Dólar tem queda de 0,23% em meio a inflação preocupante no Estados Unidos

O dólar teve uma queda de 0,22% nos Estados unidos ontem (14) e com isto o valor dele caiu para R$ 5,2574, equivalente no Brasil. A queda ocorreu após o dólar ter que devolver parte da alta do mesmo de 1,66% e também após ele sofrer impulso por conta do receio ao risco na parte externa. Exteriormente o dólar estaria arriscado de qualquer forma.

Mesmo com os agentes cuidando do dólar fielmente para evitar que isto acontecesse, a queda acabou ocorrendo. Porém se deve ressaltar que a diminuição do valor foi razoavelmente média, em torno de 4 centavos a menos, que significa que no nosso país o valor é representado da seguinte forma, ele foi de em média R$ 5,2620 á R$ 5,2217. O maior problema desta queda se dá por conta do cenário de inflação que está acontecendo nos Estados Unidos, a medida que os preços estão subindo o dinheiro pagante está diminuindo.

Analisando a questão do cenário de inflação americano o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung aponta, “O índice de preços ao consumidor nos EUA apresentou inflação de 0,4% em fevereiro em comparação a janeiro, em linha com as expectativas do mercado. No acumulado em 12 meses, a alta é de 6,0%, abaixo dos 6,3% de janeiro“. E sobre a posição do banco Federal Reserve diante do caso, ele continua, “A situação para o Fed é complicada, mas ainda é cedo para compreender a real dimensão dos problemas envolvendo o SVB sobre o sistema financeiro norte-americano”.


A inflação nos preços afeta o mercado americano e a queda do dólar complica ainda mais a situação (Reprodução/Freepik)


Toda a cautela que os agentes tiveram sobre o dólar aconteceu porque eles estavam aguardando respostas mais esclarecedoras, sobre a dimensão dos problemas causados no sistema financeiro e da posição do Federal Reserve na condução da política monetária após o ocorrido.

A economista do banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli analisou a situação e deu seu ponto de vista sobre a atitude que o Federal Reserve tomará após a queda e outros poréns, “O mercado de câmbio devolveu um pouco da alta de ontem, mas continua bastante pressionado, porque existe muita incerteza. Os investidores não conseguem visualizar o que o Fed vai fazer com os juros após os problemas nos bancos e dados pouco conclusivos de atividade e inflação nos EUA“.

Por enquanto a conclusão que se pode ter é que a população americana está bastante afetada pela queda do dólar junto a um momento de crise econômica. A expectativa é de que no mínimo, a situação não piore nos próximos meses.

Foto destaque: O dólar teve uma queda considerável para os americanos. Reprodução/Adobe Stock.

Ministros europeus defendem postura fiscal rígida para 2024

Nesta segunda-feira (13), os ministros das Finanças da Zona do Euro recomendaram que a Comissão Europeia comece uma austeridade para a política fiscal, gradualmente eliminando o apoio do governo contra os preços de energia para empresas e famílias.


Alta inflação na UE faz com que ministros apelem por medidas de austeridade fiscal. (Foto: Reprodução/Pexel)


Na semana passada, a Comissão Europeia pediu aos governos da  UE que iniciem o cerco à política fiscal, visto que a esperada recessão técnica não aconteceu como planejado. O custo dos empréstimos ainda está em alta, enquanto o Banco Central Europeu se esforça em controlar e reduzir a alta inflação. Em comunicado, os ministros afirmaram que embora exista uma incerteza sob as perspectivas futuras, principalmente em relação a fatores geopolíticos que se relacionam a energia, eles entendem os riscos para um crescimento mais equilibrado do que no passado.

Ao longo dos próximos dois anos, os ministros concordam que políticas fiscais prudentes devem ser implementadas para garantir a sustentabilidade da dívida no médio prazo e aumentar o crescimento potencial de forma sustentável. Além disso, deve-se abordar as transições digitais e verdes, e os objetivos de resiliência por meio de investimentos e reformas.

Os ministros ressaltaram a importância de uma melhor coordenação das atuais políticas de apoio aos altos preços da energia, de forma a não deixar em desvantagem competitiva os países mais pobres, que não são capazes de arcar com os subsídios à energia como os países mais ricos.

