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Shein rebate acusações de uso de trabalho forçado e revela o segredo do seu sucesso

Peter Pernot-Day, chefe de estratégia da empresa, tentou explicar as razões de tanto sucesso e também esclarecer algumas situações em que a gigante foi acusada

06 Mai 2023 - 21h45 | Atualizado em 06 Mai 2023 - 21h45
Shein rebate acusações de uso de trabalho forçado e revela o segredo do seu sucesso Lorena Bueri

Marca de moda mais popular do mundo, segundo o Google, a gigante Shein respondeu a questionamentos por uso de trabalho forçado na produção das mercadorias à venda em sua plataforma. Tudo começou com a acusação de grupos de ajuda humanitária de que a Shein estaria utilizando o trabalho forçado do povo Uigur, em Xinjiang, local onde foram identificados 177 fornecedores ligados a trabalho forçado. A partir daí, inclusive, houve a solicitação de legisladores norte-americanos ao Organismo de Controle Financeiro - SEC, para que procedesse a uma investigação independente sobre tais alegações.

Anualmente a empresa de análise Everstream realiza um relatório de riscos. No quesito ESG, que envolve questões de sustentabilidade – meio ambiente, questões sociais e governança - a China teve uma pontuação de risco de 75%, devido a estas violações de direitos humanos. Segundo o relatório: “Qualquer empresa que forneça componentes eletrônicos está exposta a violações de ESG, já que alguns dos maiores produtores de cobre, níquel e lítio da China foram acusados ​​de utilizar trabalho forçado em Xinjiang”.


Imagem de suposto trabalho forçado na China (Foto: Reprodução/Agefotostock/Alamy Stock Photo)


De passagem por Paris para presenciar a inauguração de uma loja pop-up da Shein, Peter Pernot-Day, chefe de estratégia da empresa, concedeu uma entrevista à AFP, onde tentou explicar as razões de tanto sucesso e também esclarecer algumas situações em que a gigante foi acusada. O crescimento nos últimos anos foi meteórico, passando de US$ 10 bilhões em 2020 para US$ 100 bilhões em 2022. Sobre isso o representante justificou o fato de a empresa ser "uma fabricante sob demanda [...] a pioneira global dessa tecnologia". Ele explica que primeiramente é realizada uma pequena amostra de cada produto e, caso tenha boas vendas, a produção ocorre em maior escala. Desta maneira eles conseguem eliminar "o componente mais significativo do custo do vestuário – o risco de estoque". Assim “Somos capazes de medir com precisão [...] a demanda e produzir apenas roupas suficientes para atender a ela”.

Ele ressaltou também outro ponto: “É importante ter equipes que estão nos países, geografias e regiões onde estamos fazendo negócios”. Essa estratégia incluirá a construção de um novo armazém de 40.000m² na Polônia, o que propiciará entregas mais rápidas na Europa.

Vale destacar ainda que em abril foi anunciado um investimento de R$ 750 milhões no Brasil e a parceria com cerca de 2.000 fornecedores nacionais. A fabricante espera que, até o final de 2026, cerca de 85% de suas vendas sejam locais, tanto de fabricantes como de vendedores, segundo dados do jornal O Globo. A publicação segue informando que a ideia é que os produtos fabricados aqui no Brasil sejam também exportados para outros países da América Latina. Em relação às vendas da Shein no Brasil, 70% dos produtos vêm da China, enquanto 30% tratam-se de vendas nacionais. Importante dizer que o Brasil encontra-se entre os 5 maiores mercados da Shein.

Em relação aos pontos negativos questionados, Pernot-Day deixou claro que a empresa "não tem fornecedores em Xinjiang". Afirmou ainda que faz um constante trabalho de controle, acompanhando a lista negra de empresas que utilizam trabalho forçado, divulgada pelo governo dos Estados Unidos, "para analisar a nossa cadeia de abastecimento e perceber se as empresas estão ou não lá".

Sobre acusações de vendas de produtos copiados, Pernot disse: "se for, retiramos o produto da venda". Segundo ele: "Temos assistido a uma redução do número de queixas contra nós" por violações da propriedade intelectual.

A fabricante tenta de diversas formas melhorar sua imagem, como com a inclusão de um negócio de roupas de segunda mão nos Estados Unidos, pesquisa de materiais e integração de materiais reciclados em seus produtos, além de esforços em descrever melhor e categorizar seus produtos. Fato é que a empresa tem causado grande dor de cabeça em seus concorrentes. Desde 2008, ano de sua fundação, ela não para de crescer.

Foto destaque: Imagem sobre a Shein. Reprodução/Shutterstock

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