Após cinco meses em recuperação no setor de atendimento a animais silvestres do hospital veterinário da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), a onça-pintada Xamã passa agora por um processo para reaprender a viver no seu habitat.
Foto Onça Xamã Reprodução: G1
Assustado e acuado por cães, xamã foi encontrado sozinho com apenas dois meses em agosto do ano passado em uma propriedade particular na região de Sinop, no Mato Grosso. Pesando pouco mais de 10kg, xamã estava desnutrido e desidratado.
Concentrando a maior população de espécie no planeta de pantera onça, o Brasil é considerado um pais-chave, além disso, tem muito experiencia com reintroduções.
Gerando conhecimentos científicos para a conservação de onça-pintada em liberdade no bioma, a Amazônia ajudara a fortalecer a luta contra desmatamento e incêndio florestais.
A onça-pintada terá que reaprender os comportamentos básicos como caça e defesa, os quais não teve oportunidade de aprender com a mãe, já que se perdeu muito novo em meio a um incêndio florestal. Usufruindo de um espaço de 15m, xamã poderá permanecer no recinto de reabilitação no estado do Pará por até dois anos.
Sendo o primeiro macho da espécie quando atingir a maturidade e estiver apto para a reintrodução xamã será liberado em uma área adequada para poder voltar a viver uma vida selvagem, inclusive como macho saudável e fértil, podendo contribuir para o amento populacional da espécie.
Após ser solto, a onça-pintada ainda sera acompanhado e monitorado por mais algum tempo, ganhando um rádio colar que permitirá ao especialista a estar aos seus cuidados no aspecto de sua movimentação e marcação de território.
Outras tentativas já foram feitas, mas não com essa abordagem. Xamã será um desafio, por ser o primeiro macho a reintroduzido na Amazônia com treinamento e monitoramento adequado. Esse processo de sua adaptação irá ajudar na reabilitação futura de outros machos da espécie.
Foto Destaque Onça Xamã no seu novo habitat Reprodução: Instagram