A eliminação gradual das medidas de apoio à energia pode contribuir para reduzir os déficits governamentais, desde que não ocorram novos choques de preços. Portanto, essa eliminação gradativa das políticas de suporte à energia pode ser uma medida eficaz para esse fim.

No entanto, a decisão dos ministros de reduzir o apoio à energia enfrenta resistência. A eliminação gradativa das políticas de suporte pode prejudicar as empresas e famílias que já enfrentam instabilidade econômica na atual crise econômica causada pela pandemia.

Foto destaque: Euro. Reprodução/Pexels.

SVB: entenda a segunda maior quebra bancária americana

Na última sexta feira (10), o banco Silicon Valley Bank (SVB) teve as suas operações encerradas de forma inesperada e vergonhosa. Tendo sido nomeado a autarquia america Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) como interventora para cuidar do processo de falência, sendo essa a segunda maior da história americana. 


Falência do banco SVB é a segunda maior da história dos EUA.(Reprodução/Reuters) 


No fim do quarto trimestre do ano anterior, o banco detinha US$ 212 bilhões (cerca de R$1,1 trilhão) em ativos, o que o deixava na 16º posição entre os bancos americanos em número de ativos.

A quebra do SVB perde apenas para o Washington Mutual (WaMu), que faliu por conta da crise do subprime em 2008 com US$ 300 bilhões (R$ 1,57 trilhão) em ativos.

Entre quinta e sexta-feira, a Forbes americana conversou com dez investidores e especialistas em capital de risco, que relataram à Forbes um cenário de caos desde a quarta-feira (8), quando o SVB divulgou seus problemas financeiros a investidores e propôs captar US$ 1 bilhão para cobrir os resgates 

O CEO do SVB, Greg Becker, fez uma videoconferência na quinta-feira com investidores e empresários para que eles mantivessem a calma, mas causou o efeito contrário, os empresários começaram a alertar suas empresas e startups para que retirem seus fundos do banco SVB, enquanto outros tentaram impedir que os bancos retirassem seus aportes.

A atual questão para empreendedores e investidores é lidar com o que serão realizados os salários nesta semana. A Rippling, por exemplo, é uma empresa que processa folhas de pagamento, e informou aos seus clientes que mudou do SVB para o JPMorgan Chase.

No entanto, para outras empresas no Vale do Silício, a falência do SVB é uma oportunidade. A Brex é uma empresa criada por 2 brasileiros, que fornece crédito fácil para empresas e startups e com a falência do SVB ganhou uma oportunidade para ajudar as startups.

Foto destaque.Banco SVB (Reprodução:Bloomberg)

Pipoca rende abertura de mais de oito mil lojas para Priyanka Chopra e Nick Jonas

“Lembro-me da primeira vez que experimentei essa pipoca; Foi na casa do pai de Grag Garbowsky –ex-baixista da banda, Rob Garbowsky, depois de um show. Eu sabia que tinha que convencê-los a trazer esta pipoca em turnê conosco e depois de anos Rob trazendo-a para os bastidores,  para nossos amigos e familiares comerem, começamos a ajustar a receita e dar vida a ela com a incubadora da marca, The Naked Market”, relatou Jonas em entrevista. “Para mim, Rob está profundamente enraizado na banda e até remonta ao nosso começo em Nova Jersey”, continuou.

“Agora, apenas um ano e meio depois do investimento, a Rob’s Backstage Popcorn está com mais de 8.000 lojas espalhadas, o que é a prova do sabor verdadeiramente único de Rob criou”, finalizou Nick Jonas.


Rob”/s popcorn, receita de família (Foto: Reprodução/Revista Masched)


O sucesso foi, logo de cara, apoiado por Priyanka, esposa de Nick Jonas, que, em 2019, durante a turnê com os Jonas Brothers, se tornou fã da comida.

“Rob aparecia com enormes sacos de lixo cheios de pipoca que fazia, e antes do final da noite eles iam embora. Não conseguimos o suficiente!”, contou. “Ver Nick fazer crescer esta marca nos últimos dois anos foi lindo, pois ele trabalha nisso com tanta paixão – e estou muito animada por ter ingressado no negócio da família, não apenas como investidora, mas também como colaboradora”, concluiu Chopra.  


