Após as Kardashians revelarem que a água de arroz faz o cabelo crescer mais rápido, as buscas pelo método cresceram bruscamente. Mas será que essa técnica funciona mesmo? Para o tricologista Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri), a técnica não passa de um mito e não tem utilidade nenhuma.
Água de arroz (Foto: Reprodução/Getty Images)
“O que determina a velocidade do crescimento dos fios é a genética de cada um. Em média, os cabelos lisos crescem 1 cm ao mês e os cacheados, 0,5 cm. Uma alimentação rica em carnes, peixes, ovos, vegetais e sucos naturais ajuda bastante”, explica o especialista.
Dessa forma, se os fios estiverem crescendo menos que o esperado, pode ser um indício de que algo não está certo internamente. “Quando existe algo errado com o organismo, como uma anemia, o cabelo cresce mais lentamente. Mas usar água de arroz não mudará a velocidade de crescimento e, ao contrário, ainda pode causar alguma alergia”, acrescenta o diretor médico do Instituto do Cabelo.
Outros mitos sobre como cuidar dos cabelos
Além da crença de que água de arroz ajuda o cabelo a crescer, existem vários outros mitos quando o assunto é cuidar dos fios e resolver os problemas capilares.
“Já me perguntaram se casca de banana acaba com a caspa. Ora, a caspa, também chamada de dermatite seborreica, é um processo inflamatório, de ordem genética, agravado pelo frio, estresse e consumo de alguns alimentos. Logo, usar a casca da fruta não é uma indicação clínica”, afirma o médico.
Então, é preciso ter um cuidado especial na hora de usar ingredientes, sem recomendação médica, nos fios. Isso inclui, por exemplo, o bicarbonato de sódio. Apesar de ser muito útil nas tarefas domésticas, o bicarbonato deve ser mantido longe dos cabelos. Segundo o tricologista, o produto deixa as cutículas dos fios abertas e sensíveis aos elementos externos.
Babosa (Foto: Reprodução/Freepik)
Ademais, há ainda a babosa. Também chamada de aloe-vera, a planta faz parte de um grupo de produtos benéficos para as madeixas, desde que sejam antes processados pela indústria farmacêutica. “Se usada in natura, pode causar danos ao couro cabeludo, como alergias e até queimaduras. É preciso ter cuidado com a planta”, explica o especialista. Então, só vale usá-la no shampoo e condicionador.
Foto destaque: mulher lavando o cabelo (Reprodução/Getty Images).