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Corrida espacial ganha força após Japão ingressar no seleto grupo dos países que pousaram na Lua

O sucesso da missão coloca o Japão entre os países que obtiveram êxito em missões espaciais, em meio a uma crescente competição global e interesse renovado na exploração lunar

22 Jan 2024 - 11h02 | Atualizado em 22 Jan 2024 - 11h02
Corrida espacial ganha força após Japão ingressar no seleto grupo dos países que pousaram na Lua Lorena Bueri

No último sábado (20) a Agência Espacial Japonesa (JAXA) anunciou que a sua sonda Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) alcançou, com sucesso, a planície lunar conhecida como Mar do Néctar, situada ao sul do Mar da Tranquilidade, local histórico onde a Apollo 11 pousou em 1969. O módulo SLIM, segundo a JAXA, revelou-se um projeto eficaz, capaz não apenas de pousar em áreas inexploradas da Lua, mas também de explorar outros destinos planetários, incluindo Marte. 

O Japão está agora no seleto grupo de países que alcançaram êxito em missões espaciais, destacada a crescente competição global e o interesse renovado em explorar a Lua. O sucesso dessas missões não apenas garante reconhecimento científico e diplomático internacional, mas também promete benefícios políticos internos, enquanto o fracasso pode representar um constrangimento custoso e público.


Em julho de 2011, o Atlantis encerrou a derradeira missão de todos os ônibus espaciais americanos (Foto: reprodução/ Divulgação/ NASA)


A corrida espacial se intensifica

Após cinco décadas desde a histórica missão da Apollo 11 dos Estados Unidos, a NASA confirmou seus planos de enviar astronautas para circundar a Lua no próximo ano, com um pouso programado para 2026. Embora o cronograma tenha sido adiado devido a questões técnicas, empresas privadas como SpaceX, Blue Origin e a americana Intuitive Machines continuam impulsionando as chances dos EUA de liderar não apenas em missões tripuladas, mas também em volume de passageiros comerciais.

A China, que já pousou na Lua em 2013 e enviou uma tripulação para sua estação espacial em 2023, visa enviar astronautas à Lua antes do final desta década. A rivalidade com os Estados Unidos intensifica-se, especialmente na construção de bases tripuladas permanentes na Lua, alimentando discussões sobre competição e cooperação na exploração lunar.

Já os russos, pioneiros espaciais, enfrentaram desafios recentes em suas tentativas de retornar à Lua. Apesar do Luna-25 ter falhado no ano passado, a Rússia planeja realizar outra missão lunar em 2027, mostrando sua persistência apesar de obstáculos enfrentados desde o colapso da União Soviética.

Disputa pela Lua

A corrida espacial lunar continua a acelerar, com nações e empresas privadas competindo não apenas pela exploração científica, mas também pelo prestígio internacional e potenciais benefícios econômicos que vêm com o domínio do espaço.

Foto destaque: uma ilustração artística mostra como será a aparência do módulo de pouso SLIM na superfície da Lua (Reprodução/ Divulgação/ JAXA)

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