedido de recuperação judicial foi protocolado em março de 2021, quando eles declararam no pedido a “insuficiência de caixa e a impossibilidade de regularização do passivo, fato que compromete, irremediavelmente, seu soerguimento”.


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A Pan Produtos Alimentícios surgiu em 1935 em São Caetano do Sul, no Estado de São Paulo, pelos engenheiros Aldo Aliberti e Oswaldo Falchero. A empresa da família ficou conhecida, principalmente, devido aos chocolates em formatos diferentes, como lápis, cigarros e moedas. Inclusive, o chocolate em formato de cigarro foi alvo do Ministério da Saúde nos anos 90, por fazer alusão ao fumo justamente no período em que se começou a discutir sobre os malefícios do cigarro.

Em outubro de 2016, a Pan deixou de ser uma empresa familiar, após 81 anos. A companhia foi adquirida pelo Grupo Brasil Participações, que tinha como objetivo transformar a Pan em uma das cinco maiores fabricantes do ramo no Brasil e abrir 300 lojas franqueadas, no entanto, o plano foi frustrado e as dívidas se acumularam.

Foto Destaque: Logo da Pan. Reprodução/Revista Distribuição

Lucro do Carrefour Brasil cai 28%

O Carrefour Brasil, grupo que tem o Atacadão como ativo, divulgou na última segunda-feira (13) uma queda de 28,2% no lucro líquido no 4º trimestre de 2022. Em contrapartida, as vendas líquidas aumentaram em 36,3%. O lucro líquido da empresa de outubro a dezembro de 2022 foi de R$ 550 milhões, enquanto no mesmo período em 2021, o lucro era de R$ 766 milhões.

A companhia concluiu ano passado a aquisição do BIG e a expectativa é de que converta cerca de 120 pontos até o início de 2024. Analistas acompanham como os efeitos da inflação e dos juros afetarão a empresa.

O diretor de Finanças e Relações com Investidores do Carrefour, David Murciano, afirmou à jornalistas que “a conversão de lojas tem efeito no lucro líquido, temos esse efeito negativo de ‘one-off’ (extraordinário) da conversão de lojas, mas quando já está convertida observamos um crescimento das vendas”. Além do mais, segundo ele, é normal essa pressão no lucro, mas a empresa espera compensá-lo.


Antiga unidade do BIG em Barueri. (Foto: Reprodução/CNN)


O Carrefour Brasil viu seu resultado financeiro decair após a aquisição do BIG e o aumento da Selic, que foi a 13,75%. Quando questionado acerca da crise na Americanas, Murciano afirmou que os negócios estão um pouco mais difíceis, no entanto, a empresa vem estabelecendo contatos com as instituições financeiras.

Ele ainda destacou que, mesmo com a inflação dando sinais de melhora, o nível de margem ainda pode afetar os negócios do grupo. Em relação a aquisição da rede de hortifrúti da Americanas, a Natural da Terra, o executivo afirmou que, embora se encaixe na organização do Carrefour, no momento, o foco é a integração do BIG, que inclusive superou as expectativas da companhia: esperava-se converter 37 pontos, mas converteram 59 lojas.

Enquanto o lucro líquido apresentou baixas, as vendas líquidas aumentaram 36,3% comparado ao mesmo período em 2021. Sobre o começo do ano, Murciano disse que os negócios permanecem semelhantes com o fim de 2022.

Foto Destaque: Carrefour Brasil. Reprodução/Rafapress/Meio e Mensagem