Os efeitos da pandemia na saúde mental de crianças e jovens pode ser maior que o esperado e perigosos. Isso é o que aponta um relatório produzido pela comissária da Irlanda do Norte, Koulla Yiasouma, com respostas de 4.385 jovens, chamado de A new and Better Normal (Um Novo e melhor Normal). Os principais pontos levados em consideração foram a educação, saúde física, mental e bem-estar.
Mesmo sendo necessária algumas medidas restritivas para o combate da covid-19, é inegável que as crianças e os jovens tiveram prejuízos nesse período. As desigualdades foram intensificadas, crianças sofreram com a ausência de muitos serviços presenciais, considerados essenciais para o seu desenvolvimento.
“O impacto de longo prazo da pandemia na saúde mental de crianças e jovens tem o potencial de ser significativo, especialmente se o apoio e a intervenção apropriados não forem fornecidos“, aponta o relatório.
Pfizer compra a Trillium, empresa especializada em tratamentos contra o câncer
“Saia Justa” desta quarta (25) debate velhice e sexualidade, com Letícia Sabatella, no GNT
NEURÓBICA: Exercício para mente
A ausência de serviços essenciais foi muito sentida, principalmente, por crianças com necessidades educacionais especiais e deficiências, uma vez que, com o advento da pandemia, o atendimento médico para problemas não relacionados ao coronavírus, problemas psicológicos foram amplamente prejudicados e limitados.
Uma das observações do relatório confirmou que “as barreiras existentes enfrentada por crianças com deficiência ou necessidades de saúde complexas no acesso a suporte e serviços pioraram significativamente durante a pandemia”.
A culpa entre os jovens também foi uma questão muito presente neste período, uma vez que se criou um estereótipo de que eles eram os maiores causadores da proliferação do vírus.
O relatório acrescentou que: “Embora as histórias na mídia sugerissem que as violações eram comuns, a grande maioria das crianças e jovens aderiu rigorosamente aos regulamentos e diretrizes emitidos. Apesar disso, eles afirmam que se sentiram demonizados e discriminados por adultos quando se encontravam em público, à medida que as restrições eram flexibilizadas.”
A situação no Brasil
O traço mais forte no Brasil foi a desigualdade, uma vez que muitos não têm acesso à internet ou dispositivos que viabilizam o estudo online. Enquanto as redes de ensino com mais estrutura continuaram, mesmo que aos trancos e barrancos, a população mais carente ficou muito longe de conseguir seguir pelo mesmo caminho, ficando muito atrás na educação.
O estudo “/Perda de Aprendizagem na Pandemia”/ aponta que o fato dos jovens perderem muito conteúdo escolar pode causar um rombo nas suas rendas futuras, que somadas podem chagar a um prejuízo de 700 bilhões de reais.
Foto destaque: Relatório sobre os efeitos da pandemia na saúde mental e física dos jovens e crianças preocupa. Reprodução/ pixabay.
