Saúde

Vacina "personalizada" contra o melanoma promete nova forma de tratar o câncer de pele

A vacina mRNA-4157 contra o melanoma vem sendo testada por médicos de Londres, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália e caminham para fase final dos testes

02 Mai 2024 - 20h07 | Atualizado em 02 Mai 2024 - 20h07
Vacina 'personalizada' contra o melanoma promete nova forma de tratar o câncer de pele Lorena Bueri

Em Londres, pesquisadores testam a vacina “personalizada” de RNA mensageiro (mRNA), produzida para combater a forma mais letal do câncer de pele, câncer nomeado como melanoma. 

Com o nome técnico de mRNA-4157 (V940), a forma de produção da vacina contra o melanoma assemelha-se a forma de produção das vacinas contra a covid-19 atuais e já passa pela fase III, sendo a última fase de teste para aprovação e liberação para a população. 

Os países Estados Unidos e Austrália também participam do programa de teste da vacina, porém, o país Reino Unido foi o primeiro a iniciar a fase três de teste após resultados positivos dos testes anteriores. 

O paciente Steve Young, de 52 anos, foi um dos primeiros a testar a vacina para o melanoma que foi removido do seu couro cabeludo no ano passado. 

Os medicamentos pembrolizumab ou Keytruda, que servem também para o sistema imunológico, são aplicados junto à vacina para destruírem as células cancerígenas, administrados pelos médicos do University College London Hospitals (UCLH). 

Perfil genético 

O tratamento e a vacina assinados pelas empresas Moderna e Merck Sharp and Dohme (MSD), não se encontram disponíveis para uso populacional. Todos os países em questão estão testando em pacientes para reunir mais evidências e determinar se deve ser generalizado.

Com o intuito de se adequar a qualquer paciente, a vacina ganha o termo “personalizada” pois faz o seu papel em qualquer organismo. É gerada para combater unicamente o tumor e age de forma com que o corpo produza proteínas ou anticorpos que atacam diretamente nas células cancerígenas. 

A pesquisadora e doutora Heather Shaw, (UCLH), explica que a vacina tem um grande potencial e vem sendo testada em outros tipos de câncer, especificamente pulmão, bexiga e rim. 

O objetivo do Reino Unido para os testes seria o recrutamento de 60 e 70 pacientes de clínicas, nas cidades Manchester, Edimburgo e Leeds, em Londres.

"[O ensaio] me deu a oportunidade de sentir que realmente estava fazendo algo para lutar contra um possível inimigo invisível", disse Young à emissora Radio 4 da BBC.

Os sinais mais comuns de melanoma que as pessoas devem ficar atentas são:

  • Um novo sinal (como pinta, mancha ou verruga) anormal
  • Um sinal existente que parece estar crescendo e mudando
  • Uma mudança (de cor ou textura, por exemplo) em uma área da pele que era normal.
  • Assimetria ( sinais com formas irregulares)
  • Bordas desiguais 
  • Cor diferente 
  • Evolução

Melanoma de 2,5 por 1,5cm (Foto: reprodução/Wikipédia)


Quando mais rápido obtiver o diagnóstico de melanoma, mais simples será o tratamento. 

Os dados da fase II do teste, publicado em dezembro, informa que os pacientes que utilizaram a vacina junto a imunoterapia Keytruda tinham 49% de chance de morrer ou do câncer voltar após três anos em relação aos pacientes que só receberam um tipo de medicamento. 

Sem muitos efeitos colaterais, a vacina promete apenas cansaço e dor no braço assim que a injeção é administrada. 

Foto destaque: enfermeira preparando injeção para aplicação (Reprodução/Getty imagens/Coolpicture)

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