Entre as cirurgias plásticas mais realizadas pela população brasileira está a rinoplastia, procedimento que visa alterar a forma e o tamanho do nariz para torná-lo esteticamente mais harmonioso ou corrigir problemas respiratórios.
Com o avanço dos estudos na área da cirurgia plástica, técnicas que prometem reduzir o tempo de recuperação enquanto conferem ótimos resultados vêm surgindo, como a rinoplastia ultrassônica.
“A rinoplastia ultrassônica visa tratar a parte óssea do nariz através de um aparelho que, por meio de vibrações, permite ao cirurgião realizar a fratura nasal necessária para o procedimento de forma menos traumática”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez.
Vantagens
Realizada sob o efeito de anestesia, a rinoplastia ultrassônica possui as mesmas indicações da técnica tradicional, sendo indicada para qualquer paciente que tenha necessidade de tratar a parte óssea do nariz, mas possui como vantagem o fato de ser mais precisa e preservar estruturas importantes do nariz, como cartilagem, mucosa e vasos sanguíneos presentes na região, resultando em menos inchaço, sangramento, hematoma e inflamação no período pós-operatório.
De acordo com o especialista, por ser mais precisa, os resultados da rinoplastia ultrassônica são mais previsíveis, além de ocasionar cicatrizes menos aparentes, já que, nesse procedimento, não há necessidade de incisões na parte externa do nariz.
“Geralmente, o resultado final da rinoplastia tradicional é alcançado em 6 a 12 meses. Mas na rinoplastia ultrassônica esse período tende a ser menor, justamente por causar menos inchaço”, afirma.
Pós-operatório e contraindicações
Com relação aos cuidados pós-operatório, estes são os mesmos da cirurgia convencional. “Dessa forma, o ideal é que, durante uma semana, o paciente permaneça em repouso e não realize exercícios físicos”, alerta o médico.
A técnica não possui contraindicações relacionadas diretamente ao uso da nova tecnologia.
“As possíveis complicações da rinoplastia ultrassônica são as mesmas de qualquer procedimento cirúrgico e incluem a possibilidade de hematomas, infecções e sangramentos.
Já com relação às contraindicações, não é indicada para crianças, gestantes, lactantes, pacientes com problemas de coagulação, que utilizam algum tipo de anticoagulante ou que possuam alguma doença que esteja em fase aguda”, finaliza o Dr. Paolo Rubez.
DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS). Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP.
Foto destaque: mulher apontando para o nariz. Foto/Reprodução