Conheça Duran Lantink: o novo diretor criativo da Jean Paul Gaultier

A maison Jean Paul Gaultier apresentou Duran Lantink como seu novo diretor criativo, nesta terça-feira (15/4), dando sequencia à movimentação já conhecida de cargos criativos no mundo da moda. A grife francesa está retomando a sua linha prêt-à-porter— literalmente, “pronto para vestir”, referindo-se a roupas que não são sob medida ou são de departamento — ao invés de focar apenas em alta costura, depois de 10 anos fazendo isto.

Ousadia e alegria

Duran Lantink, que tem sua ousada e já consagrada marca homônima, ficará à frente da linha prêt-à-porte da JPG e também comandará a linha de couture, que é uma linha mais nobre em relação a materiais e manualidade. Lantink divulgou que vai suspender a marca própria para não comprometer a qualidade devido a sua atenção estar voltada à JGP, e voltará quando estiver pronto e confiante. Ele postou no Instagram da própria label uma foto sua usando a sua primeira roupa da marca francesa, aos 11 anos, para celebrar a nova etapa.


Duran Lantink faz postagem celebrando e agradecendo por sua entrada na maison Jean Paul Gaultier (Foto: reprodução/Instagram/duranlantinkyo)


Nascido na Holanda em 1988, Duran Lantink lançou a primeira coleção de sua grife homônima em 2016, já vestiu ícones da música como Beyoncé, Janelle Monáe e Billie Eilish. A grife se divide entre Paris, na França, e Amsterdã, no país natal dele. O artista é conhecido por seu espírito audacioso e brincalhão, sua estética mistura estampas, cria silhuetas tridimensionais e usa conceitos de desconstrução. Reaproveitamento, colagens e combinações de peças são ferramentas de seu trabalho.

Entre suas diversas premiações, Duran foi vencedor em março deste ano, do International Woolmark Prize, premio concedido a quem demonstra inovação e experimentação e que conta com ninguém menos que Donatella Versace como presidente do júri. Também recebeu 200 mil euros e um ano de mentoria, ao vencer o Karl Lagerfeld Special Prize em 2024, que é direcionado a jovens designers de moda. Em 2023, o  Andam Special Prize, destinado a reconhecer e apoiar talentos emergentes da moda, concedeu 100 mil euros a cada um dos dois vencedores, entre eles Duran Lantink, ao lado de Ester Manas.


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Desfile da coleção de outono/inverno 2025/26 da Duran Lantink (Foto: reprodução/Victor VIRGILE/Getty Images Embed)


Viral

Um feito recente do estilista foi viralizado, na apresentação da coleção de outono-inverno 25/26 da sua grife. O desfile com pegada maximalista e comica, contou com elementos inusitados: duas próteses de peitos usadas pelos modelos que abriram e que fecharam a mostra (um par de seios femininos e um peitoral masculino); modelos com nádegas visíveis através de recortes na parte de trás de suas calças; e calças jeans “extra corpóreas”, algo difícil de se imaginar até vê-la. “Faremos o que diabos quisermos porque somos livres”, citou o estilista em sua fala para o portal WWD.

Em setembro, Duran Lantink fará sua estreia no prêt-à-porter da Jean Paul Gaultier. Será na Semana de Moda de Paris, com coleções femininas para o verão-primavera 2026. Mais pra fente, em janeiro de 2026, fará o debut na alta-costura.

Foto Destaque: Backstage do desfile de Duran Lantink – outono/inverno 2025 (Reprodução: WWD/Getty Images Embed)

Como Miley Cyrus moldou seu estilo ao longo de sua evolução artística

Miley Cyrus, de 32 anos, é conhecida pela sua personalidade sem filtros e pelo estilo moderno. Ao longo dos anos, a cantora se destacou pelo seu amadurecimento estético. De Hannah Montana à era Bangerz, e agora com o lançamento de Something Beautiful, Miley mantém um dilema: ela não tem medo de se reinventar.

Com seu novo álbum a caminho, por que não relembrar os estilos mais marcantes que definiram suas eras e consolidaram seu nome como um dos mais autênticos da cultura pop?

