O tetracampeão mundial e candidato à reeleição, Romário (PL), senador pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, omitiu alguns bens de seu patrimônio registrados em seu nome da declaração que os políticos precisam entregar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antes das eleições de outubro.
O senador declarou um patrimônio avaliado em R$ 6,7 milhões, só que da declaração apresentada por ele, ficaram de fora a casa onde mora, na Barra da Tijuca, zona oeste, e uma Ferrari F430 usada para se deslocar pelo Rio de Janeiro, avaliada em R$ 923,2 mil, com base na tabela Fipe. O veículo está registrado em nome de uma de suas ex-mulheres, Isabella Bittencourt, de quem se separou em 2012. Em março, ele foi fotografado na saída de uma academia, na Barra, entrando no carro e em outra ocasião, a Ferrari apareceu na garagem de sua casa.
Romário ocultou em sua declaração enviada ao TSE sua Ferrari F430. (Reprodução: Agência News)
Romário apresentou ao TSE uma relação que totaliza R$ 684 mil, constando um apartamento na zona norte, uma moto BMW, participações societárias, depósitos em conta e investimentos. Ele afirmou que a contadora responsável pela declaração havia errado e que fará uma retificação, acrescentando créditos decorrentes de empréstimos que somam R$ 5,2 milhões. Portanto, o valor total declarado chegará a R$ 5,9 milhões, valor que ainda será inferior ao volume de bens ocultos.
Em agosto de 2018, a casa onde Romário vive na Barra, ao ser registrada a penhora para pagamento de dívidas do senador, o valor atribuído ao imóvel foi de R$ 5,8 milhões. A Justiça chegou a pedir o leilão do imóvel, como também de uma lancha e de dois outros veículos atribuídos a ele, mas a venda foi suspensa pode decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em 2018, quando Romário concorreu ao cargo de governador do Rio, O GLOBO identificou um patrimônio oculto não declarado, àquela altura, dois apartamentos na orla da Barra que já haviam sido leiloados para quitar passivos judiciais.
Foto destaque: Senador Romário omite valores milionários ao TSE. Reprodução/Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil