Não é novidade que grandes companhias, de diversos segmentos, estão cada vez mais ingressando no mundo do metaverso (termo específico designado para indicar um mundo digital e compartilhado, que busca trazer a realidade para os meios digitais). Empresas como McDonald’s e Nike, por exemplo, já marcam presença nesse novo universo que tem como principal característica a junção de realidade virtual, realidade aumentada e internet.
Contudo, a novidade da vez é a L’Oréal. Empresa francesa, especializada em diversos produtos voltados para cabelo, perfumes, proteção solar e para a pele. Sediada em Clichy na França e atuando em mais de 130 países, a empresa é avaliada em mais de US$ 13 bilhões. Atualmente, é a líder mundial no segmento de cosméticos e decidiu embarcar nessa nova realidade registrando a patente digital de 16 de suas marcas no universo virtual.
Marca L'Oréal e óculos de realidade virtual. (Foto: Reprodução/mllm-invest)
Entre as marcas envolvidas no registro constam a: Pureology, Redken, Kiehl’s, e Maybelline. Para a marca Kiehl, entretanto, a companhia achou não considerar o registro como um de direitos digitais não transferíveis. Nos registrados, inclui também procedimentos estéticos e faciais.
Apesar do registro ser uma novidade, a empresa já havia realizado algumas investidas no universo digitalizado. No final de 2021, a L’Oréal anunciou seu conjunto de tokens não-fungíveis (NFTs). Os tokens eram direcionados às celebridades femininas e tinham o intuito de promover mais o empoderamento. Entretanto, o resultado, na época, não foi como o esperado, o número em vendas foi baixíssimo quando comparado a lançamentos de outras NFTs, apenas US$ 1550.
Cliente Nike com óculos de realidade virtual visualizando tênis da Nike. (Foto: Reprodução/Nicolaporro)
No mesmo período, patentes da Nike também foram solicitadas para o registro como ativos digitais. Entretanto, o que a empresa especializada em calçados, roupas e acessórios quis na verdade foi encontrar uma forma de “blindar” sua marca de downloads não autorizados. Ou seja, segundo o Escritório de Marcas e Patentes do EUA, o feito os enquadraria no registro de “bens virtuais para download”.
O registro de patentes realizado pela empresa estadunidense englobou, além de bolsas e mochilas, óculos e bonés da própria companhia, além das marcas: Jordan, e o slogan Just do It.
Cliente McDonald's com óculos de realidade virtual sob loja da companhia em holograma. (Foto: Reprodução/Techscoopsng)
Outra companhia que também decidiu por ingressar, solicitando o registro de patente para ativos virtuais, foi a McDonald’s. Nesse caso, a homologação foi um pouco diferente do costumeiro. A maior rede de fast food de hambúrguer do mundo tem, em um dos seus 10 pedidos de registro, “um restaurante virtual que inclui produtos reais e virtuais”, assim está descrito.
Os outros nove itens a serem registrados envolvem, além das próprias NFTs (Token Não-Fungível), criação de arquivos virtuais de arte, e multimídia (áudio e vídeo). A empresa que serve mais de 60 milhões de pessoas por dia e com 37 mil pontos de venda espalhados por 119 países, tem incluso em seus registros de patente a marca McCafé, que visa proporcionar experiências digitais, como eventos virtuais para seus clientes.
(Foto destaque: Óculos de RV ao lado de logotipo da L'Oréal. Reprodução/Coinquora)