A inimizade entre a Rússia e os Estados Unidos é tão antiga que um deles já até precisou mudar de nome. Essa “guerra fria” entre os dois países já enfrentou guerras militares, civis e inúmero presidentes. A novidade agora é o presidente Jair Bolsonaro ficar “namorando” ambos sem se decidir com quem quer estar.
Se ele continuar estreitando laços com a Rússia pode ser que acabe perdendo a amizade com os Estados Unidos. A última empreitada é a visita do presidente a Moscou, programada para as próximas semanas, o que não agradou nada ao governo de Joe Biden. Pelos americanos, Bolsonaro nem sairia do solo brasileiro.
Desde que Vladimir Putin se envolveu em uma confusão ao obrigar suas tropas a se mobilizarem na fronteira com a Ucrânia, o presidente da Rússia e a Otan, aliança coordenada pelos EUA, andam se estranhando, e muito!
Até aí o problema seria apenas entre eles, se o Brasil não tivesse assinado um acordo de dois anos se comprometendo com a Otan e tornando-se um membro rotativo do Conselho de Segurança da ONU, em que as reuniões incluem segurança internacional a cada pauta.
EUA tentou impedir ida de Bolsonaro à Rússia (Foto: Reprodução/ O Globo)
A ideia do governo norte-americano era manter Vladimir Putin isolado por algum tempo, porém, essa “ordem” foi ignorada pelo governo brasileiro. Conversas via telefone foram feitas e tal desejo foi deixado muito claro. Entretanto, fontes afirmam que Bolsonaro não deu uma resposta firme e honesta ao país aliado e preferiu fazer o que bem entendesse.
A viagem de Jair Bolsonaro a Moscou pode ser interpretada, pelos outros governos, como uma afirmação sobre qual lado ele está e, como há um contrato de comprometimento assinado, isto é visto como uma ação desonesta e uma falta de comprometimento com seus aliados.
Tal ação pode muito bem atrapalhar futuros acordos que Jair Bolsonaro pode vir a fechar, além de um rompimento de aliança com os Estados Unidos.
Foto Destaque: Jair Bolsonaro e Vladimir Putin. Reprodução/ Folha Press