Após falsas acusações do presidente venezuelano Nicolás Maduro, o TSE desistiu de enviar representantes para observar as eleições que ocorrem no próximo fim de semana no país. O tribunal havia decidido enviar observadores na semana passada.
"Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo", afirmou o TSE em nota sobre o assunto.
O não envio de observadores significa que o governo brasileiro não quer participar do pleito venezuelano como observador.
Declarações de Maduro criam instabilidade inédita nas relações Brasil-Venezuela. (Foto: reprodução/AP Foto/Gustavo Moreno)
Maduro sobe o tom às vésperas da eleição
Declarações de Maduro nesta semana tem preocupado não só o governo brasileiro mas o próprio povo venezuelano que irá às urnas no próximo domingo (28) para eleger o presidente que governará o país.
Aspas preocupam o governo brasileiro, que desde a chegada de Lula ao Planalto após as eleições de 2022, busca reintegrar a Venezuela ao continente.
Confira abaixo as declarações do presidente venezuelano:
"Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos (...) a maior vitória da história eleitoral do nosso povo. Temos 16 auditorias…No Brasil, não auditam um registro.”
Ainda, fez uma declaração sem se referir diretamente ao presidente brasileiro falando que quem estivesse assustado com as suas falas deveria tomar um chá de camomila.
TSE em nota reforça segurança do sistema eleitoral
O TSE reforçou em nota a segurança do processo eleitoral brasileiro e deixou claro que as urnas são auditáveis.
"São auditáveis e auditadas permanentemente, são seguras, como se mostra historicamente. Nunca se conseguiu demonstrar qualquer equívoco ou instabilidade em seu funcionamento. Na democracia brasileira, o voto do eleitor é livre e garantido democraticamente por um processo transparente, de lisura e excelência comprovada, o que assegura a confiança do brasileiro no sistema adotado"
As urnas eletrônicas são utilizadas no Brasil desde 1996 em diversos pleitos. (Foto: reprodução/Isaac Fontana/Shutterstock)
Diversas entidades internacionais participam do processo eleitoral brasileiro como observadores e elogiam as eleições brasileiras por sua robustez, confiabilidade e rapidez na divulgação dos resultados.
Foto Destaque: falas de Maduro criam insegurança sobre o futuro da Venezuela (Reprodução/Yuri Cortez/AFP)