Hannah Montana: a era Disney (2006–2010)

Miley deu os primeiros passos da carreira no seriado “Hannah Montana”, fenômeno da Disney que a tornou mundialmente conhecida. O visual refletia o auge da estética dos anos 2000: jeans de cintura baixa, botas brilhantes, jaquetas coloridas e muitos acessórios. Seu estilo era vibrante, jovial e cheio de brilhos, refletindo o universo adolescente da personagem que vivia uma vida dupla como estrela pop.


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Miley Cyrus como Hannah Montana em “Best of Both Worlds” Tour (Foto: Reprodução/Kevin Mazur/AFP/Getty Images Embed)


“Can’t Be Tamed” (2010): o início da ruptura

Em 2010, Miley começou a romper com a imagem infantil construída na Disney. O álbum Can’t Be Tamed trouxe um visual mais sombrio e ousado, com predominância de preto, couro, transparências e penteados estruturados. Os cabelos castanhos e o olhar marcado indicavam que a cantora estava pronta para uma nova fase mais sensual e independente.


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Miley Cyrus apresenta “Can’t Be Tamed” em Madrid (Foto: reprodução/Fotonoticias/AFP/Getty Images Embed)


Essa era marcou o primeiro passo de Miley na construção de sua identidade artística fora da bolha teen.

“Bangerz” (2013): o momento em que Miley dominou o pop

O álbum Bangerz marcou uma virada radical na trajetória de Miley, consolidando sua transição para uma nova fase artística e colocando seu nome no centro da cena pop. Musicalmente, uniu pop com hip hop e R&B, e visualmente apostou em roupas ousadas, cortes de cabelo curtos e loiros e cores neon. A apresentação no VMA 2013 ao lado de Robin Thicke ficou para a história – Miley surgiu com trajes curtos, popularizou o twerking e deixou claro que não havia volta para sua antiga era.


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Miley Cyrus na Bangerz Tour (Foto/ reprodução/David Becker/AFP/Getty Images Embed)


Essa fase foi marcada por figurinos marcantes, muito glitter, látex, e rebeldia em relação à crítica e aos padrões do pop feminino.

“Younger Now” (2017): retorno às raízes

Com influência do country e do rockabilly, ela adotou um estilo marcado por vestidos de pegada vintage, jaquetas com franjas, estampas clássicas e botas no estilo cowboy. O cabelo loiro natural e a maquiagem mais suave refletiam a reconexão com suas origens no Tennessee e com sua família.


Miley na era “Younger Now” (Foto: Reprodução/X/@MileyRevoBR)


Musicalmente, a era também foi marcada por composições mais suaves e introspectivas.

“Plastic Hearts” (2020): a era glam rock

Com Plastic Hearts, Miley mergulhou no universo do glam rock e do punk, homenageando nomes como Joan Jett e Billy Idol. A estética era marcada por roupas de couro, mullets platinados, maquiagem intensa e figurinos com brilho metálico. Correntes, luvas, botas e jaquetas com tachas tornaram-se peças-chave no guarda-roupa da cantora durante essa era.


Miley Cyrus se apresenta para a era “Plastic Hearts” (Foto: Reprodução/X/@themileypost)


Essa foi uma fase de consolidação artística, com críticas positivas e colaborações de peso. O estilo combinava intensidade emocional com uma energia explosiva e visualmente marcante.

“Something Beautiful” (2025): elegância dramática

A nova era, Something Beautiful, prevista para 30 de maio de 2025, marca uma virada mais refinada na estética de Miley. Descrita como uma “ópera pop cinematográfica”, a sonoridade une emoção e sofisticação. Na capa do álbum, a cantora aparece com um cocar de cristais da icônica marca Thierry Mugler, um símbolo de elegância que define essa fase.


Miley Cyrus em “Something Beautiful” (Foto/ reprodução/X/@mileycyrus)


O clipe da faixa-título aposta em uma direção de arte elaborada, figurinos de alta costura e fotografia marcante. O visual combina peças elegantes com uma carga dramática, e reflete a maturidade artística e emocional que Miley atinge nessa nova fase.