Banda Jonas Brothers comendo Rob”/s Backstage Popcorn durante turnê (Foto: Reprodução/Site GTAWEEKLY)


Recentemente, a empresa lançou a Priyanka’s Mumbai Nigths, em uma edição especial em homenagem aos sabores de sua terra natal, fórmula que demorou quatro anos para ser aperfeiçoada.  

Nos últimos anos, Chopra abriu um restaurante com sede em Nova York (Sona), investiu no InnerChef e Olipop , enquanto Jonas investiu no Saucey, Snackpass, Magic Spoon. Para o casal, o interesse pessoal e a história familiar por trás da rede de pipocas é o mais importante, mostra um interesse genuíno e autêntico na marca.

“Temos grandes planos em andamento”, anunciou Jonas. “Definimos com o objetivo de ser a pipoca de crescimento mais rápido no país nos primeiros três anos de nosso lançamento no varejo e estamos comprometidos em ver isso acontecer. “Felizmente, já estamos superando nossas metas”, disse em entrevista.

E, de acordo com os levantamentos feitos pela Revista Forbes Brasil, os planos já estão a todo vapor, uma vez que a empresa acaba de anunciar a venda dos produtos nas lojas Albertsons e Safeway, além do próprio Walmart.

Foto destaque Nick e Joe Jonas – Reprodução/YouTube. 

Fintechs defendem igualdade econômica para mulheres

De acordo com dados obtidos pela revista Forbes Brasil, através do acesso à pesquisa realizada pela Oliver Wyman, os tradicionais serviços financeiros estão perdendo cerca de US$ 700bilhões (cerca de R$ 3,6 trilhões) por falta de atendimento e assistência ao público feminino.


Desigualdade de gênero e as dificuldades do sexo feminino no cenário financeiro. (Imagem: Reprodução/InfoMoney)


E é pensando nessa defasagem de atendimento que as fintechs lideradas por mulheres estão abrindo caminho para que mulheres de todo o mundo consigam ter o acesso, que é de direito, aos serviços financeiros, assumindo o controle de suas finanças, revertendo o quadro de sub-representação a que são submetidas.

Um exemplo de fintech que batalha a frente desta luta é a empresa Tala, que usa dados de smartphones para fornecer empréstimos às pessoas com pouco, ou nenhum, histórico de crédito. Ainda de acordo com os dados apresentados pela revista Forbes Brasil, dos mais de 7,5 milhões de clientes atendidos pela empresa, 58% são mulheres que vivem em países emergentes como Quênia, México, Filipinas e Índia.

Em entrevista, o fundador e CEO da Tala, Shivani Siroya, enfatiza o importante trabalho que está sendo desenvolvido.

“Estamos ajudando a melhorar a vida das mulheres no nível fundamental”, disse Siroya. “Isso cria ciclos de melhorias nas famílias e em outras áreas. Nossa equipe ajudou a melhorar a qualidade de vida de cerca de 76% da nossa cartela de clientes e 80% afirmam poder pagar grandes despesas, antes inimaginadas e, no centro de tudo isso, está a ideia de paz de espírito para as mulheres e a capacidade de elas viverem com mais confiança e controlando melhor suas vidas”, continuou.

Ainda de acordo com os relatórios obtidos pela empresa, a iniciativa da empresa aumentou a autoconfiança dos clientes; 58% das usuárias disseram experimentar uma melhora na tomada de decisões e 67% afirmaram ter alcançado mais independência financeira.

O estudo ainda mostra que o percentual obtido com o trabalho realizado por eles é muito maior que as estatísticas relatadas nos EUA, onde, de acordo com o Relatório Anual do Fundo de Emergência Bankrate, cerca de 57% dos adultos americanos não podem arcar com uma despesa de emergência de US$ 1 mil (RS 5,1 mil), o que gera um agravante direto e inevitável, a ansiedade financeira.

