Em meio a crescentes preocupações sobre privacidade e segurança, o TikTok, popular aplicativo de compartilhamento de vídeos, está no centro de um debate no congresso americano. As autoridades nos EUA alegam que a plataforma está espionando os seus mais de 170 milhões de usuários americanos para os chineses, informação negada pelo TikTok.
Esta discussão ocorre desde 2020 e na última quarta-feira (24), um possível banimento do TikTok em solo americano se torna mais evidente com a sanção de um projeto de lei pelo presidente Joe Biden. O projeto visa proteger a segurança nacional.
TikTok tem até nove meses para encontrar comprador americano e evitar banimento nos EUA (Foto: reprodução/NurPhoto/GettyImages Embed)
Defesa de TikTok e coleta de dados
Em sua defesa, TikTok afirma que coleta dados semelhantes à de redes sociais concorrentes da Meta, como Instagram e Facebook. A plataforma garante que mantém bem protegidos os dados de seus usuários americanos e que a responsável por armazená-los é a empresa americana Oracle Cloud desde junho de 2022 quando o presidente Donald Trump fez uma série de questionamentos sobre a segurança e coleta de dados.
O TikTok complementa que os dados coletados são apenas visando uma melhor experiência o usuário na plataforma e que poucas pessoas são autorizadas a acessar estas informações.
Possível venda da rede social
Para evitar o banimento, a empresa-mãe do TikTok, a ByteDance, precisa encontrar um comprador americano em nove meses. O presidente Joe Biden colocou o valor da operação americana do TikTok entre 35 e 40 bilhões de dólares, o que dificulta o processo de encontrar quem tenha todo esse recurso.
Entre seus potenciais compradores estão o Meta, Google e Microsoft. Steven Mnuchin, ex-secretário do Tesouro americano, é um dos interessados em comprar o aplicativo e disse pretender criar um grupo para realizar a transação. Larry Ellison, um dos fundadores da Oracle, já havia tentado uma parceria com o Walmart em 2020 para também ser um dos donos do TikTok.
Foto Destaque: TikTok declara coletar dados semelhantes ao Instagram e Facebook (Reprodução/NurPhoto/GettyImages Embed)