O clipe de “Something Beautiful” já está disponível. (Vídeo: reprodução/YouTube/Miley Cyrus)


Se nos anos 2000 Miley Cyrus era vista como um símbolo teen criado pela Disney, hoje ela se firma como uma das artistas mais autênticas, versáteis e ousadas da música pop. Something Beautiful promete ser o ponto alto dessa trajetória: um encontro entre a refinação sonora e a liberdade criativa que sempre definiram sua identidade artística.

Foto Destaque: Miley Cyrus (Reprodução/X/@mileycyrus)

Dior transforma o Pavilhão da França em uma odisseia de moda na Expo 2025 de Osaka

Com um olhar voltado para o futuro e os pés firmes na tradição, a Dior confirma sua participação na Expo 2025 de Osaka como protagonista da Pavilhão da França, trazendo à tona uma odisseia sensorial que combina arte, tecnologia e moda.

A Expo 2025 de Osaka será palco de um espetáculo de criatividade quando a Dior apresentar sua proposta para o Pavilhão da França. Sob o tema “A odisseia de uma gota de água”, o espaço reunirá elementos que representam a identidade francesa e os valores da Maison. A colaboração promete unir alta-costura, sustentabilidade e inovação tecnológica em uma experiência sensorial inédita, conectando o público global às narrativas visuais e emocionais que definem a marca.

Dior celebra o savoir-faire francês com inovação e sensibilidade

A Maison pretende usar o pavilhão como uma vitrine da excelência artesanal e da herança francesa. Os elementos icônicos da Dior, como o New Look e os jardins de Granville, serão reinterpretados por meio de instalações artísticas e com recursos tecnológicos de ponta, criando um ambiente onírico que homenageia a trajetória da marca desde Christian Dior até Maria Grazia Chiuri.


Uma homenagem a identidade francesa (Foto: reprodução/Instagram/@dior)


Ao mesmo tempo, a proposta se ancora em uma temática contemporânea, com os compromisso e com a sustentabilidade, o uso dos consciente de recursos naturais. A gota d’água é um símbolo central do pavilhão, e representa não apenas a fluidez e transformação, mas também a urgência de repensar o futuro da moda em tempos de crise climática.

Moda como linguagem universal na Expo 2025

A participação da Dior reforça o papel da moda como expressão cultural e linguagem capaz de conectar diferentes povos. A instalação promete dialogar com públicos diversos por meio da emoção, do simbolismo e da beleza estética, valorizando o intercâmbio cultural promovido pela Expo de Osaka.


Maison orgulhosamente com o seu legado na Expo 2025 de Osaka (Foto: reprodução/Instagram/@dior)


A curadoria da experiência foi pensada para despertar sensações e reflexões, com ambientes que transportam os visitantes para diferentes universos do ateliê parisiense à natureza simbólica que inspira as coleções da Maison. A narrativa propõe uma viagem poética, onde cada detalhe revela a força do imaginário Dior em uma escala global.

Com sua proposta para a Expo 2025 de Osaka, a Dior não apenas reafirma seu status como referência global em moda e arte, mas também mostra como tradição e inovação podem caminhar lado a lado. A Maison transforma o Pavilhão da França em uma experiência imersiva e sensível, reafirmando o poder da moda como instrumento de expressão, conexão e transformação.

Foto de destaque: Coleção da Dior na Expo 2025 de Osaka (Reprodução/Instagram/@dior)

Clássicas sandálias dos anos 2000 ressurgem na onda fashion nostálgica de 2025

A nostalgia de uma década contagiou 2025, o estilo dos anos 2000 segue atraindo os holofotes. Paris Hilton e outros ícones fashion da época fizeram história na moda e voltam a ser referências máximas para a montagem de um visual que transita entre sedução, minimalismo, glamour despreocupado e uma dose de imprudência, típica dos anos 2000.

Antes das plataformas digitais se tornarem uma enciclopédia de trends, a moda era influenciada pelos cliques dos paparazzis, por postagens espaçadas nas insurgentes redes sociais, pela crescente dos reality shows e por videoclipes de divas pop como Britney Spears.

