De forma unânime, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o recurso, mantendo o indeferimento da candidatura do “Faraó dos Bitcoins” Glaidson Acácio dos Santos.
A Lei Complementar (LC) n° 64/1990 foi usada como base pelos ministros por ter exercido trabalhos de gestão em duas empresas prestadoras “de serviços de terceirização de trader em criptoativos” que atualmente estão em recuperação judicial.
São inelegíveis “os que, em estabelecimento de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 meses anteriores á respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade”, de acordo com o dispositivo da lei.
Glaidson declarou um patrimonio de mais de R$ 60 milhões á Justiça Eleitoral (Foto:Reprodução/Tribuna da Imprensa)
O ministro Benedito Gonçalves, relator do recurso, declarou no voto que, de acordo com o processo, todas as atividades praticadas foram apuradas pela Polícia Federal (PF).
Glaidson teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) em 23 de agosto. O mesmo solicitava se candidatar ao cargo de deputado federal pelo partido Democracia Cristã (DC).
Um ano antes, em 25 de agosto de 2021, Glaidson foi preso em decorrência da operação Kryptos, deflagrada pela Policia Federal (PF). Ele é acusado de ser chefe de um esquema de pirâmide que, através de uma consultoria de bitcoins, movimentou bilhões de reais, com atuação em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
O empresário declarou à Justiça Eleitoral durante sua candidatura pelo portal Divulgacand, possuir um total de R$ 60,4 mil em bens, R$ 450 mil em um “apartamento e R$ 60 milhões em ”quotas ou quinhões de capital”.
O apelido do “Faraó dos Bitcoins” vem do império relacionado a sua empresa, a G.A.S consultoria, que contava com movimentações financeiras bilionárias. Segundo as investigações, era prometido aos clientes um retorno de até 15% do valor investido.
Foto Destaque: Gladson Acásio dos Santos. Reprodução/Yahoo