Nesta quinta-feira (19), a Rússia anunciou que 1,7 mil militares da Ucrânia se renderam esta semana. Os soldados estavam entrincheirados na siderúrgica Azovstal de Mariupol e a rendição se deu após uma batalha que já durava mais de dois meses.
O Ministério da Defesa Russo divulgou um vídeo com imagens de soldados saindo de uma usina, em que diversos combatentes estavam visivelmente feridos e sendo revistados pelos soldados russos. Entre os que entregaram as armas estão 80 feridos. De acordo com o Ministério Russo, eles foram levados para um hospital em território controlado pela Rússia.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, centenas de prisioneiros de guerra da Ucrânia estariam na usina de Mariupol, uma cidade portuária destruída pelos bombardeios russos. Mesmo com a perda da cidade, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou que a invasão era “um fracasso absoluto”:
"Eles têm medo de reconhecer que cometeram erros catastróficos no mais elevado nível militar e estatal", afirmou.
Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução/Facebook/Volodymyr Zelensky)
Ainda esta semana, nos dias 19 e 20, os países do G7 se reúnem para prestar apoio à economia ucraniana. A prioridade do grupo é concluir uma nova rodada de financiamento para dar cobertura ao orçamento ucraniano do trimestre. Isso porque a invasão acarretou em uma grande queda da arrecadação fiscal e um déficit de 5 bilhões de dólares mensais.
Em Kiev, capital ucraniana, a embaixada dos Estados Unidos reabriu após a diminuição dos conflitos. O local estava fechado desde 14 de fevereiro, poucos dias antes da invasão russa.
Por outro lado, na cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, as tropas russas tentam fechar o cerco. Os bombardeios no local já contam com 12 pessoas mortas e 40 feridas. "Não sabemos quem está atirando, nem de onde", testemunhou um homem ucraniano de 55 anos, que vive com outras pessoas em um porão.
Mais de seis milhões de ucranianos fugiram do país para viver no exterior e mais de oito milhões se transformaram em deslocados internos para fugir da guerra.
Foto Destaque: Soldados Russos nas ruas de Mariupol. Reprodução/ O Dia/ Alexander Nemenov/ AFP