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Segurança se intensifica na convenção nacional democrata após ataque a Trump

Após o ataque a Trump, agências de segurança dos EUA intensificam vigilância para a Convenção Nacional Democrata, temendo retaliações e violência

09 Ago 2024 - 18h00 | Atualizado em 09 Ago 2024 - 18h00
Segurança se intensifica na convenção nacional democrata após ataque a Trump Lorena Bueri

Após a tentativa de assassinato de Donald Trump em 13 de julho de 2024, agências de segurança dos EUA, como o FBI e o DHS, estão alertas para possíveis retaliações contra democratas. Um relatório obtido pela CNN menciona preocupações de segurança para a Convenção Nacional Democrata em Chicago, que começará no dia 19. Embora não haja ameaças específicas identificadas, o documento destaca a preocupação das autoridades com atos de violência subsequentes, já que algumas comunidades online fizeram referências a esses atos em resposta ao atentado. As agências estão vigilantes para garantir a segurança do evento

Análise e implicações

Apesar do surgimento de várias teorias da conspiração nas redes sociais que responsabilizam os democratas pelo ataque, não há evidências que sugiram que o atirador tinha motivações políticas. Uma investigação em registros públicos indica que ele tinha opiniões políticas mistas, tendo se registrado como eleitor republicano e feito uma doação modesta a um grupo de tendência democrata. Ainda não foi esclarecida a motivação do atirador que atacou Trump, mas um relatório aponta que “tópicos politicamente e socialmente divisivos já provocaram violência anteriormente”

 O documento alerta que extremistas podem usar essas tensões para promover seus objetivos ideológicos por meio da violência. Essa avaliação de inteligência é comum em eventos considerados de segurança nacional pelo secretário do DHS, incluindo preocupações já mencionadas em um relatório anterior, divulgado antes da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee. O DHS informou à CNN que os Estados Unidos enfrentam um ambiente de ameaça elevada, e as autoridades policiais e seus parceiros estão sendo atualizados regularmente. 


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  Após o ataque a Trump em Butler, que deixou um morto, o Serviço Secreto foi criticado por falhas na segurança do evento (Foto: reproduçao/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


Embora não haja relatos específicos e verificados de ameaças à Convenção Nacional Democrata no momento, o departamento reconhece que o evento pode ser um alvo. Eles pedem ao público que se mantenha vigilante e denuncie imediatamente atividades suspeitas às autoridades locais.A Convenção Nacional Democrata começará em 19 de agosto em Chicago, com a expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes, incluindo o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris. O evento ocorre em um contexto de preocupações de segurança, após o ataque a Trump em um comício em Butler, Pensilvânia, que resultou na morte de um espectador e ferimentos em outros. Esse incidente gerou críticas ao Serviço Secreto pela falha em proteger adequadamente a área ao redor da aglomeração.

Ataques planejados e vigilância intensificada

Na quarta-feira, autoridades austríacas anunciaram a prisão de três simpatizantes do Estado Islâmico que planejavam um ataque suicida durante um show de Taylor Swift. Acredita-se que os indivíduos tenham sido radicalizados online, e as preocupações com a segurança do evento resultaram no cancelamento de três apresentações da artista. Em uma avaliação de inteligência para a Convenção Nacional Democrata, o FBI e o DHS alertaram que a principal ameaça terrorista ao evento provém de extremistas, incluindo infratores solitários que recorrem à violência para promover diversas crenças e queixas, como aquelas de caráter antigovernamental, político, racial, étnico, religioso, social ou ideológico.

Agências de segurança alertam que a Al Qaeda e o Estado Islâmico incentivam ataques ao Ocidente via redes sociais. Jeff Burnside, do Serviço Secreto, destaca que as ameaças são reais e que os preparativos de segurança são práticos. As tensões no Oriente Médio, especialmente após o ataque do Hamas a Israel, aumentam as preocupações sobre segurança na convenção em Chicago, com um crescimento nas ameaças contra comunidades judaica, muçulmana e árabe nos EUA. O relatório ressalta o risco de violência devido à retórica violenta e à desinformação relacionada ao conflito.

Recentemente, manifestações em todo o país contra o apoio do governo Biden à guerra em Gaza trouxeram à tona lembranças da convenção democrata de 1968, que foi marcada por violentos confrontos entre a polícia de Chicago e os manifestantes da Guerra do Vietnã. Com a convenção se aproximando, faltando pouco mais de uma semana para seu início, as autoridades policiais de Chicago têm realizado simulações para se prepararem para diversos cenários, como protestos violentos, retirada de pessoas de multidões hostis e emergências médicas, entre outros.


Foto destaque: o ex-presidente ficou ferido e foi levado para o hospital (reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)

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