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STF marca o primeiro julgamento de denunciados por atos golpistas no 8 de Janeiro

Ao menos 100 denúncias serão analisadas no plenário virtual. Ao todo, a Procuradoria Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos.

12 Abr 2023 - 10h20 | Atualizado em 12 Abr 2023 - 10h20
STF marca o primeiro julgamento de denunciados por atos golpistas no 8 de Janeiro Lorena Bueri

O STF (Supremo Tribunal Federal) começará na próxima semana os julgamentos dos denunciados pela invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Em despacho assinado na última terça-feira (11) a ministra Rosa Weber, e também presidente do tribunal, atendeu a um pedido do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes e, marcou a análise das primeiras 100 denúncias para os dias 18 e 24 de abril.

As denúncias serão analisadas no plenário virtual da Corte, onde os ministros inserem seus votos em sistema eletrônico e não haverá deliberação presencial. OS primeiros casos foram apresentadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) no inquérito que investiga os executores da vandalização e são assinadas por Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República e coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.


Atos de vandalismo do dia 8 de janeiro (Foto: Reprodução/EBC)


Se os ministros aceitarem as denúncias, os criminosos se tornarão réus e responderão por seus atos criminosos como:

  • Golpe de Estado
  • Associação criminosa armada
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Deterioração de patrimônio tombado
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para as vítimas

De acordo com a acusação, após convocações que circulavam em redes sociais e aplicativos de mensagens, os denunciados se associaram, com o objeto de praticar crimes contra o Estado.

A procuradoria afirma que no dia do ato (8 de janeiro), várias pessoas se uniram com o mesmo propósito “contribuindo uns com os outros para a obra criminosa coletiva comum, tentaram, com emprego de violência e grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes Constitucionais”. Diz a denúncia da procuradoria.

No geral, Procuradoria Geral da República denunciou mais de 1.300 pessoas por atos golpistas sendo 239 no núcleo dos executores e, 1.150 no núcleo de incitadores e apenas uma pessoa no núcleo do qual é investigada por suposta omissão de agentes públicos.

Foto Destaque: Atos golpistas. Reprodução/Giro Marilia 

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