Tala ainda afirma que com a possibilidade de acesso a empréstimos digitais, 63% dos seus clientes relataram redução do estresse financeiro, ou seja, mais um saldo positivo defendido pela fintech, cujo objetivo principal é permitir que as mulheres tenham acesso às ferramentas financeiras

Seguindo na mesma linha de raciocínio, o aplicativo de gestão de dinheiro, Nav.it, criado e administrado por mulheres, objetiva capacitar financeiramente seus usuários, sendo 65% público feminino, utilizando do princípio de finanças comportamentais para o melhor aproveitamento da sua renda, partindo da premissa de que até 90% da renda de uma mulher volta para sua comunidade, uma forma de reciclagem financeira. 

A pauta defendida por ambas as empresas parece promissora, objetivando capacitar e ajudar mulheres a assumir o controle de seu futuro financeiro, oferecendo auxílio com as ferramentas certas e voltadas para elas.

 

Foto destaque: Sub-representação financeira das mulheres leva fintechs a impulsionarem igualdade econômica entre homem e mulher. Reprodução/Forbes Brasil/Andrey Popov/Getty Images.  

Saiba qual foi a previsão da audiência do Oscar em números

Em meio a cerimônia do Oscar que aconteceu ontem à noite (12), também foram analisados os números da premiação ao todo. A quantidade da audiência da receita do Oscar é resultada por parte do número de espectadores. A bilheteria foi resultada da soma da própria dos filmes indicados a Melhor Filme de 2023.

A expectativa era de que este ano a premiação atingisse um número maior em sua audiência, pois no ano passado houveram 16,6 bilhões de espectadores, que foi pouco em comparação com a quantidade alcançada em 2017, que havia atingido 32,9 bilhões, segundo a Nielsen. Ou seja, houve uma queda de cerca de 16 bilhões de espectadores de um ano para o outro dentro do período de 5 anos. A previsão de Especialistas consultados pela Forbes EUA é de que ontem a premiação tenha atingido um número mais elevado na audiência, se recuperando da queda anterior por conta dos filmes concorrentes.

O analista sênior de mídia da comScore, Paul Dergarabedian disse à Forbes Americana que, “Teoricamente, quanto maior a bilheteria geral bruta para o grupo coletivo de indicados a Melhor Filme, maior o interesse em ver a transmissão. Eu acho que isso é verdade”. Ele concluiu que a audiência da premiação tende a aumentar conforme as bilheterias dos filmes que foram indicados na categoria de “Melhor Filme”.


As bilheterias dos filmes no cinema influenciam em sua audiência no Oscar (Reprodução/Freepik)


E quanto a soma total da bilheteria das produções indicadas na categoria acima, o número foi de US$ 4,28 bilhões (R$ 22,29 bilhões). Esta quantidade representa as milhões de pessoas que foram ao cinema assistir aos filmes indicados e por isso é muito provável que elas quisessem saber se tais filmes iriam receber um troféu na cerimônia. O que explica a teoria do analista de mídia da comScore.

A repercussão do Oscar nas redes sociais é mais um dos motivos dos especialistas terem boas expectativas da audiência de ontem, nelas eles esperavam ter comentários dos usuários durante a transmissão.

Foto destaque: Audiência do Oscar tinha previsão de ser maior este ano. Reprodução/Adobe Stock.

Mulheres no topo: percentual de liderança feminina em startups aumenta quatro vezes em 2022

Mulheres têm ganhado projeção no mercado de startups. Segundo estudo realizado pela Efund, cerca de 13,7% de startups que buscaram investimento no equity crowdfunding eram geridos por mulheres. O número representa 4 vezes a procura do investimento em relação ao ano de 2021, que apresentou 3%. 

Igor Romeiro, CEO da Efund, afirma que mesmo os números apresentando uma maior participação das mulheres frente às startups, ainda é baixa em relação aos homens. O CEO acrescenta que as mulheres têm grande potencial de receber a mais por dólar investido, mas enfrentam dificuldades em um mercado que não busca apoiar e receber.

Além disso, o Romeiro falou sobre estudo feito pelo fundo de capital de risco First Round Capital, que mostrou que cerca de 63% das startups que melhor se desempenham no mercado são lideradas por mulheres. O  Boston Consulting Group, também realizou estudo na mesma vertente e mostrou que a cada dólar investido pelas mulheres em suas startups, há um retorno em sua receita de cerca de 2,5 vezes mais em relação aos homens. 


