O Tribunal Superior Eleitoral vem recebendo durante o segundo turno mais de 500 alertas de fake news relacionados à eleição por dia. Ao longo dos 11 primeiros dias de retomada da campanha foram registradas 5.869 comunicações, concentrando quase metade dos alertas até agora. Houve um aumento expressivo em comparação ao primeiro turno.
Ao longo desse ano o TSE repassou para análise das redes sociais 12.573 casos suspeitos de desinformação relacionados às campanhas. Esse número representa um crescimento de 1.671% em comparação às eleições municipais de 2020, que registrou 752 encaminhamentos.
(Foto: Reprodução/Fábio Vieira/Metrópoles)
Quando notificadas pelo TSE, as plataformas das redes sociais tomam providências que resultam na retirada ou suspensão, em 57% dos casos graves.
O TSE atua de dois modos para impedir a disseminação de notícias falsas. A primeira é na área técnica, através da filtragem e análise do material suspeito de fake news. Com a avaliação feita e encaminhada para as plataformas, a decisão pela retirada ou não é tomada de acordo com suas normas internas. A segunda atuação é na área judicial, a Corte julga os materiais de campanha e postagens nas redes sociais e discutem se configuram ou não desinformação.
Nesta quinta-feira (20) foi aprovada pelo TSE uma resolução para tornar o processo de retirada do ar mais ágil no período eleitoral e evitar a maior disseminação de fake news. A definição é de que o conteúdo falso poderá ser retirado da plataforma sem a necessidade de processos judiciais.
Para o presidente do tribunal, o ministro Alexandre de Moraes, a disseminação de fake news aumentou de forma considerável do primeiro turno para o segundo. “A partir do segundo turno houve um aumento não só das notícias fraudulentas, mas de agressividade dessas notícias, que leva a uma corrosão da democracia, o que pede um procedimento mais célere em relação à desinformação”, disse o ministro.
Foto destaque: Tribunal Superior Eleitoral. Reprodução/Adriano Machado/REUTERS
