Um terremoto de magnitude de 5,8, classificado como moderado, fez tremer na quinta-feira (1) a província de La Rioja, no noroeste da Argentina. O tremor chegou a causar reflexos em Córdoba, que fica a aproximadamente 440 km de distância. Antes de o principal sismo ocorrer, outros dois considerados muito pequenos já haviam sido registrados pelo sismógrafo, como informado pelo Centro de Pesquisa para Geociências (GFZ) da Alemanha. As informações sobre o fenômeno foram repercutidas em matéria publicada pelo site de notícias “G1.Globo”.
O jornal argentino “Clarín” informou que moradores de edifícios altos na província de Córdoba sentiram leves tremores.
Detalhes do terremoto
Segundo o GFZ, o hipocentro foi localizado a uma profundidade de 10km.
Ilustração da crosta terrestre onde ocorre a falha geológica e a diferença de epicentro para hipocentro (Foto: reprodução/CREA-RJ)
No jargão da Sismologia, ramo da Geofísica que estuda os aspectos dos abalos sísmicos terremotos, hipocentro é um termo técnico que se refere ao ponto no interior da crosta terrestre onde ocorre o deslocamento das placas tectônicas e a consequente liberação de energia em forma de tremor decorrente do atrito entre essas placas que, em seguida, se propagam em ondas sísmicas.
Já o epicentro do fenômeno é o local na superfície terrestre acima do hipocentro e onde os tremores são sentidos com mais intensidade.
— Alerta Mundial / Terremotos y Desastres (@AlertaMundial19) May 1, 2025
Animação em vídeo do mapa da América do Sul em que mostra o local exato na Argentina onde o terremoto de magnitude 5,8 ocorreu (Vídeo: reprodução/X/@AlertaMundial19)
Segundo o Instituto Nacional de Prevenção Sísmica da Argentina, os dois primeiros tremores de terra ocorreram entre 12h54 e 12h57 do horário local de La Rioja e chegaram a 2,7 e 2,8 de magnitude, sendo descritos como muito pequenos, conforme a tabela de classificação de abalos sísmicos. Esses ainda não são considerados terremotos.
Imagens do terremoto de magnitude 5,8 que ocorreu em La Rioja, província da Argentina (Foto: reprodução/Youtube/@itatiaiaoficial)
Ainda de acordo com o Instituto portenho, o terceiro fenômeno, já considerado como terremoto, embora moderado, ocorreu às 13h04 e registrou 5,8, de magnitude.
Veja a descrição dos eventos sísmicos e suas características:
Tabela da Escala Richter, que indica os efeitos causados por tremores de terra e terremotos e suas respectivas categorias (Foto: reprodução/USGS - United States Geological Survey)
Impactos
Veículos de imprensa argentina relataram sobre os abalos sísmicos e imagens de vídeos feitas por moradores locais foram publicadas em redes sociais mostrando que, logo depois da ocorrência do terremoto em La Rioja, uma espécie de fumaça começou a surgir emergindo das montanhas.
#BREAKING #ARGENTINA
— LW World News(@LoveWorld_Peopl) May 1, 2025
ARGENTINA :AFTERMATH OF STRONG EARTHQUAKE MAGNITUDE 5.8 NEAR LA RIOJA,
terrifying Landslides occured on Famatina Hill.#Ultimahora #Earthquake #Sismo #Terremoto #Temblor
Los Andes pic.twitter.com/i8OgtDGsfP
Imagens feitas por populares argentinos na região das montanhas mostram fumaça emergindo do solo após o terremoto de 5,8 de magnitude em La Rioja (Vídeo: reprodução/X/@LoveWorldPeopl)
Até o término desta edição, não havia informações sobre vítimas ou desabamentos confirmados pelas autoridades argentinas.
Como ocorre um terremoto
A explicação geológica para a ocorrência de meros tremores de terra e de terremotos propriamente ditos é que nas regiões do Planeta onde a crosta terrestre ainda não se encontra devidamente acomodada, especialmente nas bordas, ou seja, no encontro entre duas chamadas placas tectônicas, elas então se deslocam com mais frequência, causando o atrito e gerando, assim, energia em forma de tremores e de terremotos.
Ilustração das placas tectônicas no mapa segundo dados do órgão americano que pesquisa geologia e seus fenômenos, o USGS (Foto: reprodução/X/@bbcmundo)
Uma placa pode deslocar-se sobre a outra ou apenas atritar lateralmente uma contra a outra. De todas as maneiras, a energia liberada é transformada em ondas sísmicas que vão se propagando e causando consequências diretamente proporcionais à intensidade da energia liberada por meio desse atrito das placas tectônicas.
Países que estão localizados próximos ou exatamente sobre o encontro das placas tectônicas estão sujeitos à maior ocorrência de terremotos. As placas do continente sul-americano são conhecidas pelos nomes de "Nazca" e "Sul-Americana".
Imagem do mapa que destaca a zona do “Anel de Fogo do Pacífico” ou “Círculo de Fogo do Pacífico” (Foto: reprodução/PeterHermesFurian/iStock)
Os limites dessas crostas terrestres são áreas de maior atividade sísmica e de presença de vulcões no mundo e se concentram em volta do Oceano Pacífico, formando o “Círculo de Fogo do Pacífico” ou “Anel de Fogo do Pacífico”.
Foto Destaque: registro de abalos sísmicos feito pelo sismógrafo (Reprodução/X/@itwitti)