Turismo

Ataques golpistas de 8 de janeiro afetam turismo arquitetônico do Distrito Federal

Especialistas mostram como os ataques na Praça dos Três Poderes podem prejudicar o turismo de Brasília. Neto de Oscar Niemeyer afirma que avô veria o vandalismo como uma grande "decepção".

16 Jan 2023 - 17h00 | Atualizado em 16 Jan 2023 - 17h00
Ataques golpistas de 8 de janeiro afetam turismo arquitetônico do Distrito Federal Lorena Bueri

A democracia brasileira foi testada no dia 8 de janeiro, quando golpistas atacaram os três poderes e danificaram parte das memórias nacionais de Brasília.


Destruição no Planalto (Foto: Reprodução/Yahoo Notícias)


A capital do Brasil é um dos destinos mais procurados pelos viajantes e amantes da arquitetura nacional. Pesquisas realizadas pela Decolar.com revelaram que o Distrito Federal foi o terceiro local mais procurado por turistas em 2022.

Segundo um levantamento feito pela Secretaria de Turismo do DF, o principal interesse dos viajantes é pela arquitetura.

“Só por ser a capital do país, isso já atrai centenas de visitantes. Outro fator chama muita atenção dos turistas: Nós somos uma das cidades mais modernas do mundo”, afirma Jael Antônio, presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, restaurantes, bares e similares de Brasília (Sindhobar).

De acordo com Jael, a Catedral, o Congresso Nacional e o Museu da República são os principais pontos turísticos da região. “A arquitetura e construções modernas que temos aqui, nós não vemos em outro lugar do Brasil. São lugares únicos e que as pessoas querem conhecer”, disse.

Os locais famosos por salientar o turismo local, foram alvo de vandalismo no dia 8 de janeiro. As cenas de destruição rodaram o mundo e o ataque deixou um prejuízo inestimável para a cidade.

Parte da história nacional destruída

Os prédios responsáveis por levarem a capital do país para os holofotes do mundo, tombados como Patrimônio Mundial da Unesco, foram prejudicados de forma considerável.

Além das estruturas modernas, as construções guardavam peças e objetos que fizeram parte da história do Brasil.

“Há uma série de obras de artistas nacionais e internacionais. Também tem presentes que foram dados por chefes de estados. Dentro desses edifícios, existe uma riqueza histórica da nossa cultura e que a gente só descobre quando entra lá”, comenta Gabriela Tenório, professora de arquitetura da Universidade de Brasília (UnB)

Obras que, em meio aos ataques criminosos, foram quebradas ou roubadas. Entre as diversas destruídas, está um quadro de Di Cavalcanti que ultrapassa a quantia de R$ 8 milhões e uma série de cadeiras e mesas construídas por grandes designers brasileiros.

Os golpistas também quebraram um relógio de Balthazar Martinot do Século XVII. A peça foi um presente da Corte francesa para Dom João VI.


Relógio de Balthazar Martinot do Século XVII (Foto: Reprodução/UOL)


O outro relógio se encontra no Palácio de Versailles, na França, mas possui a metade do tamanho do artigo que foi completamente destruído pelos vândalos. O valor é incalculável.

Para a professora Gabriela, os ataques aos Três Poderes podem respingar no turismo do DF. “Há alguns anos, temos observado um cuidado maior das forças públicas para proteger essas construções e obras. Métodos que, em sua maioria, consistem em grades de segurança ou vigias que não permitem que o público chegue perto delas. É claro que entendemos os motivos e precisamos proteger nossa riqueza, mas isso acaba impactando o turismo de alguma forma”, afirma.

“São obras lindas, que contam a história do nosso país. É diferente quando conhecemos e vemos de perto esses detalhes. Quando nós temos contato com a arte, é natural que passemos a valorizar e zelar mais por ela”, conclui.

Completado dez ano do falecimento de Oscar Niemeyer no último ano, o arquiteto e bisneto do projetista mais famoso da capital brasileira, Paulo Niemeyer, afirma que o avô veria as cenas e ficaria decepcionado. 

“Oscar sempre foi um defensor do povo. Apesar de ter trabalhado com grandes personalidades e políticos, ele sempre defenda o povo e queria o melhor para o Brasil”, comenta.

O projetista arquitetou o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.

Foto destaque: Ataques em Brasília. Reprodução/Tribuna do Paraná

 

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