Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aos 77 anos, venceu o segundo turno das eleições, disputado contra Jair Bolsonaro (PL), sendo eleito para o seu 3º mandato como Presidente do Brasil.
A primeira decisão que Lula precisará tomar enquanto presidente eleito é indicar o seu coordenador de equipe de transição. Segundo fontes próximas ao petista, o anúncio deve acontecer até a próxima quarta-feira (2), e que o nome mais cotado é o do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
A transição é prevista por lei e decreto presidencial de 2010. O eleito pode nomear um coordenador e cerca de outros 50 cargos para receber dados sobre a administração do país, analisar os números e realizar o planejamento do novo governo.
Lula e Alckmin durante o primeiro pronunciamento oficial após a eleição. (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Como funciona a transição de governo
O processo de transição exige a participação de ambos os lados – o governo que está saindo e o governo que está entrando. Até o horário de publicação desta matéria, o candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro, ainda não havia reconhecido publicamente o resultado das eleições, o que levou o candidato eleito a demonstrar estar “metade preocupado”, por não ter a confirmação de que o atual governo facilitará a transição.
"Eu gostaria de estar só alegre, mas eu estou alegre e metade preocupado. Porque a partir de amanhã, eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar esse país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição, para que a gente possa tomar conhecimento das coisas", disse Lula.
De acordo com a legislação, 50 cargos denominados Cargos Especiais de Transição Governamental (CETG) poderão ser criados para formar a equipe de transição. Os cargos podem ser assumidos a partir do dia 02 de novembro, quarta-feira. A nomeação dos ocupantes será feita pelo ministro da Casa Civil da Presidência da República.
Nas últimas transições, a equipe responsável atuou no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Ainda não há informação, entretanto, se esse mesmo espaço será disponibilizado pelo governo de Bolsonaro.
Foto Destaque: Presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Foto: Andre Penner/AP