A Beyond Imagination, startup especialista na fabricação de robôs humanoides, anunciou nesta terça-feira (20) novos investimentos de grandes empresas em seus projetos futuros, que poderão oferecer recursos robóticos para as indústrias em breve.
Evolução da IA
Ray Kurzweil, co-fundador da Beyond Imagination, anunciou que seu principal investidor será a Gauntlet Ventures, que aplicará cerca de US$ 100 milhões. O novo projeto será a evolução do Beyond Bot, um robô humanoide criado pela empresa e que agora passará a ser testado e aperfeiçoado para atuar em ambientes industriais.
O projeto tem como principal objetivo criar novos recursos que poderão contornar a crescente escassez de mão de obra qualificada, fenômeno que atinge vários países do mundo. “Não é apenas sobre tecnologia de ponta. É sobre resolver gargalos reais da economia com soluções escaláveis”, afirmou Carmack, co-fundador da Gauntlet Ventures.
Com as novidades da empresa, a Beyond Imagination passou a ser avaliada em US$ 500 milhões.
Campo promissor
Segundo o próprio Ray Kurzweil, até 2045 a Inteligência Artificial terá avançado ao ponto de superar as capacidades humanas e passará a se autoaperfeiçoar, fenômeno que o cientista chamou de “singularidade”. Pensando na grande oportunidade de negócio, grandes empresas focadas em tecnologia investiram uma ampla quantidade de recursos para poder sair a frente na proposta.
Porém, as pesquisas encontraram grandes dificuldades no desenvolvimento de tal tecnologia, principalmente no que diz respeito ao treinamento e compreensão de mundo das Inteligências Artificiais, que precisarão lidar com ambientes e condições imprevisíveis.
Utilização de robôs em ambientes domésticos ainda é fonte de preocupação (Foto: reprodução/ Maskot/Getty images embed)
Pensando nisso, a empresa Nvidia, uma das gigantes no mercado da Inteligência Artificial, vem focando suas pesquisas no desenvolvimento da IA física, aquela que foca na realização de tarefas no mundo real e que promete ser a próxima revolução tecnológica.
A tecnologia, mesmo que promissora, levanta grandes hipóteses e preocupações de alguns especialistas, principalmente quando o assunto é o aumento da taxa de desemprego. Liang Liang, vice-diretor da Área de Desenvolvimento Econômico-Tecnológico de Pequim, afirma que a China, um dos países mais industrializados do mundo, não tem pretensão de substituir seus trabalhadores por robôs, mas sim usar a tecnologia para aumentar a produtividade.
Foto destaque: robôs humanoides (Reprodução/ Andriy Onufriyenko/Getty images embed)