Beleza

Uma breve história da maquiagem

Do Antigo Egito, passando pela Grécia antiga e pelo Velho Mundo, chegando nos dias atuais, a maquiagem evoluiu e se moldou com o tempo, caminhando juntos com outras formas de arte como a música e o cinema.

27 Abr 2022 - 16h18 | Atualizado em 27 Abr 2022 - 16h18
Uma breve história da maquiagem Lorena Bueri

A maquiagem como ritual de beleza tem seu início, de acordo com estudos, no Egito antigo. Na época, a maquiagem era parte da higiene diária para o povo egípcio de classes consideradas mais altas. É neste período e região que surgem os primeiros cosméticos. Metais pesados traziam o tom esverdeado em suas pálpebras, enquanto o pó de khol (ingrediente de origem árabe, é um pigmento preto condensado e solidificado) contornava seus olhos tanto para protegê-los, pois os egípcios os consideravam a janela da alma, quanto para demostrar seu respeito ao Deus Sol, Amón-Rá.

Cerca de 150 anos a. C., Galeno, físico e médico de origem grega, criou o primeiro creme facial. A formulação se modificou com o tempo até se tornar base para a emulsão dos pigmentos de dióxido de titânio, surgindo então a primeira base facial. Há registros que comprovam o uso de gordura e tinta vermelha pelas mulheres na Grécia antiga para emular as bochechas coradas, o que hoje fazemos com o blush.

A coloração nos lábios ganhou força quando as pomadas coloridas se tornaram mais acessíveis e seguras, no século XVII. Ainda nessa época, a atenção à higiene pessoal não era uma prioridade para uma parte dos habitantes do que hoje chamamos de Europa. Tal fato, entretanto, contribuiu para a popularização da maquiagem, para esconder as feridas de doenças e manter a pele extremamente pálida (mostrando que os nobres não precisavam trabalhar no sol), e dos perfumes, que mascaravam o cheiro.


Sombras. (Foto:Reprodução/Getty Images)


Ao longo dos anos seguintes, Paris se firmou como a capital da moda, graças aos esforços do rei Luís XVI, firmando o uso de cosméticos tanto por homens quanto por mulheres, mas ainda mantendo suas raízes elitistas.

Em meados da década de 20, com o nascimento do cinema, que utilizavam muito a maquiagem em suas produções, essa forma de arte passa a ser de uso geral, mas perde com o tempo seu apelo ao público masculino.

A Segunda Guerra Mundial causou um congelamento na produção de produtos visto como supérfluos, e as mulheres passaram a ser mão de obra, ocupando o lugar dos maridos que estavam lutando na guerra. Isso gerou, ao seu fim, um boom na indústria da beleza. A maquiagem volta com força total.

Na década de 60, a maquiagem vira febre também entre os jovens. Na seguinte, anos 70, as cores se tornam extremamente populares, isso se aplicava tanto às roupas quanto à maquiagem, que acompanhava as coleções de alta-costura francesa, italiana e inglesa. O brilho também passou a ser desejado, com a explosão da era Disco.

No final dos anos 80 chegam ao mercado fórmulas mais evoluídas para os cosméticos pigmentados. Na década de 90, surgem os produtos que não apenas embelezam, mas também tratam a pele, prevenindo rugas, hidratando, ou protegendo do sol. O novo milênio trouxe releituras dos aspectos chave de décadas anteriores, mas agora com produtos muito mais apropriados e evoluídos. A criação e popularização das redes sociais lança uma tendência por segundo, tornando o mundo da maquiagem muito mais amplo e criativo.

 

Foto destaque: Antiga placa de empresa de cosméticos. Reprodução/Getty Images

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