Sem conseguir realizar o objetivo nas tentativas para que o atual presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, renunciasse o cargo para fazer a mudança no comando da estatal por determinação do presidente Jair Messias Bolsonaro e deter os novos valores nos combustíveis, a estratégia agora é pressionar alguns conselheiros a se demitir do cargo.
Na lista, Marcio Weber e Ruy Flasks, conselheiros, estariam como prioridade nas intenções do governo. Porém, os dois que foram indicados pelo próprio governo, vem resistindo fortemente a ideia de renunciar aos cargos. A ideia do governo é que, caso algum renuncie, o cargo será dado a Caio Paes de Andrade como conselheiro interino. Isso faria com que o governo conseguisse evitar novos aumentos nos preços nas refinarias.
E também, a renuncia de algum conselheiro atual não irá retirar a necessidade de convocar uma assembleia geral de acionistas. Oito conselheiros foram eleitos via sistema de voto conjunto na última assembleia. Logo, na prática, se um conselheiro renuncia, todos os outros sete conselheiros caem juntos.
Plataforma da Petrobras (Foto: Reprodução/JornalOGlobo)
Internamente, a Petrobras vem estimando um prazo entre 60 e 90 dias até que a assembleia seja convocada. Isso porque nomes indicados precisarão do crivo do Comitê de Pessoas (Cope), que terá que fazer um parecer para ser entregue ao Conselho de Administração.
Na sexta-feira, quando a lista dos indicados foi divulgada, o alto escalão comparou a lista com as indicações que eram feitos durante a gestão do PT, com ministros e nomes do governo fazendo parte do conselho. Mas, após os diversos casos de corrupção expostos pela Lava-Jato da Polícia Federal (PF), a estatal passou por mudanças nas regras de sua governança e na indicação dos conselheiros.
Na Petrobras a aposta são nos conselheiros que ficaram de formação antiga, Ruy Schneider e Marcio Weber, estão na lista apenas para fazer números, e não vão ser apoiados pelo governo dutante a votação. Vistos no governo como "Homens do Bento", referência dada por conta do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Neste caso, os dois são minoritários acabariam ocupando vagas por indicação do governo.
Foto destaque : Frentista segurando bomba de combustível. Reprodução/JornalOGlobo