Última pessoa com quem o papa Francisco interagiu foi seu enfermeiro pessoal
Massimiliano Strappetti teve direcionado para si o último gesto de Francisco, que acenou um ‘tchau’ antes de falecer e também lhe disse suas última palavras

O papa passou mal e pareceu estar partindo de sua missão na Terra por volta de 5:30h (horário de Brasília), de segunda-feira (21). Ao lado dele, estava Massimiliano Strappetti, seu enfermeiro pessoal que por mais de 38 dias de internação, os quais o papa passou por muitas dificuldades por causa da pneumonia, o prestou assistência o tempo inteiro. E acabou tendo um privilegio ao receber o “/aceno final de vida”/ de Francisco.
Antes desse momento, as últimas palavras proferidas pelo pontífice também foram direcionadas à Strappetti: “Agradeço por ter me trazido até a praça”, segundo o Vaticano, divulgou através de seus canais de comunicação. Mesmo muito debilitado pela doença, a pedido próprio, o papa foi ajudado pelo enfermeiro a passar com o papamóvel pela Praça de São Pedro.
Cumprimentou de perto os fieis ali presentes naquele Domingo de Páscoa. Também foi registrado em uma de suas últimas aparições, podendo assim ser visto por seus fieis de todo o mundo nesse dia tão especial para os católicos, que representa a ressurreição de Jesus ocorrida no terceiro dia após sua crucificação.
Papa Francisco no papamóvel após a missa de Páscoa, na Praça de São Pedro, no Vaticano, em 20 de abril de 2025. (Foto: reprodução/Tiziana FABI/AFP/Getty Images/Embed)
Quem é Massimiliano Strappetti
O profissional de confiança do papa tem 56 anos e não gosta de expor sua imagem e fatos de sua vida pessoal. Pouco se sabe sobre Massimiliano além de que, ele torce para o clube italiano de futebol Lazio; ele é casado; e ele é alguém bastante valorizado pela Santa Sé, inclusive, trabalhou nos atendimentos dos papas Bento XVI e João Paulo II.
Em 2021 o papa Francisco teve uma fala sobre Massimiliano Strappetti ter salvado sua vida. O pontífice disse que pretendia adiar uma cirurgia, mas o enfermeiro insistiu que a fizesse logo e de fato era a coisa mais certa a se fazer naquele momento, Francisco além de seguir o conselho o nomeou seu assistente de saúde pessoal.
Ainda segundo declaração do próprio Francisco, outra vez profissionais dessa classe também salvaram sua vida, em 1957 na Argentina. Na ocasião ele precisou passar por cirurgia que retirou pedaço do pulmão, que foi um sucesso. Essas declarações demonstram a relação de gratidão que tem ele com os enfermeiros e quanto valoriza este trabalho, na época da Covid-19 não foi diferente, homenageou a classe e a agradeceu muito em diversas oportunidades.
Funeral papal
O funeral do papa Francisco começará às 10:00h (horário de Roma) de sábado (26/4) com a Santa Missa Exequial, que é uma celebração católica realizada durante o funeral, obrigatória de acordo com o livro “Ordem das Exéquias do Sumo Pontífice”.
Em seguida, haverá uma procissão, que pode contar com uma multidão de fieis, levando o corpo do papa até o local do sepultamento, na Basílica de São Pedro. O caixão ficará aberto e exposto para visitação pública ao longo de três dias.
Após isto, haverão mais procedimentos com orações e água benta, e então, o caixão será enterrado de forma simples (tudo de acordo com pedidos deixados pelo papa em seu testamento). Futuramente, este espaço deverá ser aberto ao público para visitação.
Por nove dias após a morte do Sumo Pontífice, período conhecido como Novendialis, algumas missas continuarão sendo celebradas em sua memória.
Foto Destaque: Papa Francisco com seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti, saúda os fiéis na Missa do Domingo de Ramos em 13 de abril de 2025 (Reprodução/Riccardo De Luca/Anadolu/Getty Images/Embed)