Muitas adolescentes das décadas de 1990 e 2000 passaram anos achando que a solução para a pele oleosa era retirar todas as camadas de proteção da cútis com esfoliantes e adstringentes. No entanto, a maioria continuava sofrendo com a zona T inundada de óleo e muita acne.
Graças à dermatologia moderna, o cuidado com a oleosidade se tornou mais efetivo e menos doloroso. Em vez de esfregar o rosto e dinimuir as barreiras de proteção, as mulheres passaram a limpar suavemente a pele, além de entender a importância da hidratação.
Oleosidade não é mais combatida com esfoliação, mas com limpeza suave e hidratação (Foto: Reprodução/Unsplash/Chris Knight)
Essa reviravolta no conceito de skincare transformou rotinas e mexeu com o senso comum, criando uma nova maneira de tratar do problema. Veja abaixo dicas preciosas para manter a cútis saudável e bonita.
Pele repuxada não é solução para oleosidade
Alguns produtos usados na limpeza da pele deixam aquela sensação de secura e repuxamento que dão a falsa ideia de remoção da oleosidade.
Na verdade, o que ocorre é justamente o contrário, piorando essa condição. Ao remover agressivamente a oleosidade, o corpo é estimulado a produzir mais óleo, o que costuma ser chamado de efeito rebote pelos especialistas.
A indicação é optar por cremes ou espumas de limpeza com aplicação de forma suave, fazendo a retirada do que é realmente necessário nas camadas da pele.
Ácido salicílico é o preferido no combate à pele oleosa
Algumas subtâncias são comprovadamente mais eficazes no controle da oleosidade, como o ácido salicílico, um must na lista de quem sofre com o problema.
O ingrediente está presente em produtos como tônicos e séruns, penetrando profundamente na derme e quebrando a oleosidade. Ele também é capaz de desobstruir os poros, o que diminui a aparição de acne. Outra dica é usar produtos à base de niamicida, que auxilia a regular os níveis de produção de óleo, o que tem impactos diretos na textura e no tom uniforme da cútis.
Ao contrário do que se pensa, pele oleosa precisa de hidratação (Foto: Reprodução/Unsplash/Audrey M. Jackson)
Para algumas mulheres, ácidos podem ser necessários após a limpeza, mas é importante consultar um dermatologista, já que sobrepor muitas substâncias pode causar danos e gerar justamente a oleosidade da qual se quer tanto fugir.
Hidratar é preciso
Quem luta conta a oleosidade não precisa de mais óleos obstruindo poros e criando camadas de brilho excessivo. Em geral, especialistas desaconselham o uso de produtos que contenham ingredientes do tipo, como é o caso dos cleasing oils, óleos de limpeza muito utilizados para remover maquiagem. Caso seja aplicado, é indicado acrescentar uma segunda etapa de limpeza, a fim de não deixar vestígios de óleo residual.
Mas isso não quer dizer que uma cútis oleosa está isenta de hidratação. Pelo contrário, a etapa deve estar presente na rotina de skincare com fórmulas adequadas. Fuja de produtos emolientes, como cremes mais espessos e pesados, que contam com óleos e gordura na composição.
Hidratantes umectantes, feitos à base de água, são os mais recomendados, como o ácido hialurônico. Para muitas peles, inclusive, um protetor solar hidratante é o suficiente.
Foto de capa: Pele oleosa precisa de cuidados e produtos específicos na rotina de skincare. Reprodução: Unsplash/Amanda Dalbjorn