Nesta segunda-feira (25), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que a Ucrânia realizou mais de 30 ataques bem sucedidos a instalações de armazenamento e processamento de petróleo na Rússia. A ofensiva tem o objetivo de enfraquecer o esforço militar russo e reduzir suas receitas. Para os ataques, foram utilizados drones de longo alcance.
Alvos estratégicos e tática de ataque
Volodymyr Zelensky falou durante um discurso aos oficiais do Centro de Operações Especiais “A” do SBU (Serviço de Inteligência Ucraniano) que os ataques realizados atingiram mais de 30 refinarias de petróleo, terminais e depósitos na Rússia. A ação é um esforço para interromper o fornecimento de petróleo para as forças armadas russas, além de gerar um impacto financeiro no governo de Moscou, sendo o combustível fóssil e o gás as principais bases da economia daquele país. Para as lideranças ucranianas, isso representará um duro golpe aos esforços de guerra de Moscou.
Incêndio no local de ataque com míssil russo em Odessa (Reprodução/ Oleksandr Gimanovoleksandr Gimanov/AFP/Getty Images Embed)
Uso de drones de longo alcance
O uso de drones de longo alcance tem sido fundamental nas ações de combate e nas operações de inteligência ucraniana. "Para os drones da SBU, uma distância de 1.500 km não é mais um problema", disse Zelensky, referindo-se ao ataque à usina russa de processamento em Bashkiria no último dia 9 de junho, ou ao ocorrido em 21 de junho, quando quatro refinarias, incluindo uma das principais produtoras no sul da Rússia, foram atingidas. A precisão e a tecnologia avançada permitem à Ucrânia atingir alvos estratégicos. Estes últimos ataques ucranianos podem marcar uma nova fase nas hostilidades entre os dois países.
No dia 14 de junho, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou as condições para o fim do conflito. A proposta foi imediatamente rechaçada pelas autoridades ucranianas. As falas de Putin ocorreram no mesmo momento em que representantes de mais de 90 países se reuniram na Suíça para debater a paz na região. A reunião foi conduzida pela presidente da Suíça, Viola Amherd, e terminou sem um consenso sobre as ações.
Foto Destaque: presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na Cúpula sobre a Paz na Suiça (Reprodução/ Dursun Aydemir/Anadolu/Getty Images)