Após ordenar um dos maiores bombardeios desde o início da guerra as cidades ucranianas, Vladimir Putin, presidente da Rússia, declarou nesta sexta-feira (14) que não vê novos ataques com grande poder de destruição para o país ucraniano. Vladimir afirma que não quer destruir o país inimigo e que um possível confronto entre os russos e a aliança militar da Otan poderia gerar um grande desastre global. Em uma coletiva de imprensa realizada após a cúpula da Comunidade de Estados Independentes (CEI), Putin declarou ter outros objetivos em mente e que a destruição da Ucrânia não seria um deles.
Bombardeio em cidade ucraniana (Foto /Reprodução: GLEB GARANICH)
Os bombardeios realizados na última segunda e terça-feira tiveram como alvo estruturas de energia e comunicação, 12 cidades ucranianas foram atingidas. Hoje (14) o presidente russo falou em um tom mais sereno, porém manteve a postura de defender a invasão russa ao país governado por Volodymyr Zelensky.
Ao ser questionado se teria se arrependido de invadir o país ucraniano, Putin diz: "não é agradável o que está acontecendo agora, mas teríamos chegado a mesma situação um pouco mais tarde, só que com condições piores para nós, então agimos de maneira correta e oportuna".
Ao ser perguntado sobre o envolvimento da Otan, o líder Russo afirmou que seria algo muito perigoso e que poderia acarretar uma catástrofe global, o questionamento surgiu após Joseph Barrell declarar que caso o país Russo utilize armas nucleares para atacar a Ucrânia a aliança ocidental responderá da mesma forma.
Vladimir Putin continuou dizendo que não pretende aumentar a mobilização de reservistas que já chega ao número de 222 mil recrutados e 16 mil em combate, ele ainda afirma que a mobilização parcial deve ter fim nas próximas duas semanas. Logo após a contra ofensiva ucraniana recuperar territórios em domínio Russo, o Kremlin passou a pressionar uma nova posição do presidente Vladimir Putin, que fez a convocação dos 300 mil reservistas, gerando uma onda de protestos pelo país.
Foto destaque: Presidente Vladimir Putin durante entrevista em Moscou (créditos: Mikhail Metzel)