Através de uma advogada, os trabalhadores da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), informou que fez um requerimento solicitando uma auditoria sobre as vendas da Petrobrás nos últimos sete anos. Segundo Raquel Sousa, “É necessário e urgente que sejam investigadas todas as vendas de ativos da estatal ocorridas entre 2016 e 2022. Há muitas negociações suspeitas, com casos escandalosos de venda do patrimônio da Petrobras a preço vil”.
A advogada do sindicato afirmou que o requerimento foi entregue ao presidente da estatal, Jean Paul Prates. As vendas suspeitas começaram durante o governo de Michel Temer, e se intensificaram durante a gestão Bolsonaro.
Raquel destaca as falhas na venda da BR Distribuidora, durante o governo de Jair Bolsonaro. “A Petrobras vendeu o controle acionário da BR na bolsa de valores disfarçada de uma simples venda de ações, cujo resultado foi receber um valor aviltante”.
Bomba de gasolina (Reprodução/ Pixabay)
Durante o último governo foram vendidos 54 ativos da Petrobras. O valor arrecadado chega a 175 milhões de reais.
A advogada também destaca que, o fato da Petrobrás ter vendido duas subsidiárias de gás deixou o país dependente do aluguel de dutos. “Hoje, a Petrobras é refém da Brookfield e Engie, donas da NTS e da TAG, respectivamente. Elas ditam o preço de quanto vão cobrar para transportar o gás da estatal. É um negócio da China e que não tem qualquer justificativa do ponto de vista financeiro”.
Por último, Raquel Sousa destaca a venda da Petroquímica Suape, no governo Temer. “Foi uma sabotagem. A estatal teve um prejuízo grande com esse negócio, gastou bilhões para construir a unidade e não recebeu um tostão de volta”.
A advogada está bem segura da apuração entregue com o requerimento. Os petroleiros pretendem que a auditoria consiga reverter as vendas irregulares e punir todos os envolvidos.
Foto Destaque: Petrobras. Reprodução/ Instagram