A superlotação do Santos Dumont provoca um esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Riogaleão), diante disso o Governo Federal, decidiu limitar o número de embarques e desembarques no terminal através do ministério dos Portos e Aeroportos.
Em 2022 o Santos Dumont recebeu pouco mais de dez milhões de pessoas, superando sua capacidade máxima. A superlotação tem gerado atrasos de voos na ponte aérea Rio-São Paulo e, há filas para o uso de escadas rolantes.
Sem fazer as alterações necessárias na infraestrutura do aeroporto para comodidade e conforto dos passageiros, a Infraero aumentou a capacidade de embarques para mais de 15 milhões de passageiros esta semana. Já o Galeão, que possui capacidade para receber 37 milhões de passageiros anualmente, recebeu menos de 6 milhões.
Ministro Márcio França (PSB), comunicou que a solução seria reduzir a capacidade do Santos Dumont para menos de 10 milhões de passageiros. Segundo França, o Tom Jobim "é central para o Rio de Janeiro e para o Brasil, já foi uma referência importante e vai voltar a ser”.
Aeroporto Santos Dumont (Foto: Reprodução/ Ale Silva/ Terra).
O prefeito Eduardo Paes manifestou-se em uma rede social afirmando que a redução da operação no Santos Dumont não é uma solução, e quer uma solução rápida para o problema.
Em entrevista, o economista da Inter. B, Cláudio Frischtak, sugere uma licitação conjunta dos dois aeroportos do Rio: "O melhor modelo é relicitar os dois aeroportos em conjunto para um mesmo operador, exatamente pela pequena distância, pela importância de dinamizarmos o Galeão, e não sobrecarregarmos o Santos Dumont."
A título de exemplo, o Aeroporto Internacional de Guarulhos e de Congonhas, recebe companhias áreas globais. Mais de 34,4 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto de Guarulhos em 2022. Congonhas, por sua vez, recebeu 18 milhões de passageiros no mesmo ano. São Paulo é exemplos de que os dois aeroportos podem operar de forma racional, eficiente e lucrativa.
Foto Destaque: Pista do aeroporto Galeão. Reprodução/ Diário do Rio.