Na quinta-feira (24), a Casa Roberto Marinho vai inaugurar uma exposição panorâmica sobre os trabalhos de Angelo Venosa (1954-2022), um dos maiores escultores da arte contemporânea brasileira. A mostra ocupará toda a área expositiva e reunirá 85 obras do escultor desde as décadas de 1970 a 2020.
Angelo Venosa
Angelo Augusto Venosa, enquanto morava em São Paulo em 1973, frequentou a Escola Brasil. Em 1974 o artista se mudou para o Rio de Janeiro onde estudou na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) e concluiu em 1977.
Na década de 80, Angelo realizou cursos na Escola de Artes do parque Lage. Em 1984 o artista passou a realizar obras tridimensionais e usar materiais naturais e produtos industrializados para compor as suas esculturas.
Na década de 1990, Venosa começou a usar outros materiais como mármore, cera, dentes de animais, chumbo, dando destaque para suas obras que lembravam como estruturas anatômicas.
Angelo Venosa. (Foto: reproducão/Folha de Sp).
Natural da cidade de São Paulo, Angelo Venosa é considerado como um dos maiores escultores do Brasil, totalizando quase 40 anos de carreira e muitas conquistas.
O artista participou de diversas exposições na Bienal Internacional de São Paulo, Veneza e da Bienal do Mercosul, além de diversas outras exposições da qual o artista participou ainda em vida.
Em 2022, Angelo morreu aos 68 anos em decorrência de problemas causados pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença que afeta o sistema nervoso e acaba por enfraquecer os músculos, além de afetar as funções físicas.
O artista estava lidando com a doença desde 2019, quando a descobriu.
Exposição de Angelo Venosa
O artista era muito conhecido por usar, em suas peças, usando madeira, fibra de vidros, tecido, entre outros materiais.
Venosa ganhou notoriedade e nome ao trabalhar com obras tridimensionais que mesclavam materiais fornecidos pela natureza e pela indústria.
Exposição de Angelo Venosa no MAC-USP (Foto: reprodução/G1).
Venosa foi um dos escultores marcantes da chamada Geração 80. Venosa se destacava dos outros artistas de sua geração por ter se dedicado à escultura e não à pintura como outros seguiram.
Foto destaque: o escultor Angelo Venosa. Reprodução/O Globo