A combinação das calças de cintura baixa com as blusinhas curtas com logomarcas famosas pediam calçados que não pesasse o look, e sim, revelasse a patricinha que havia dentro de cada fashionista da época.

Uma abordagem mais despretensiosa e boêmia levava às sandálias abertas com plataforma de madeira, de plástico e de cortiça, usadas com calça ou saia, passando pelos chinelos de salto metalizados e os transparentes. Tudo isso perfeitamente complementado com acessórios minimalistas, e um especial: as câmeras digitais cyber shot.

Algo ficou claro nos anos 2000: a moda é para brilhar! Essa temporada deixou para trás a modéstia da década anterior, assim, os modelos de calçados flat e os saltos despretensiosamente chiques se flexibilizaram entre looks casuais ou formais. O legado é honrado hoje nas composições com calças largas e jeans skinny rasgados representando de forma bem fiel a onda Y2K.


Desfile de primavera/verão da Diesel em Milão 2025 (Foto: reprodução/shop.diesel/wwd.com)


Sandálias invisíveis

Sinônimo de atitude e sensualidade, uma versão moderna do sapatinho de cristal e teve até música funk embalando essa moda, “Vem pepita”, de MC Ricardo. Marcas como Dolce & Gabbana e Stella McCartney as incluíram em suas coleções, na atual temporada é uma grande aposta para um visual fiel à estética Y2K.


Sandália da coleção Alaïa WS25 por Piotr Müller (Foto: reprodução/Anthony Seklaoui/Instagram/@maisonalaia)


Chinelo de salto

Sandálias conhecidas como chinelos de salto marcaram a moda “patricinhas de Beverly Hills”. De volta, acrescentam um toque vibrante e jovial ao look.


Chinelo plataforma em animal print da Schutz (Foto: reprodução/schutz.com)


Chinelo plataforma

Retornou com tons neutros e acabamentos em couro para combinar com blusas delicadas. Teve seu auge na onda ‘surf wear’, brilhando muito nos pés das adolescentes em suas voltinhas no shopping da cidade.


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Chloé: Semana de Moda de Paris – Outono/Inverno 2024-2025 (Foto: reprodução/Stephane Cardinale – Corbis/Getty Images Embed)


Sandália plataforma

Impulsionadas por marcas como a Chloé, moldaram uma geração e é um dos modelos mais importantes do momento, inclusive agregam à também latente estética ‘boho’. Se destaca pela pegada boêmia, perfeito para usar com jeans largos em passeios pela cidade.

Foto Destaque: “/sandália invisível”/ da coleção primavera/verão 2025 da Diesel (Reprodução/shop.diesel)

Dior apresenta coleção em Kyoto com homenagem à cultura japonesa

A Dior levou sua coleção Pre-Fall (“pré-outono”, em tradução) deste ano para o coração do Japão, com um desfile no templo budista Tō-ji, em Kyoto. Sob a criação de Maria Grazia Chiuri, o desfile aconteceu nesta terça-feira (15), mostrando a mistura entre tradição com um toque moderno e único da marca, apresentando uma coleção inspirada na estética japonesa, misturada com os elementos clássicos da Dior.

Fusão oriental e ocidental

O tão esperado desfile da Dior aconteceu em Kyoto, no Japão, na temporada das flores de cerejeira, intencionalmente escolhido por ela para marcar o tom simbólico da apresentação. Os looks foram desfilados no templo budista da cidade, diante da arquitetura milenar, para representar um contraste entre o passado e o presente. A escolha do local não foi por acaso: Kyoto é conhecida como guardiã das tradições japonesas e o Tō-ji patrimônio que representa a arte do país.


Desfile Pre-Fall da Dior (Video: reprodução/Instagram/@dior)


A coleção trouxe variações do quimono tradicional, combinado com cortes modernos e fundido em peças ocidentais. Chiuri também incorporou técnicas artesanais nipônicas, como o sashiko (bordado tradicional) e o boro (remendo com tecido), em casacos e sobreposições. Já a paleta de cores apareceu em tons sóbrios, preto, cinza, bege e branco, com alguns detalhes em cores mais vivas em floral, na intenção de manter a tradição imperial com a mistura do estilo urbano.

