O presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua comitiva terão que realizar alguns exames e passar por um controle sanitário nos próximos dias para o encontro com o presidente russo Vladimir Putin. O pedido foi feito pelo próprio governo da Rússia.
Marcado para a próxima semana, o encontro deve acontecer na cidade de Moscou. De acordo com a BBC Brasil, foram exigidos até cinco testes da Covid-19 do tipo PCR para que o governo brasileiro se aproxime de Putin. A exigência dos testes foi feita na semana passada, no começo de fevereiro, enquanto ambos governos acertavam os detalhes da reunião entre os presidentes e suas comitivas.
O Itamaraty informou que o embarque para visita oficial deve acontecer na próxima segunda-feira. O desembarque está previsto para terça-feira (15) e o encontro na quarta-feira (16). Segundo a BBC, um dos testes deve ser feito horas antes do encontro marcado para maior prevenção. Além disso, os representantes brasileiros devem apresentar no mínimo três testes negativos antes do embarque em destino ao país asiático.
Presidente russo Vladimir Putin com Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Marcos Corrêa/PR)
Ainda de acordo com informações, a medida funcionará em três etapas, com um teste feito entre quatro e cinco dias antes da chegada ao país, a segunda com dois dias de antecedência e a terceira na véspera do encontro. Todos os envolvidos também deverão passar pelos testes, inclusive integrantes da delegação do Brasil.
Durante a recomendação que foi enviada ao Itamaraty, o governo russo salientou que o chefe da comitiva, no caso, Bolsonaro, também siga as etapas exigidas. O que pode ser um desafio, já que o mesmo declarou diversas vezes não ter se vacinado e se mostrou contrário aos protocolos de segurança. No entanto, o próprio Itamaraty afirmou à imprensa que as medidas serão seguidas pelo presidente.
Presidente brasileiro Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Marcos Pereira)
Diferente do brasileiro, Putin já tomou a vacina contra a covid-19 e se mostra bem obediente às orientações de segurança adotadas, pois a Rússia é um dos países mais afetados com o vírus, e até o momento sente seus efeitos, sendo o quarto país mais atingido pela doença, que matou ao menos 330 mil pessoas, segundo a Universidade de Johns Hopkins.
Apesar de ser o segundo com maior número de mortes, o Brasil ainda enfrenta a resistência do presidente Jair Bolsonaro às medidas de controle sanitário. Vale lembrar que além de ter afirmado não se vacinado, o atual Chefe de Estado também se mostrou contra a vacinação entre crianças e por diversos momentos minimizou as mortes pela Covid. No entanto, seu posicionamento diante da pandemia tem afetado sua relação com o exterior nos últimos meses.
Foto destaque: Presidentes Jair Bolsonaro e Vladimir Putin. Reprodução/Sputnik/Mikhail Klimentiev