Sam Bankman-Fried, fundador e ex-CEO da corretora de criptomoedas FTX, foi preso pela polícia na noite de ontem (12) nas Bahamas. Após a polícia receber uma notificação do jurídico dos Estados Unidos – revelando acusações criminais que encaixavam o empresário como protagonista das ações – iniciou a procura, que foi confirmada por Ryan Pinder (procurador-geral dos EUA).
A investigação do colapso da FTX está sendo acompanhada também pelo Distrito Sul de Nova York, ao qual validou a informação da prisão do empresário.
“No início desta noite, as autoridades das Bahamas prenderam Samuel Bankman-Fried a pedido do governo dos EUA, com base em uma acusação selada apresentada pelo SDNY”, disse Damian Williams, procurador americano. Ele completou dizendo que a acusação será aberta pela manhã do dia de hoje (13), e, após a revelação das informações, estarão mais aptos para dizer o que ocorreu.
É esperado que a Justiça americana demande a extradição de Sam Bankman-Fried.
USA Damian Williams: Earlier this evening, Bahamian authorities arrested Samuel Bankman-Fried at the request of the U.S. Government, based on a sealed indictment filed by the SDNY. We expect to move to unseal the indictment in the morning and will have more to say at that time.
Bankman-Fried tinha um depoimento previsto para hoje (13) para Congresso dos EUA, no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. De acordo com uma pessoa a par do assunto e ouvida pela Bloomber, os promotores dos EUA envolvidos no caso avaliam as variações de ação para a transferência de recursos, pela operadora de Exchange cripto, para fora dos EUA enquanto a FTX entrava em declínio. Outro dado analisado dentro dessa acusação é o uso de recursos dos clientes, por parte da FTX, para aplicações próprias e outras irregularidades.
Estima-se que a FTX deva em torno de US$ 3 bilhões aos credores. É sustentado, até o momento, que Sam Bankman-Fried está sendo investigado por ter emprestado ao braço direito da companhia, Alameda Research, os recursos dos clientes da corretora.
A FTX é avaliada em US$ 32 bilhões, e entrou em uma crise ascendente que levou à falência em um período inferior a um mês – o que resultou em uma reação tóxica no mercado global de criptomoedas.
Foto destaque: Sam Bankman-Fried. Reprodução/Saul Loeb/AFP.