Alguns convidados especiais também compareceram para prestigiar o desfile, como a amiga de Maria Grazia Chiuri, Sophie Marceau, e a embaixadora da Dior, Miki Nakatani Offiziell, que estava junto a atriz japonesa Kaya, ambas usando looks da nova coleção, e Ryusei Yokohama, também embaixador da marca.


Convidados que prestigiaram o desfile Dior Pre-Fall (Foto: reprodução/Instagram/@dior)


Críticas do desfile

Apesar da beleza da cerimônia e da execução impecável, a coleção recebeu várias críticas. Especialistas elogiaram o respeito à cultura japonesa e a escolha do local, mas apontaram uma certa repetição criativa nas últimas apresentações da estilista. Em fóruns de moda, muitos discutiram se a abordagem de Chiuri centrada em homenagens culturais ainda conseguiria ser sustentada para as próximas coleções.

Ainda assim, o desfile mostrou como a Dior valoriza o trabalho artesanal de outras culturas, também mostrando ao mundo elementos de outros povos, como a espiritualidade e delicadeza japonesa em sua nova coleção.

Foto destaque: Coleção Pre-Fall 2025 da Dior (reprodução/Instagram/@dior)

Lady Gaga e Lisa extravasam em looks no Festival Coachella

Charli xcx, Missy Elliott e Lisa se apresentaram no primeiro fim de semana do Coachella 2025, realizado na Califórnia. Além de perfomances extravagantes, as artistas abriram mão do simples e entregaram looks memoráveis. O festival que acontece todo ano, termina neste domingo (20) e pode ser acompanhado ao vivo pelo canal de mesmo nome no YouTube.

O principal destaque do festival é Lady Gaga, que se apresentou na sexta-feira (11) e retorna aos palcos na próxima sexta-feira (18). A cantora já popular por sua roupa feita de carne crua em 2010, exibiu hits do passado e as canções do seu novo álbum “Mayhem” com o apoio de roupas já icônicas, abrindo o show com um vestido enorme na cor vermelha, desenhado por Sam Lewis. A americana trocou de figurino ao longo das músicas. Em “Paparazzi”, por exemplo, vestiu Manuel Albarran, um vestido curto com capa envolvido em uma armadura prateada em ombros e braços. 


             Lady Gaga dá show com voz e figurinos (Foto: Reprodução/Instagram/@justjared)


Répteis no Coachella 

A integrante do BLACKPINK, Lisa, foi a primeira artista de K-Pop a se apresentar no Oscar e marcou presença no Coachella vestindo um traje animalesco, que imita a pele de répteis, lembrando uma vilã alienígena de Power Rangers. A cantora, que no momento está em carreira solo, assim como outras artistas do grupo, performou “Thunder“, música de seu álbum de estreia. A malha é de autoria do estilista Asher Levine, conhecido por usar couro criado em laboratório para suas produções, ou seja, o material apenas imita a pele de bichos, sem matar ou utilizar de produtos de origem animal para suas roupas. 

Além deste look, Lisa usou outros também desenhados por Levine, um azul com tentáculos e luzes fluorescentes e outro completamente preto, com direito a um sobretudo que se arrastava pelo chão. Para estes modelos, Levine se inspirou em vilões de anime e ciborgues. 


                   Troye Sivan apoia causa trans (Foto: Reprodução/Instagram/@connerives)


A pirralha mais querida 

A sensação de 2024, a palavra do ano, o “Brat” da britânica Charli xcx agitou os palcos do evento com o carro-chefe “Girl, so confusing“, ao lado da cantora Lorde. Para a apresentação, a dona do álbum apostou em um short curto, sutiã e uma camisa aberta, em um figurino all black, com cintos e correntes de acessórios. A parceira Lorde foi bem casual, usando uma camiseta cinza. Alguns fãs brincaram nas redes, dizendo que é o tipo de roupa que eles usam para buscar o delivery

O amigo de longa data, Troye Sivan, cantou “Talk Talk” ao lado da diva. Difrente do costume, com seus ternos elegantes, o loiro foi sútil na aparência, mas voraz na mensagem. Utilizando uma camiseta com a frase “Protect The Dolls“,”Proteja as bonecas” em tradução livre. 

