Nas últimas semanas, uma fonte informou às autoridades dos EUA sobre um plano do Irã para assassinar Donald Trump. Consequentemente, o Serviço Secreto intensificou a segurança ao redor do ex-presidente.
Alerta de segurança online
Fontes afirmam que não há evidências de que Thomas Matthew Crooks, o atirador que tentou assassinar o ex-presidente no sábado (13), tenha ligação com o plano iraniano.
A existência dessa ameaça levanta novas questões sobre as falhas de segurança no comício de sábado (13), em Butler, Pensilvânia, e como um homem conseguiu acessar um telhado próximo para disparar tiros que feriram o ex-presidente.
Ainda não está claro se os detalhes específicos da ameaça do Irã foram compartilhados com a campanha de Trump. Em comunicado, a campanha afirmou: “Não comentamos sobre os detalhes de segurança do presidente Trump. Todas as perguntas devem ser dirigidas ao Serviço Secreto dos Estados Unidos.”
Neste domingo (14), Anthony Guglielmi, porta-voz do Serviço Secreto, declarou que recentemente a agência “adicionou recursos e capacidades de proteção aos detalhes de segurança do ex-presidente”.
Candidato a presidência americana pelo republicanos Donald Trump (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)
Alertas e ameaças
Pessoas relataram que as autoridades do Serviço Secreto alertaram repetidamente a campanha de Trump sobre os riscos maiores associados à realização de comícios ao ar livre, em comparação com eventos em que a agência pode controlar melhor o acesso.
Em um determinado momento deste ciclo eleitoral, a campanha decidiu interromper a realização de eventos não oficiais e espontâneos, onde os convidados não eram previamente revistados pelo Serviço Secreto, devido a preocupações de segurança.
O FBI está conduzindo a investigação sobre o ataque sábado (13), e se recusou a comentar sobre o caso.
A missão permanente do Irã na ONU negou a existência de uma conspiração iraniana para assassinar o ex-presidente Donald Trump.
Um porta voz da missão informou que essas acusações são infundadas e maliciosas. Da perspectiva da República Islâmica do Irã. Também chamou Trump de criminoso que deve ser processado e punido em um tribunal por ordenar o assassinato do general Soleimani. O Irã escolheu o caminho legal para leva-lo à justiça.
Nos últimos meses, autoridades policiais têm manifestado preocupações contínuas sobre a possibilidade do Irã tentar assassinar ex-funcionários de Trump, incluindo o próprio ex-presidente. Isso vem à tona após o Departamento de Justiça dos EUA anunciar, em agosto de 2022, acusações criminais contra um membro do IRGC, acusado de tentar orquestrar o assassinato de John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump. Os promotores afirmaram que a conspiração contra Bolton provavelmente foi uma retaliação pelo assassinato de Qasem Soleimani, comandante do IRGC, em janeiro de 2020.
Além disso, o ex-Secretário de Estado Mike Pompeo também foi alvo de um plano de assassinato iraniano, conforme revelado por fontes próximas à investigação. Recentemente, relatórios de inteligência indicaram um aumento significativo na ameaça percebida contra esses ex-funcionários e o ex-presidente.
Funcionários dos EUA ficaram preocupados com a segurança após observarem um aumento significativo de mensagens online de contas iranianas e mídia apoiada pelo Estado mencionando Trump, coincidindo com alertas sobre planejamento operacional.
Foto destaque: Ex-presidente Donald Trump durante a Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, EUA (reprodução/AFP/Brendan Smialowski)