Nesta quarta-feira (26), a vice secretaria de estados dos Estados Unidos da América Wendy Sherman afirma que a Rússia cogita em usar sua “força militar” para invadir e atacar a Ucrânia, se não tiver um acordo Wendy imagina que o ataque pode ser realizado até fevereiro. Cerca de 100 mil de soldados russos estariam de prontidão para um ataque a fronteira da Ucrânia.
Soldados russos em treino para a comemoração do dia da Vitória (9 de maio) (Foto: Reprodução/EPA/ANATOLY)
Wendy afirma que “a decisão” de Putin ainda não é definitiva e em conferência virtual da Yalta European Strategy disse: "Não sei o que passa pela cabeça do presidente Putin. Só tem uma pessoa que sabe e é o próprio presidente Putin, o futuro europeu da Ucrânia". "Acredito que até as pessoas que o cercam não sabem o que fará no final".
Esse conflito vem de muito tempo antes dos meios de comunicação. Em 988 D.C., com a chegada do príncipe Vladimir que governou o “Rus de Kiev”, sendo “Rus” a aristocracia da escandinava da Europa oriental e “Kiev” sendo a atual capital da Ucrânia. O “Rus de Kiev” era uma confederação de tribos eslavas, que hoje é o ancestral medieval tanto da atual Rússia, da Ucrânia e da atual Bielorrússia. E por conta do nome a Crimeia (Rus de Kiev), pertence tanto aos russos quanto aos ucranianos.
Xi e Putin: Putin qualificou a visita de "importante acontecimento nas relações bilaterais" (Foto: REUTERS/Sergei Karpukhin/Reuters)
E em todo esse período passaram por diversas guerras principalmente de russos contra turcos (século XVI ao XIX). Depois da vitória e anexação a Crimeia foi russa até 1991, mas foram derrotados na Guerra da Crimeia por uma coalizão turco-europeia. E em meio a tanta guerra em 1954 por motivos administrativos foi passada da Rússia para a Ucrânia e em 1991 a Ucrânia declararia independência e levaria a Crimeia junto.
Outro problema é a chegada dos jogos olímpicos em Pequim que terá início em fevereiro, data especulada sobre o ataque, que não agradariam o presidente Xi Jinping, que gosta da relação entre a China e Rússia que pode se tornar um empecilho no possível rumo.
Foto Destaque: Conflito entre EUA e Rússia. Reprodução/Denis Balibouse/Pool/AFP