A roupa faz parte da coleção do designer Conner Ives, como parte de uma campanha para arrecadar fundos ao serviço de atendimento telefônico para pessoas trans, o Translifeline. A iniciativa vai contra o discurso do atual presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem intensamente aplicado políticas contra a comunidade trans. Bonecas é um termo que se refere a mulheres trans, surgido nos anos 1980 nos salões ballroom. 

Foto destaque: Lady Gaga canta Perfect Celebrity (Reprodução/Youtube/Coachella)

Fabricantes chineses colocam em xeque a origem das bolsas de grife

Nas últimas semanas tem viralizado vídeos nas redes sociais de fabricantes chineses revelando que bolsas de grife, como as famosas Birkins da Hermès, seriam produzidas na China por valores em torno de R$ 8.000 e, posteriormente, receberam selos dos países em questão para serem vendidas por mais de R$ 200.000 nas lojas oficiais. A denúncia gerou questionamentos sobre a real origem desses produtos e abalou a confiança de muitos consumidores sobre a autenticidade e exclusividade, como a da Hermès.

Chineses colocam a acusação à prova

A Hermès, conhecida por sua produção artesanal e exclusividade, sempre defendeu que suas bolsas são feitas na França por artesãos altamente qualificados, que levaram anos para dominar a técnica. Cada peça, segundo a marca, é produzida por um único artesão do início ao fim, garantindo a qualidade e a singularidade do item. A marca também afirma que o couro utilizado vem de fazendas próprias e que os metais são desenvolvidos somente para suas coleções, e a maioria de seus posts no Instagram é sobre como as peças são feitas à mão.


Matérias e criação de bolsa Hermès (Foto: reprodução/Instagram/@Hermès)


No entanto, na última semana, alegações vindas de um empresário chines, conhecido por Sen Bags e famoso por suas fabricações impressionantes de bolsas de marcas, apontam para uma prática preocupante, pois segundo ele parte do processo de fabricação poderia estar sendo terceirizado para ateliês asiáticos algo que, apesar de não ser ilegal, levanta discussões éticas e comerciais, sobretudo quando o selo de origem é parte central da identidade da marca. Vale lembrar também que essa discussão começou a ser levantada agora pelo país asiático, depois do desentendimento com os EUA sobre as taxas de importação exorbitantes para ambos os países.


Sen Bags explicando sobre fabricação da Birking e valor (Video: reprodução/Instagram/@senbags)


O selo “Made in” e o marketing do prestígio

A legislação da União Europeia permite que produtos recebam o selo de um país, mesmo que nem 100% da produção seja do local, basta que o “último processo substancial” seja feito naquele país. Isso abre margem para que empresas fabriquem partes de seus produtos em outros países, como a China, e apenas finalizem na Europa, mantendo o selo europeu.

Embora isso não viole leis, fere o sentimento de autenticidade que muitos clientes veem em grifes de luxo, já que vendem esse estilo de vida, bolsas como a birkin, por exemplo, tem uma lista de espera para se conseguir, pois segundo a maison, são poucas fabricações, e isso as fazem únicas.

Foto Destaque: bolsas Birkins Hermès (Reprodução/Instagram/@hermes)

Camisetas com frases são destaque na SPFW

Peça popular em lojas de departamento, as camisetas com frase subiram na passarela da 59ª edição do São Paulo Fashion Week na última quarta-feira (9), assinadas por grandes nomes, como a Piet e a LED. Até a Normando, que apostou em pouca silhueta e cortes volumosos com realce nos ombros, trouxe o estilo com a camiseta estampando o nome da coleção “Chove nos Campos de Cachoeira”, que também é título do primeiro romance do escritor paraense Dalcídio Jurandir. 

