Nesta quarta-feira (22), um terremoto categoria 5,9 na escala tichter atingiu o Afeganistão e deixou mais de 1.000 mortos em área montanhosa ao leste do país. Segundo autoridades locais, ao menos 1.500 pessoas ficaram feridas.
O terremoto aconteceu durante a madrugada, por volta de 1h30, perto da fronteira com o Paquistão. De acordo com geológicos dos Estados Unidos, o temor ocorreu a 10 km de profundidade. Ele também foi sentido em Cabul capital do Afeganistão, e nos vizinhos, Índia e Paquistão, mas não foi registrado mortes nessas localidades.
Esse terremoto é considerado o segundo mais mortal da história do país, e isso devido à geografia (áreas montanhosas) e a infraestrutura precária dos vilarejos causado pelas guerras que persiste por décadas, é o principal motivo de haver tantas mortes com os tremores, já que os tremores não são considerados altos.
O número de mortos pode aumentar significativamente, pois os vilarejos afetados pelo terremoto são locais de difícil acesso — áreas remotas nas montanhas — dificultando o resgate.
Terremoto no Afeganistão deixa mais de mil mortos (Vídeo: Reprodução/Youtube)
O governo afegão fala em risco de desastre humanitário. O terremoto aconteceu no momento em que o país enfrenta uma grave crise econômica, desde que o talibã assumiu o poder em agosto do ano passado.
O vice porta-voz, Bilal Karimi, pediu ajuda de agências para que proporcionam assistência às vítimas, e dessa forma, seja evitado um desastre humanitário, pois muitas pessoas se encontrar presas nos destroços e várias casas foram destruídas.
As autoridades estão em operação resgate e enviaram helicópteros para alcançar os feridos e levar suprimentos e medicamentos.
O Afeganistão costuma ter muitos terremotos, pois a região em que está localizado possui diversas placas tectônicas ativas, e ainda é uma região com muitas falhas geológicas, algumas delas são: Chaman, Hari Rud, Badakhshan Central e a falha de Darvaz.
Em 1998, um terremoto com magnitude 6,6 deixou 5.000 mortos no nordeste do país e 1.500 feridos, causando destruição em várias aldeias.
Foto destaque: Destruição no Afeganistão. Reprodução/Veja.