A Ucrânia lançou um ataque na capital russa nesta terça-feira (11), provocando duas mortes, incêndios e até mesmo o fechamento de aeroportos forçando o desvio de dezenas de voos, a execução violenta do ataque foi considerada a maior do país à capital russa. O incidente ocorreu no momento em que uma equipe de autoridades ucranianas se preparava para se encontrar com uma equipe dos EUA na Arábia Saudita, para possíveis negociações de paz na guerra que já dura três anos.
O ministério da Defesa da Rússia informou que unidades de defesa aérea destruíram 337 drones ucranianos durante a noite, sendo 91 deles sobre a região de Moscou. O prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, afirmou que pelo menos 69 drones foram destruídos ao se aproximarem da cidade em várias ondas de ataques.
Vestígios da guerra
Veículos de comunicação russos divulgaram em redes sociais imagens de prédios residenciais atingidos pela queda de drones, com janelas quebradas e buracos em telhados, alguns apartamentos foram danificados e moradores foram forçados a evacuar um prédio de vários andares as pressas. Até mesmo a infraestrutura ferroviária na estação de trem no distrito de Domodedovo, a cerca de 35 km ao sul de Moscou, foi danificada devido aos destroços de drones.
Além disso, foram provocados pelos ataques de drones vários incêndios residenciais em Moscou e várias localidades da região de Belgorod ficaram sem energia. Os voos foram suspensos nos quatro aeroportos para garantir a segurança aérea após os ataques. Outros dois aeroportos, nas regiões de Yaroslavl e Nizhny Novgorod, ambos a leste de Moscou, também foram fechados. Mais tarde, o governo russo informou que as operações foram retomadas.
Diante do cenário alarmante, o prefeito de Moscou informou que os especialistas dos serviços de emergência trabalham grandemente no local onde os destroços caíram.
Ucrânia ataca Rússia com centenas de drones (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)
Cessar-fogo
O ataque desta terça-feira reforçou a complicação de um conflito de guerra entre os países e, enquanto a Ucrânia lança os drones, a população de ambos os países enfrenta as consequências de uma guerra que já é considerada a maior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Apesar das recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirma buscar uma solução pacífica para o conflito, a situação no terreno parece distante de qualquer resolução imediata. A Rússia continua sua ofensiva na região de Kursk, enquanto a Ucrânia intensifica seus ataques no interior do território russo. A escalada recente sugere que, apesar dos esforços diplomáticos, a guerra está longe de terminar, com ambos os lados buscando vantagens estratégicas antes de qualquer possível negociação.
O bombardeio aconteceu horas antes de um encontro entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Arábia Saudita para retomar as negociações em busca de um cessar-fogo no conflito. O pequeno vizinho da Arábia Saudita, o Catar, também se tornou um pacificador de renome mundial nas últimas duas décadas e desempenhou um papel importante na intermediação do atual cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas, também ajudou a trazer muitas outras tréguas antes disso.
O presidente Volodymyr Zelensky e o comandante das Forças Armadas da Ucrânia(Foto: reprodução/Genya Savilov/Getty Images Embed)
O ataque provocou incêndios e chegou a suspender transportes aéreos e ferroviários. A Rússia ainda informou que abateu 337 drones ucranianos em diversas regiões do país.
Foto Destaque: Ucrânia em guerra com a Rússia (Reprodução/CEBRI)