As roupas também referenciam a televisão, como a LED, que brincou ao usar a frase “Vale Nada”, menção a novela da Rede Globo. No encerramento, a label de Pedro Andrade entrou no campo do Pacaembu fazendo alusão a momentos históricos do futebol, em uma das peças, o jogador Mario Balotelli foi citado com sua famosa frase “Por que sempre eu?”, impressa em uma camiseta de mangas longas com faixas em vermelho. 


Desfile da Piet no Pacaembu encerrou o evento (Foto: reprodução/Instagram/@spfw)


Primeira-dama do Brasil entra na tendência

Janja Lula da Silva, a primeira-dama do país, esteve presente no desfile da grife Reptilia. Para assistir ao evento, a socióloga vestiu uma camiseta com a frase “A vida presta”, fala da atriz Fernanda Torres, que teve bastante repercussão após ela fazer um vídeo nas redes sociais comemorando a indicação ao Globo de Ouro 2025, a fala foi repetida na vitória da atriz e se tornou parte do vocabulário das pessoas e até virou nome de bloco de rua no Carnaval de São Paulo. 

O stylling da estilista Heloisa Strobel, fundadora da Reptilia, se inspirou na geologia para produzir o vestuário, com tons terrosos para remeter a areia e a terra, cores azuis para os minerais e até o uso de resíduos têxteis são bem-vindos para contar a história. A marca visa como objetivo o desperdício zero e o slow fashion, para isso, Strobel faz pesquisa sobre matérias-primas e fornecedores que tenham o impacto menos agressivo no ambiente. A proposta da marca foi demonstrada na narrativa do desfile.


Primeira-dama Janja em desfile da Reptilia (Foto: reprodução/Instagram/Will Dias/Lucas Ramos/Sitesodapop)


“Embuste” era a moda

As camisetas com frases, nomes de marca ou apenas uma palavra são populares desde o final do século passado, e estiveram em alta pela última vez entre 2017 e 2019. Quem se lembra de “Embuste” ou “Ranço”? As peças tinham inspirações em memes e conteúdos das redes sociais, do mesmo modo que faziam alusão a letras de músicas e personagens da cultura pop, como o “Bazinga!” da série “The Big Bang Theory”.

Os fashionistas chegam a ironizar a peça, que estava fora de mão há um tempo, com o uso autoconsciente, o exagero da “breguice” considerada pela atual geração Z, chamada de “camp” (termo em inglês que significa expressão pessoal exagerada), é uma forma de se expressar entre os nascidos entre o final dos anos 1990 e 2010.

Foto Destaque: “Vale Nada” se inspira na logo de “Vale Tudo” (Reprodução/Agfotosite)

Revolução na moda: Duran Lantink assume direção criativa da Jean Paul Gaultier

Os boatos se tornaram realidade: o designer holandês Duran Lantink é o novo nome por trás da direção criativa da icônica Jean Paul Gaultier. A decisão marca um novo início de uma nova era para a grife, que aposta na criatividade consciente para manter sua identidade vanguardista.

A confirmação de Duran Lantink como o novo diretor criativo da Jean Paul Gaultier movimentou o mundo da moda essa madrugada de terça-feira. Conhecido por seu trabalho com reaproveitamento de materiais e sua crítica ao consumismo desenfreado, Duran representa uma nova geração que entende de moda como uma ferramenta de transformação estética e social.

Reinventando a tradição

Jean Paul Gaultier sempre foi sinônimo de provocação criativa e liberdade estética. A chegada de Lantink reforça esse DNA ao mesmo tempo em que adiciona uma nova camada de consciência ambiental e social. O estilista se destaca por transformar roupas descartadas em peças de alta-costura, desafiando a lógica da produção em massa.


Algumas produção do Diretor Criativo Duran Lantink (Vídeo: reprodução/Instagram/@duranlantinkyo)


A sua estética, que mistura sarcasmo visual com sofisticação descontraída, promete reinventar a Maison sem apagar suas raízes. Lantink entende que provocar não é apenas sobre a estética, mas sim sobre impacto de algo que combina perfeitamente com a filosofia de Gaultier.

