Não é só o chat GPT que chegou para revolucionar o mundo tecnológico. A última descoberta com a inteligência artificial foi a capacidade de compor canções.
A empresa criadora do chat GPT, Open IA, solicitou uma pesquisa a UC Berkeley para descobrir se humanos conseguem diferenciar música composta pela IA de músicas compostas por humanos. O resultado, não sabemos diferenciar o compositor.
Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Amsterdã, usou violinos do Youtube para compor canções. O Google descreveu sua nova ferramenta, o MusicLM, lançado em janeiro como “Um modelo que gera música de alta fidelidade a partir de descrições de texto”.
Porém existem questões éticas a serem analisadas. A professora Dora Kaufman lembra, “Tem vários artistas já entrando com processos, reclamando, protestando... Porque essa tecnologia cria imagens, cria vídeos, cria textos com base em dados que já existiam”.
A principal intenção de uso para as músicas criadas por inteligência artificial é para eventos e peças publicitárias. No futuro essas músicas também podem ser usadas para musicoterapia.
Inteligência Artificial (Reprodução/ Pixabay)
É claro que essa utilização não significa que não devemos tomar alguns cuidados. “Tem questões. Então, o que que é a propriedade intelectual? A autenticidade? O que que é a criatividade? Tudo isso está mexendo com a gente. Então, por isso que vem o lado que assusta. Onde é que nós vamos ficar?”, acrescenta Dora Kaufman.
No último domingo de janeiro, o programa Fantástico pediu que os cantores Sorocaba (da dupla com Fernando) e Péricles experimentassem a ferramenta de composição do chat GPT. As opiniões divergiram, Sorocaba gostou e ficou empolgado; já Péricles disse preferir composições humanas.
“Sem música, a vida seria um acidente”, disse Nietzsche. A verdade é que as falhas e emoções humanas são fundamentais para uma canção realmente tocante e a inteligência artificial nunca vai reproduzir isso perfeitamente.
Foto Destaque: Toca-discos e notebook. Reprodução/ Pixabay