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Regras de exportação de chips e ferramentas de IA para a China são revisadas pelos EUA

Novas regras totalizam 166 páginas e entrarão em vigor na próxima quinta-feira

31 Mar 2024 - 09h13 | Atualizado em 31 Mar 2024 - 09h13
Regras de exportação de chips e ferramentas de IA para a China são revisadas pelos EUA  Lorena Bueri

Na última sexta-feira (29), o governo dos EUA revisou as regras criadas pelo país em outubro do ano passado e que restringem a exportação de chips e ferramentas de inteligência artificial (IA) para a China. As medidas fazem parte da estratégia de diminuir o acesso chinês a essas ferramentas ocasionando em uma redução de chips em Pequim.

O receio dos EUA é de que os chips ajudem a impulsionar as forças armadas dos chineses. Dessa forma, desde outubro de 2023 o envio de chips mais avançados de inteligência artificial, desenvolvidos pela NVIDIA e outros fabricantes, vem sofrendo restrições.

As novas regras totalizam 166 páginas e entrarão em vigor na próxima quinta-feira (04). Nessa atualização é esclarecido que a restrições abrangem também laptops que tenham esses chips.

 

Mercado valioso

O mercado de chips tem se tornado cada vez mais valioso devido às revoluções que têm proporcionado no campo da tecnologia. A empresa NVIDIA, por exemplo, é especializada na fabricação de chips que são usados para treinar modelos de inteligência artificial, um campo em expansão e que exige muita capacidade computacional.


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Jensen Huang, cofundador e CEO da Nvidia Corp., exibindo novos chips, durante a Nvidia GPU Technology Conference (Foto: reprodução/David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images Embed)


Em fevereiro desse ano, a empresa se tornou a quarta mais valiosa do mundo, quando alcançou a marca de US$ 1,8 trilhão (quase R$ 9 trilhões) em valor de mercado. Grandes empresas de tecnologia são clientes na NVIDIA, dentre elas a Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. 

 

As atualizações das sanções

O Subsecretário de Comércio para a Indústria e Segurança dos EUA, Alan F. Estevez, já afirmou anteriormente que “os controles de exportação são uma poderosa ferramenta de segurança nacional” e que as atualizações das restrições seriam baseadas em avaliações contínuas, conforme os riscos de modernização militar oferecidos pela China. Há também a pretensão de criar sinais de alerta para a exportação de chips que são restritos e notificações para a venda de semicondutores de alto desempenho para jogos.

 

A reação chinesa

Representantes chineses afirmam que as sanções não irão impedir o avanço tecnológico da China. O membro sênior do Instituto Taihe, Charles Liu, afirmou em entrevista ao portal Brasil de Fato, que “em última análise, não se pode impedir a China de avançar em tecnologia. Se você não vender os chips, os chineses farão por si próprios”.


Desdobramentos das restrições de exportação tomadas pelos EUA contra a China (Vídeo: reprodução/YouTube/Brasil de Fato)


A empresa chinesa Huawei, é um exemplo da capacidade que a China possui para produção dos próprios chips. A companhia já lançou um telefone com chip de 7 nanômetros e um computador com chip de 5 nanômetros, ambos os chips foram fabricados pela empresa chinesa SMIC.

 

Foto destaque: componente Quantum AI em placa-mãe (reprodução/Da-kuk/Getty Images Embed)

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