O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) informou, nesta quarta-feira (12), que prendeu oito supostos responsáveis pela explosão do último sábado (8), que destruiu parte da ponte na Crimeia, e afirmou que a explosão foi um ataque da inteligência militar ucraniana.
O FSB, que também é o principal herdeiro da KGB soviética, afirma que o ataque foi organizado pelo serviço de Inteligência do Ministério da Defesa ucraniano e seu chefe, o major-geral Kyrylo Budanov. Entre os oito acusados do ataque, que foram presos pelo governo russo, cinco são cidadãos russos e três são da Ucrânia e da Armênia.
De acordo com as autoridades russas, a explosão na ponte da Crimeia ocorreu devido a uma bomba que detonou dentro de um caminhão e incendiou um trem que carregava combustível. Três pessoas morreram. O tráfego da ponte, que foi temporariamente interrompido, já começa a voltar a funcionar aos poucos.
Satélite da Maxar Technologies mostra destruição em Ponte na Crimeia após explosão, em 8 de outubro de 2022. (Foto: Reprodução/AFP/Marxar Technologies)
Segundo a agência russa, o instrumento da explosão foi transportado da Ucrânia para a Rússia, passando por Bulgária, Geórgia e Armênia.
A ponte de uso duplo (rodoviário e ferroviário) é uma das maiores da Europa e é a única ligação territorial entre a Rússia e a Crimeia, que é anexada a Moscou desde 2014. Além disso, a ponte era usada para o transporte de insumos e equipamentos para as forças militares russas durante a guerra com a Ucrânia.
A Ucrânia não confirmou que estaja envolvida na explosão na ponte, mas algumas de suas autoridades chegaram a comemorar publicamente o ocorrido.
Em resposta ao suposto ataque ucraniano, a Rússia vem lançando diversos mísseis a vários territórios da Ucrânia , desde segunda-feira (10). Anteriormente, o governador russo na Crimeia, Sergei Aksyonov, havia dito que o ataque, embora seja "desagradável", "não é fatal", mas despertou um “desejo saudável de vingança”.
Foto destaque: Grande explosão destrói parte da ponte que liga Rússia e Crimeia. Reprodução/AFP