Empresas lideradas por mulheres apresentam mais lucros (Reprodução/ÉpocaNegócios)


O levantamento feito pelo  O Gender Gap Report 2022 (Relatório de Diferença de Gênero), analisou 146 países e identificou que os números de empreendimentos femininos aumentaram 41% ante aos números masculinos, que  cresceram cerca de  22%. Outra pesquisa realizada  Global Entrepreneurship Monitor em conjunto com Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), contabilizou cerca de 30 milhões de empreendimentos femininos, representando mais da metade de um total de 52 milhões de empreendimentos.  A faixa etária das empreendedoras é de 22 a 35 anos, elas investem principalmente em segmentos de alimentação, moda, estética e beleza.

Apesar dos números serem motivadores, as mulheres ainda enfrentam grandes desafios. Segundo levantamento do Layoffs Brasil, a pedido do O Globo, identificou que as demissões em cargos de lideranças atingem mais as mulheres (58%) do que os homens (41%).  Os números se tornam cada vez maiores quando se desce o nível do cargo. A pesquisa identificou que em contratação de níveis juniores o número corresponde a 61%, e 71% referentes ao cargo de estagiária.

Foto destaque: Mulheres representando líderes de négocios. Reprodução/PagBank.

Salários das mulheres podem ser afetados por inflação, entenda:

O BofA (Banco da América dos Estados Unidos) analisou que o salário feminino pode sofrer uma diminuição por conta da alta inflação atual no cenário. Esta situação poderá afetar a remuneração das mulheres, por conta delas ganharem quantias que não andam junto com a inflação.

Outro fator relevante que causa esta situação é a elevação dos preços de serviços e produtos vendidos no mercado, que não estão dando muita trégua nos últimos meses. Pela análise feita, também foi concluído que no último ano os salários por mês globais sofreram uma queda de 0,9% em média e as mulheres acabaram sendo mais afetadas, pois elas ganham entre 10% e 30% a menos do que o sexo masculino, segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT.

Além disto, as diferenças salariais foram ainda maiores para mulheres que estão nos grupos das minorias. A secretaria de estatísticas trabalhistas dos Estados Unidos revelou que as mulheres negras e latinas ou hispânicas tem tendência a ganhar menos que mulheres brancas, com base em dados do quarto trimestre de 2022. Em números exatos, no período a remuneração semanal em média das negras era de US$ 856 (R$ 4,43 mil) e das latinas ou hispânicas em média era de US$ 774 (R$ 4 mil), enquanto as brancas foram remuneradas com US$ 991 (R$ 5,13 mil) e os homens brancos com US$ 1.194 (R$ 6,18 mil).


Apesar de salários menores em geral, neste ano mulheres estão com salário um pouco maior (Reprodução/Freepik)


Mesmo com todos esses fatores, não se pode deixar de ressaltar que também há questões positivas sobre o salário feminino. Neste ano, mulheres estão ganhando salários em média 2% a mais do que ganhavam em 2022. Sem contar que a presença feminina em cargos importantes como gerenciais, legislativos e seniores teve um aumento de 5,4% e houve, também, um aumento de 6,7% em cargos técnicos dentro de apenas um ano, segundo relatou o Fórum Econômico Mundial (FEM).

O Governo Federal brasileiro criou o programa “Emprega + mulheres” a partir da Lei n° 14.457, de setembro de 2022. Ele tem o objetivo de visar a manutenção e inserção das mulheres no mercado de trabalho através da capacitação em áreas estratégicas, do apoio à paternidade e do retorno ao trabalho após o fim da licença maternidade.

Foto destaque: Remuneração de trabalho feminina pode sofrer com inflação. Reprodução/Rh Consultoria UFMG Júnior.

Brasil deixa de arrecadar R$ 410 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022

Em 2014, o Brasil perdia para o mercado ilegal cerca de R$ 100 bilhões, mas no último levantamento feito em 2022 esse número mais do que quadruplicou, chegando a R$ 410 bilhões segundo o Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).


