As negociações entre a Rússia e a Ucrânia tiveram avanços significativos de acordo com a divulgação do jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira (16).
A estratégia foi denominada como “plano de paz provisório”, com 15 pontos, incluindo um cessar-fogo, além de retirada de tropas da capital Kiev, caso a cidade declare a neutralidade e aceite impor os limites para as Forças Armadas.
Ainda de acordo com o jornal, três pessoas que estavam envolvidas nas reuniões onde aconteceram as negociações confirmaram esse avanço diplomático nos conflitos entre os dois países.
Esse plano faria com que Kiev não demonstrasse mais interesse em ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar intergovernamental que reúne diversas potências militares do Ocidente e liderada pelos Estados Unidos, sendo um dos pontos principais do início dessa guerra.
Estrutura danificada por um míssil no dia 24 de fevereiro de 2022, na cidade de Kiev na Ucrânia. (Foto: Reprodução/Chris Mc Grath/Getty Images)
Além disso, também é requisitado o comprometimento da Ucrânia em não hospedar as forças ou armamentos estrangeiros em troca da proteção de aliados, como Reino Unido e Estados Unidos.
Porém, apesar de uma solução diplomática estar em pauta no momento, ainda existem alguns obstáculos que podem impedir ou atrasar esse acontecimento. Primeiramente, as garantias do Ocidente para a segurança ucraniana, além da aceitação para Moscou que pode se tornar um problema. Outro impasse, seria a respeito dos territórios da Ucrânia que estão tomados pela Rússia, como a Crimeia, por exemplo.
O jornal completou dizendo que, o porta voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alegou que ainda é cedo para discutir sobre possíveis acordos e tratados de paz entre os dois países, já que, muitas coisas ainda precisam ser resolvidas para que isso aconteça.
Foto destaque: As delegações russas e ucranianas discutem possível cessar-fogo. Reprodução/Embaixada Russa de Belarus
