Autoridades apontam que a Rússia ou possíveis elementos Pró-Rússia podem estar por trás do vazamento de documentos secretos de origem militar dos Estados Unidos, divulgados na última semana nas redes sociais, que fornecem uma narrativa parcial da guerra da Ucrânia. As informações são de três autoridades norte-americanas divulgadas na última sexta-feira (7).
Segundo autoridades americanas, entre as possíveis alterações encontradas nos documentos estão a alta da estimativa dos EUA em relação ao número de ucranianos mortos durante a guerra e, subestimando, desta forma, as estimativas de óbitos entre soldados russos. As autoridades afirmaram que suas considerações eram informais e distintas de uma investigação ligada ao vazamento.
Guerra na Ucrânia. (Foto: Reprodução/EFE/Rostyslav Averchuk)
O conteúdo vazado aumentou o foco para uma série de fatores cruciais, entre eles informações sobre a China, Oriente Médio, estratégias, planos e recomendações de políticas e terrorismo. Já os documentos relacionados às forças armadas apontam gastos com armamento e planos de ofensiva da Ucrânia.
Até o momento, o Pentágono não comentou sobre a veracidade dos documentos publicados em veículos de mídia como Twitter e Telegram, datados de 1º de março e que apontam marcas mostrando que foram classificados como “Secretos” e “Ultrassecretos”. Em nota, confirmaram que estão cientes dos relatos nas redes sociais e que o Departamento de Defesa está investigando o assunto.
Especialistas afirmam que ainda não há como avaliar como documentos sigilosos foram publicados em canais de mídia, já os Estados Unidos, por outro lado, detectaram a divulgação de materiais sendo promovidos em canais pró Rússia.
Vale ressaltar que no início da guerra autoridades da Ucrânia hesitaram em contar possíveis planos de batalha para os EUA, justamente por medo de futuros vazamentos. Especialistas destacam que ainda não há como saber o impacto que os dados terão na linha de frente de combate, agora e no decorrer da guerra.
Foto destaque: Guerra Ucrânia. Reprodução/Daniel Berehulak/New York Times