Setor de Comércios é o mais prejudicado pelo comércio ilegal. (Reprodução/Pexels)


Segundo o levantamento, estima-se que a comercialização ilegal tenha resultado em uma perda de R$ 129,2 bilhões em impostos arrecados. Essa projeção é baseada na porcentagem tributária aplicável a cada produto, embora alguns casos apresentam dificuldades no cálculo dos valores. 

No Brasil, os cigarros podem sofrer uma tributação de até 90%, de acordo com o estado. O produto liderou o contrabando no país, tendo cerca de 162 milhões de maços confiscados ao longo do ano de 2022, de acordo com relatório aduaneiro anual da Receita Federal.

No entanto, ao ser levado em conta o volume financeiro, o dinheiro movimentado pelos cigarros no mercado ilegal no ano de 2022 foi equivalente a R$ 10,4 bilhões, valor considerado baixo em comparação com outras mercadorias.

De acordo com o FNCP, o setor de vestuário é o mais impactado em termos de volume, sofrendo perdas que chegam a R$ 84 bilhões, um aumento de 40% em relação ao ano de 2021.Em seguida estão as bebidas alcoólicas cujos desvios chegam a R$ 72,2 bilhões. 

Segundo o presidente do FNCP, Edson Vismona, as perdas não se limitam somente às questões econômicas, elas também afetam a competitividade da indústria nacional. Ao não pagarmos impostos em produtos ilegais, o ilegal fica mais barato provocando uma concorrência desleal que prejudica a geração de empregos formais para o povo brasileiro.

Dentre os setores mais afetados pelo mercado ilegal, destacam-se as bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões), combustíveis (R$ 29 bilhões), cosméticos e produtos de higiene pessoal (R$ 21 bilhões), defensivos agrícolas (R$ 20,8 bilhões), TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões) e cigarros (R$ 10,5 bilhões).

 

Foto destaque. Mostruário de roupas.(Reprodução/Pexels)

Vale e Petrobras registram nove dos dez maiores lucros anuais da história

A média dos dez maiores lucros empresariais da história é de R$ 72,26 bilhões e foram, em sua maioria, registrados pela Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4). O levantamento feito pelo diretor da plataforma TradeMap e divulgado pela Forbes Brasil mostra que nove dos dez registros foram feitos pelas duas empresas e a listagem aumenta ainda mais, se pegarmos o ranking com as 15 empresas.


Ranking de empresas brasileiras com os maiores registros de lucros anuais (Foto: Reprodução/Forbes Brasil)


Ainda de acordo com a Forbes, os lucros de Vale e Petrobras nos últimos dois anos são os responsáveis pelo aumento da média, uma vez que 6 das 15 posições do ranking apresentaram lucros entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões.

Das dez primeiras posições, seis são ocupadas pela Petrobras e três pela Vale, diversificando a listagem apenas na décima colocação, posição ocupada Banco do Brasil (BBAS3), que em 2022 teve uma receita de lucro anual na casa dos R$ 31,01 bilhões.

A disputa do primeiro lugar estava acirrada, até a Petrobras bater recorde no último ano, tomando o primeiro lugar que era da Vale. No ano passado, a petroleira lucrou R$ 188,3 bilhões, enquanto que a mineradora teve um lucro R$ 121,2 bilhões em 2021, cerca de R$ 26,2 bilhões a mais que o ano passado.

Nos dois últimos anos, as duas empresas registraram valores próximos ou acima de R$ 100 bilhões, o que pode ser explicado pela valorização do mercado internacional, que beneficiou a mineradora em 2021, com os preços do minério de ferro e em 2022 a beneficiária foi a petroleira, que contou com o mesmo cenário de valorização em cima de sua matéria prima.

Por mais que Petrobras apareça com frequência no levantamento feito pela TradeMap, os lucros registrados não são contínuos, começamos com os registros de 2008, 2009, 2010, 2011 depois temos um salto para 2019, 2021 e 2022. O mesmo acontece com a Vale, que aparece na lista com o lucro dos anos de 2010, 2011, 2020, 2021 e 2022. 

 

Foto destaque: Petrobras e Vale dominam listagem de maiores lucros anuais de empresas listadas na bolsa de valores brasileira – Reprodução/Forbes Brasil/GettyImages