A defesa de Donald Trump anunciou hoje (29) que o ex-presidente dos Estados Unidos não buscará transferir o processo criminal relacionado à suposta conspiração para reverter a derrota nas eleições presidenciais de 2020 na Geórgia de um tribunal estadual para um tribunal federal. Juntamente com outros 18 réus, Trump é acusado de pressionar as autoridades eleitorais da Geórgia para reverter o resultado da eleição em favor de Joe Biden.
Acusações são rejeitadas pelo candidato
Trump, que é o principal pré-candidato presidencial do Partido Republicano para 2024, rejeitou as acusações, classificando o caso como uma "caça às bruxas política". Todos os réus declararam inocência.
Esta decisão da defesa é notável, já que havia expectativas de que Trump se unisse a outros réus na tentativa de transferir o processo para uma corte federal, onde poderia enfrentar um júri considerado mais favorável, em contraste com o condado de Fulton, Geórgia, conhecido por sua inclinação democrata.
Mug Shot de Donald Trump em apresentação à delegacia da Geórgia, em meio a investigação por suposta conspiração (Foto: reprodução/Fulton County Sheriff’s Office/Época Negócios)
Transferência do caso geraria transtornos
Além disso, a transferência do caso poderia prolongar o processo com audiências e recursos. Os promotores estão pressionando por um julgamento conjunto de todos os 19 réus em 23 de outubro, embora um juiz tenha manifestado dúvidas sobre a viabilidade desse prazo.
Donald Trump já está envolvido em diversos processos legais, incluindo acusações na Flórida por retenção de documentos confidenciais, em Washington por esforços para reverter a eleição de 2020 e em Nova York por suborno relacionado a uma estrela pornô antes da eleição de 2016. Ele nega todas as irregularidades e se declarou inocente em todos esses casos.
Além disso, enfrenta um processo civil movido pela procuradora-geral de Nova York, relacionado à supervalorização de ativos da família para obter benefícios em empréstimos e seguros. O julgamento desse caso está marcado para começar na próxima segunda-feira e se concentrará principalmente nas multas que Trump, suas empresas e seus filhos terão que pagar, sem envolver acusações criminais. Recentemente, um juiz retirou o controle de várias propriedades importantes de Trump como resultado desse processo.
Foto Destaque: o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em almoço lilás da Federação das Republicanas de New Hampshire. Reprodução/Steven Senne/AP/CNN Brasil