Propõe uma nova moda

Lantink não é um nome escolhido ao acaso, suas coleções anteriores já chamaram atenção por abordarem temas como desigualdade, exclusão e consumo consciente. Com ele, a Jean Paul Gaultier caminha para um reposicionamento ainda mais engajado, usando a passarela como espaço de debate e expressão.


Diretor Criativo Duran Lantink Fall/winter 2000 25 (Vídeo: reprodução/Instagram/@duranlantinkyo)


A expectativa é que suas criações tragam à tona questionamentos relevantes, sem abrir mão da irreverência e teatralidade que consagraram a marca. O novo ciclo promete desfiles que são mais do que apresentações da moda, são manifestos visuais.

Resgata a moda com identidade

Em um cenário onde muitas marcas apostam no seguro, Jean Paul Gaultier escolhe se arriscar. A entrada de Lantink sinaliza a busca por sua autenticidade, criatividade sem filtros e moda com propósito. Ele representa uma voz forte em um momento de grandes mudanças no setor. Com o holandês no comando, a Maison pode resgatar sua essência original a de chocar, emocionar e inspirar, agora com ainda mais consciência e representatividade. Lantink traz um frescor necessário para manter a marca relevante no cenário contemporâneo.

A escolha de Duran Lantink não é apenas um acerto criativo, mas também uma aposta corajosa no futuro da moda. Ao unir o passado rebelde de Jean Paul Gaultier com uma visão inovadora e responsável, o novo diretor criativo promete redefinir os caminhos da alta-costura.

Foto de destaque: Duran Lantink assume como novo diretor criativo da Jean Paul Gaultier (Reprodução/Instagram/@jeanpaulgaultier/@duranlantinkyo)

Cinto é considerado o novo truque de estilo que está conquistando o outono

Às vezes, tudo o que um look precisa para ganhar vida é um detalhe que pode ser extravagante ou simples a depender do que o visual pede, e neste outono, o detalhe coringa queridinho das fashionistas é o cinto, mais precisamente por cima da terceira peça.

Cintos Office

Esqueça o uso tradicional dos cintos nos passantes da calça. Agora, a ideia é colocar o acessório na altura da cintura, por cima de blazers, suéteres ou até camisas, trazendo uma personalidade sofisticada, profissional e até casual.

Cintos de couro são uma boa pedida para quem gosta de usar terninhos ou alfaiataria para o visual de trabalho. Isso porque a grande presença que o couro traz se ameniza com o caimento e tecido dessas peças.


Terninho com cinto de couro (Foto: reprodução/ Israa Saiid/ Pinterest Embed)


Além de versátil, essa proposta se encaixa em diferentes ocasiões. Do look de escritório ao visual para um passeio no fim de semana, o cinto é ponto-chave para dar a feminilidade desse estilo.

Peças clássicas do outono, como suéteres e lã, também ganham vida quando colocado um cinto na altura certa, principalmente porque essas peças costumam ter grande volume e a estrutura que esse truque dá, desperta a sensualidade de uma silhueta bem marcada, sem vulgaridade.


Sueter com cinto na cintura (Foto:reprodução/Carrier bradshaw/ Pinterest Embed)


Estilo leve e descontraído

A habilidade da época do outono em ter dias frios, mas também frescos, possibilita que o truque ainda possa ser adaptado e roupas mais leves.

Uma camisa básica combinada com saia midi já ganha um novo ar com o cinto posicionado por cima da blusa, criando uma produção elegante e prática. Vestidos também entram na seleção de peças que combinam os cintos na cintura, e estilistas como Alexander McQueen incorporaram isso a suas criações.


Coleção Alexander Mcqueen (Foto:reprodução/ Instagram/@alexandermcqueen)


O mais legal desse truque é sua facilidade de aplicação e o poder de transformar peças que já temos no armário. Ao investir em um cinto diferenciado, seja pela cor, fivela ou textura, você multiplica as possibilidades do seu guarda-roupa sem precisar de grandes compras.

Foto destaque: Cinto por cima de peças de outono (Reprodução: buerybrand/moda na prática/Pinterest Embed)